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O Japão executou nesta terça-feira (26) um homem condenado por esfaquear sete pessoas até a morte em junho de 2008 no distrito de Akihabara, em Tóquio, segundo o Ministério da Justiça.

O homem condenado pelo crime, Tomohiro Kato, 39 anos, fez "uma preparação meticulosa" para o ataque e mostrou uma "forte intenção de matar", segundo o ministro da Justiça, Yoshihisa Furukawa.

"A sentença de morte neste caso foi alcançada mediante deliberação suficiente do tribunal", acrescentou o ministro aos repórteres. "Com base nesse fato, aprovei a execução após um escrutínio extremamente rigoroso", acrescentou.

Kato executou os assassinatos em 8 de junho de 2008 e disse à polícia que foi "para Akihabara matar pessoas, não importa quem matou". Tinha 25 anos na época do ataque.

Ele foi preso no local logo após os ataques, nos quais jogou um caminhão alugado contra uma multidão, antes de sair do veículo e esfaquear pessoas aleatórias.

"Este é um caso muito doloroso que teve consequências muito sérias e chocou a sociedade", disse Furukawa nesta terça-feira.

Filho de um banqueiro, Kato, condenado à morte em 2011, cresceu na cidade de Aomori, no norte, onde se formou em uma escola de primeira linha. Fracassou nas provas de admissão da universidade e depois estudou mecânica de automóveis.

- Mensagens na Internet -

De acordo com os promotores, sua autoestima despencou depois que uma mulher com quem conversava online parou abruptamente de lhe responder quando ele lhe enviou uma foto sua.

Sua raiva do público em geral cresceu quando seus comentários em um fórum público na internet, incluindo seus planos de realizar o massacre, não provocaram reação, acrescentaram os promotores.

Enquanto aguardava julgamento, Kato escreveu a um taxista de 56 anos, ferido no massacre, para expressar seu arrependimento.

As vítimas "estavam curtindo suas vidas, tinham sonhos, futuros promissores, famílias, amantes, amigos e colegas", escreveu Kato, de acordo com uma cópia publicada no semanário Shukan Asahi.

Ele também disse que estava arrependido durante sua audiência no tribunal. "Deixe-me aproveitar esta oportunidade para me desculpar", pediu.

Como resultado desse crime, ocorrido sete anos após o massacre cometido por um homem armado com uma faca de açougueiro em uma escola primária de Osaka (oeste), as autoridades japonesas proibiram a posse de punhais de dois gumes com lâminas de mais de 5,5 centímetros.

A execução de Kato é a primeira aplicação da pena de morte no Japão desde dezembro passado, quando três pessoas condenadas por assassinato foram executadas por enforcamento no mesmo dia.

O Japão e os Estados Unidos estão entre os últimos países industrializados e democráticos que continuam aplicando a pena capital, uma punição amplamente apoiada pela opinião pública japonesa.

O governo japonês acredita que é "inadequado" abolir a pena de morte, considerando que "crimes hediondos como assassinato em massa e assassinato durante assalto à mão armada ainda acontecem com frequência", disse o ministro da Justiça japonês nesta terça-feira.

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