Tópicos | 500 jogos

No domingo, Marcelo Veiga atingiu uma marca que poucos treinadores do Brasil podem se orgulhar de ter. Pelo Bragantino, ele completou 500 jogos como técnico de uma mesma equipe. Para se ter uma ideia, apenas quatro grandes clubes do Brasil têm um treinador que conseguiu atingir tal feito, casos de Santos (Lula, 961 jogos), Flamengo (Flávio Costa, 784), Palmeiras (Osvaldo Brandão, 580) e São Paulo (Vicente Feola, 524).

"Sei que é dificílimo chegar nessa marca, ainda mais em um clube do interior, que não está entre os grandes, onde a rotatividade de técnicos é bem maior", conta o treinador, que alcançou tal feito contra o Santo André, em duelo pela Copa Paulista.

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A marca foi conquistada em cinco passagens pelo Bragantino. A relação teve início em 2005, quando foi contratado pela primeira vez e deu-se o início da amizade com Marquinho Chedid, presidente do clube. Entre rebaixamento e promoção de divisão, demissões e contratações, a amizade só aumentou.

"Temos uma relação tão boa que, muitas vezes, discutimos até quem trazer para o meu lugar quando eu deixava o clube. Foram uns três técnicos contratados por indicação minha", lembrou, gargalhando, o treinador de 53 anos, sendo oito deles, entre idas e vindas, na equipe de Bragança Paulista.

A amizade com o dirigente, inclusive, foi fundamental para ele criar um laço grande com o clube. "O Marquinhos vivia antes em Campinas e me dava muita liberdade para eu decidir as coisas e isso fez com que tivéssemos uma confiança muito grande entre nós. Trabalhei muito tempo sem nem ter contrato", recordou. "Mas agora eu tenho, fiz ele assinar um contrato", brincou. Fazendo um balanço de tudo que passou, Veiga aponta o título da Série C e ter sido semifinalista do Paulista, ambos em 2007, como o melhor momento no clube.

Apesar das dificuldades por dirigir um clube que por muitos anos penou para pagar suas contas, o retrospecto de Veiga no comando do time é positivo. Foram 193 vitórias, 128 empates e 179 derrotas. "Hoje vivemos um momento melhor financeiramente, mas realmente tivemos tempos complicados", recordou o treinador.

Em todas as suas saídas, achava que havia encerrado um ciclo. Apesar de seu respeito e admiração pelo clube e pela cidade de Bragança Paulista, Veiga admite que ainda sonha ter uma oportunidade em um grande clube e se firmar. "Queria ter a mesma consistência que tenho aqui, mas sei que isso é quase impossível", lamentou.

Ele lembra orgulhoso que muitos jogadores que se tornaram conhecidos do torcedor brasileiro passaram por suas mãos. Casos, por exemplo, do goleiro Felipe (ex-Corinthians e Flamengo), Romarinho (ex-Corinthians), Rodriguinho (ex-Corinthians) e de dois convocados por Tite, o meia Paulinho e o zagueiro Felipe.

Nesta temporada, o Bragantino caiu na semifinal da Série C do Brasileiro, mas garantiu o acesso para a Série B. "Em novembro, a gente já inicia os trabalhos visando a próxima temporada."

No dia 9 de abril essa coluna já rendeu homenagem ao goleiro do Sport por conta do seu aniversário. Hoje ela volta a referenciar o maior ídolo da Ilha do Retiro nos últimos tempos.

Quando entrar no gramado do Mineirão esta noite Magrão estará completando 500 jogos com a camisa rubro-negra. É um número significativo, ainda mais em uma época que são poucos os jogadores que conseguem criar uma identidade com a torcida de um terminado clube. Magrão está neste seleto grupo, onde também estão outros goleiros, como Harley, Marcos e Rogério Ceni. 

Entre títulos, rebaixamentos e acessos, o camisa 1 do Sport foi contestado poucas vezes e é quase incontável as glórias do arqueiro, que fez com que boa parte da torcida leonina abandonasse o vermelho e preto nas arquibancadas pelas cores do uniforme daquele que fica debaixo das traves.

No dia 28 deste mês fará seis anos de um dos jogos mais emblemáticos de Magrão no Sport. Era a segunda partida da semifinal da Copa do Brasil de 2008, que o time da Ilha do Retiro venceria naquele ano. O Vasco precisava de um 2x0 jogando dentro de casa para levar o jogo para os pênaltis e conseguiu.

A atuação de Alessandro Beti Rosa naquele dia não foi das melhores. Apesar de uma belíssima defesa após uma cabeçada vascaína e duas pixotadas em saídas do gol, outros dois lances marcaram o goleiro do Sport naquela partida. O Leão estava avançado à final da competição até os 45 minutos do segundo tempo, mesmo perdendo por 1x0. Até que um chute vindo de fora da área foi rebatido por Magrão nos pés de Edmundo. O Animal colocou a bola no fundo da rede e o jogo nos pênaltis.

A ironia do futebol fez com que o camisa 10 vascaíno fosse o responsável pelo único pênalti desperdiçado pelos cariocas e o goleiro pernambucano ser o autor do terceiro gol nas cobranças. Não lembro de Magrão ter marcado outro gol pelo Sport. Mas até este foi dramático. O chute colocado sem muita velocidade ainda tocou o travessão e ultrapassou apenas alguns centímetros após a linha de gol.

Parabéns, Magrão. Muito mais herói do que vilão nessas 500 partidas pelo rubro-negro.

3 dentro

- Sidney Moraes. Um trabalho que inicia com vitória sempre tem que ser celebrado. O novo treinador do Náutico mostrou ser ousado e um pouco irresponsável por fazer três substituições no intervalo da partida. Sorte ou competência, as mudanças surtiram efeito.

- William Alves. Os poucos alvirrubros presentes na Arena Pernambuco ontem protestaram pela entrada do zagueiro que estava no banco de reservas. As vaias podem ter servido de estímulo para o jogador que marcou o gol que iniciou a virada do Náutico contra a Portuguesa.

- Diego Costa. Lesionado, o principal jogador do Atlético de Madrid não quer ficar de fora da final da Champions League. Para isso, ele está tentando de tudo. Inclusive viajou até a Sérvia para fazer um tratamento com placenta de égua. Válido o esforço para participar de um momento histórico para o clube.

3 fora

- Sérgio Guedes. Chegou para ser a solução do mau futebol do Santa Cruz e até agora não conseguiu o objetivo. O espírito motivador não vem dando certo e o time permanece na sequência de empates. Mesmo assim o treinador insiste em dizer que o time está no caminho certo. Só se for em direção à Série C.

- Arena Pernambuco. Amanhã (22) fará um ano que o estádio de São Lourenço da Mata recebeu seu primeiro jogo. Doze meses depois os problemas para chegar ao local dos jogos da Copa do Mundo em Pernambuco são as mesmas. Metrô longe, vias engarrafadas e ausência dos ônibus.

- Telefonia. Quem quiser ligar para casa para avisar que está vendo um jogo da Copa nos estádios de São Paulo e Curitiba não vai conseguir. Executivos do setor reconheceram que não será possível instalar a tempo os equipamentos de telefonia e banda larga 3G e 4G.

O Sport deveria entrar em campo na tarde deste domingo (18), na Ilha do Retiro, para enfrentar o Bahia. Mas a greve da Polícia Militar de Pernambuco fez com que a CBF adiasse a partida válida pela 5° rodada da Série A. Assim, o Leão só jogará na próxima quarta-feira (21), diante do Cruzeiro, no Mineirão. Será o quarto longe de seus domínios. E isso gerou reclamação entre os rubro-negros.

Um deles foi o goleiro Magrão, que iria vestir pela 500º vez a camisa rubro-negra e seria homenageado pela diretoria na Ilha do Retiro. Porém, a marca agora será alcançada longe de casa. Mas o camisa 1 do Leão está focado mais no desempenho do time no Brasileirão.

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“Quero voltar a jogar em casa o mais rápido possível e subir na tabela ao lado da torcida leonina. Também gostaria de fazer meu jogo comemorativo na Ilha do Retiro, mas, como isso não será possível, darei meu máximo diante do Cruzeiro”, afirmou.

Magrão ainda ressaltou a boa fase do time na Série A e outra vez lamentou só poder ter jogado com o apoio da torcida uma vez na competição. “Estamos num bom ritmo e o começo da competição foi satisfatório. Conseguimos fazer jogos seguros. Mas, obviamente, faz falta o calor da nação rubro-negra”, finalizou.

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