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Um homem condenado à pena de morte será executado nesta quinta-feira (25) por inalação direta de nitrogênio no Alabama, sul dos Estados Unidos, na primeira vez que este método, considerado "tortura" pela ONU, é aplicado em uma pessoa.

A execução de Kenneth Eugene Smith, condenado a esta sentença em 1996 pelo homicídio de uma mulher — encomendado por seu marido —, será a primeira do ano nos EUA, onde desde 2023, 24 pessoas morreram através de injeções letais.

A governadora republicana deste estado, Kay Ibey, definiu um prazo de 30 horas, a partir das 06H00 de quinta-feira (03H00 em Brasília), para a realização da execução.

O procedimento tinha sido marcado para novembro de 2022, mas os funcionários da prisão não conseguiram colocar o acesso intravenoso para administrar a injeção letal no tempo legalmente previsto, após o detento ter permanecido "amarrado por várias horas", segundo seus advogados.

O Alabama é um dos três estados do país que permitem as execuções por inalação de nitrogênio, nas quais a morte ocorre por hipóxia, ou falta de oxigênio.

O Escritório do Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos (OHCHR, na sigla em inglês) expressou, na semana passada, que estava "alarmado" com o procedimento utilizando um método "incipiente e não comprovado", declarou.

Isto "poderia constituir tortura e outros tratamentos cruéis ou degradantes, segundo o direito internacional", alertou a porta-voz Ravina Shamdasani, que pediu a suspensão da execução.

- "Traumatizado" -

Kenneth Eugene Smith, 58 anos, recorreu à Suprema Corte dos Estados Unidos, alegando que esta nova tentativa violaria seus direitos constitucionais, além de ter pedido a suspensão da mesma. Todas as suas solicitações anteriores foram rejeitadas no Alabama.

O mais alto tribunal americano, de maioria conservadora, declinou o pedido na quarta-feira, alegando que este é possivelmente "o método de execução mais humano já inventado".

Kenneth Eugene Smith apresentou seu último recurso na Suprema Corte nesta quinta-feira, que possivelmente terá o mesmo veredito.

"Ainda estou traumatizado da última vez", afirmou em uma entrevista à rádio pública NPR em dezembro, na qual confessou estar "absolutamente apavorado" com a possibilidade de passar pela mesma situação novamente.

Ele foi condenado pelo assassinato de Elizabeth Dorlene Sennett, de 45 anos, em 1988, ordenado por seu marido, Charles Sennett, um pastor profundamente endividado e infiel, para simular um roubo que deu errado.

Apesar do suicídio de Charles, a polícia seguiu a linha de homicídio que levou a dois homens. O cúmplice de Smith, John Forrest Parker, que também havia sido condenado à morte, foi executado em 2010.

Kenneth Smith foi sentenciado à pena capital anteriormente, mas o julgamento foi anulado após recurso. Em 1996, na sua segunda audiência, 11 dos 12 jurados eram a favor da prisão perpétua.

Mas no seu caso, tal como no de seu cúmplice, o juiz rejeitou os jurados e condenou-o à morte, uma possibilidade que existia então em alguns estados, mas que agora foi abolida em todo o país.

Em seu relatório anual de dezembro, o observatório especializado Centro de Informação sobre a Pena de Morte (DPIC, na sigla em inglês) destacou que a maioria dos prisioneiros executados nos Estados Unidos em 2023 "provavelmente não seria condenada à morte atualmente".

O documento tem como base as alterações na legislação e no fato de que os problemas de saúde mental e traumas dos detentos estão sendo levados em consideração atualmente.

A pena de morte foi abolida em 23 estados do país e outros seis observam uma moratória sobre a sua aplicação por decisão do governador.

O estado do Alabama, no Sudeste dos Estados Unidos, agendou para a noite de quinta-feira (25) a execução do preso Kenneth Smith, de 58 anos, condenado pelo assassinato de uma mulher em 1988. O método de execução será asfixia por nitrogênio, inédito no sistema prisional do país. A forma de abatimento escolhida pela administração do estado tem recebido críticas e sido assemelhada à tortura por organizações. Em novembro de 2022, Kenneth passou pela primeira tentativa de execução com um método padrão no Alabama e outros estados, a injeção letal. No entanto, o homem sobreviveu às tentativas, sendo o segundo e último a conseguir tal feito. 

A asfixia (hipóxia) por nitrogénio é bastante comum em suicídios assistidos na Europa. Smith receberá uma máscara e administrará um fluxo de gás nitrogênio, privando-o efetivamente de oxigênio até a morte. A execução, prevista em uma decisão do R. Austin Huffaker Jr., de 10 de janeiro de 2024, é a mais recente reviravolta na batalha sobre a pena de morte nos Estados Unidos. A conta de estados que aboliram a lei da pena de morte está quase empatada, com o último estado a fazer a alteração sendo Washington, em 2023.  

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Após a mudança em Washington, a situação da execução penal nos EUA passou a ser a seguinte: 23 estados a extinguiram; 24 estados mantêm suas leis; e três estados mantêm a lei, mas com exceções. 

ONGs condenam decisão do Alabama 

Críticos da pena de morte argumentam que as autoridades penitenciárias do Alabama estão fazendo de Smith uma cobaia para um experimento não comprovado e "macabro". Autoridades estaduais alegam que a morte por hipóxia com nitrogênio é indolor porque faz com que a pessoa perca rapidamente a consciência. Com uma pressão de médicos e críticos à pena de morte, conseguir medicamentos letais ficou mais difícil no país, e estados chegam a considerar, além da asfixia por nitrogênio, o uso de pelotões de fuzilamento.

Segundo a administração, os próprios advogados de Smith identificaram a hipóxia por nitrogênio como preferível à administração problemática de drogas injetáveis letais no estado. No entanto, a representação de Smith chegou a emitir um pedido de suspensão da execução, o que foi rejeitado pelo juiz no último dia 10. Agora, eles podem apelar para o Supremo Tribunal do país, que tem histórico de suspensões aprovadas em cima da hora. 

De acordo com o New York Times, que obteve contato com Kenneth Smith por e-mail, o preso tem medo do procedimento dar errado. “Estou preocupado por termos dito ao Alabama que esses riscos podem acontecer – vão acontecer – assim como os avisamos no ano passado”, disse ele. “E eles não farão nada para evitar que esses perigos aconteçam". 

A execução 

O preso condenado será conduzido de sua cela no Centro Correcional William C. Holman até a câmara de morte da prisão, que fica em Atmore, no Alabama. Cinco repórteres poderão testemunhar a execução. Smith será colocado em uma maca e uma máscara será colocada sobre seu rosto, e então ele terá dois minutos para dizer suas últimas palavras. Em seguida, o diretor da prisão ou um assistente iniciará o bombeamento do gás na máscara do homem por pelo menos 15 minutos. 

Kenneth Smith está enfrentando execução por esfaquear até a morte a senhora Elizabeth Sennett, em março de 1988. Ele recebeu US$ 1 mil (R$ 4,9 mil) do marido da mulher e mandante do crime, o pastor Charles Sennett, para cometer o homicídio. Os jurados que condenaram o preso votaram 11 a 1 para poupar a sua vida e, em vez disso, condená-lo à prisão perpétua, mas um juiz rejeitou-os e condenou-o à morte. 

 

Em uma operação denominada "Sobejo", deflagrada nesta quinta-feira (14), a Polícia Civil prendeu cinco policiais militares suspeitos de envolvimento na "chacina de Camaragibe", ocorrida em 15 de setembro deste ano. Os alvos são investigados pelos crimes de associação criminosa e homicídio, após uma família inteira ser morta na comunidade do Córrego do Jacaré, em Tabatinga, no Grande Recife. 

Além dos cinco mandados de prisão, foram emitidos 20 mandados de busca e apreensão domiciliar, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Camaragibe. A operação desta quinta-feira (14) é presidida pelo Grupo de Operações Especiais (GOE) e conta com apoio da Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) e da assessoria da Diretoria de Inteligência (Dintel). 

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Os policiais tiveram os celulares apreendidos e periciados em uma outra operação, realizada em outubro, e que desencadeou nas prisões da nova deflagração. A chacina de Camaragibe, forma como o caso ficou conhecido nacionalmente, se trata da execução de seis pessoas da mesma família, em um possível crime de vingança pela morte de dois policiais. Os crimes aconteceram entre 14 e 15 de setembro, e deixaram oito mortos no total, entre PMs e civis. 

A cronologia do caso 

As mortes começaram no dia 14 de setembro, quando o soldado Eduardo Roque Barbosa de Santana, de 33 anos, e o cabo Rodolfo José da Silva, de 38 anos, foram baleados na cabeça e mortos por Alex Silva, o "Samurai", de 33 anos. As vítimas serviam ao 20º Batalhão da Polícia Militar e estavam atendendo a um acionamento que denunciou presença de um homem armado na região do Córrego do Jacaré, em Tabatinga, bairro de Camaragibe. 

Nesse mesmo tiroteio, além dos PMs, uma grávida de 19 anos e um primo dela, de 14 anos, também foram baleados. Ana Letícia deu à luz uma menina e morreu mais de um mês depois após o crime, se tornando a nona vítima do caso. 

Durante a madrugada de 15 de setembro, a chacina aconteceu. Foram mortos três irmãos de Alex Samurai - as vítimas foram executadas na frente de casa e o crime foi filmado em uma transmissão ao vivo -, e também a mãe e a esposa do atirador. As últimas, mortas em um canavial em Paudalho, na Zona da Mata de Pernambuco. Pela manhã, Alex foi morto durante confronto com a polícia. 

 

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-RJ) declarou em agosto de 2022 que estava recebendo ameaças de morte direcionadas a ela, ao filho, que tem dois anos de idade e ao marido, o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).

Na ocasião, ela chegou a resgistrar um Boletim de Ocorrência sobre as ameaças. Parlamentar combativa e atacada pelas redes e durante sessões das comissões das quais integra na Câmara dos Deputados, a parlamentar teve o irmão brutalmente assassinato junto com outros dois médicos amigos de Diego Ralf de Souza Bomfim, em um quiosque na Barra da Tijuca, zona sul do Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta-feira (5).

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Em nota conjunta com o marido e a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-SP), Sâmia afirma estar "devastada" e pede que o crime seja investigado. “Pelas imagens divulgadas pela imprensa, tudo indica que se trata de uma execução. Exigimos imediata e profunda investigação para descobrir as motivações do crime, assim como a identificação e prisão dos executores”, solicita em trecho da nota. 

O ministro da Justiça, Flávio Dino pessoalmente pediu que a Polícia Federal acompanhe as investigações do caso, em face da hipótese de relação com a atuação de dois parlamentares federais. 

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou, na manhã desta quinta-feira (5), que a Polícia Federal vai acompanhar as investigações sobre a execução dos três médicos na madrugada de hoje na orla do Rio de Janeiro. Um dos ortopedistas mortos é Diego Ralf de Souza Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

Dino afirmou que pela possibilidade de a execução ter relação com a atuação parlamentar de Sâmia e do seu esposo, o também deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), determinou que a PF acompanhe o caso.

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“Em face da hipótese de relação com a atuação de dois parlamentares federais, determinei à Polícia Federal que acompanhe as investigações sobre a execução de médicos no Rio. Após essas providências iniciais imediatas, analisaremos juridicamente o caso”, escreveu Dino no X, antigo Twitter. O ministro ainda prestou solidariedade aos deputados e seus familiares pela perda.

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Minutos depois, Dino voltou ao X e informou que o secretário-executivo do ministério, Ricardo Capelli, vai acompanhar o caso no Rio: "Sobre a execução dos médicos, conversei agora com o governador do Rio, Cláudio Castro. Polícia Civil já realizando diligências investigatórias. Polícia Federal também. Secretário Executivo do MJ, Ricardo Cappelli, irá ao Rio e reunirá com a direção da PF e com o governo do Estado. Eu estou indo para a Bahia, reforçar ações lá. Reitero a minha solidariedade aos familiares de todas as vítimas".

 Quatro médicos estavam em um quiosque na orla do Rio quando quatro homens chegaram em um carro e dispararam contra eles, três morreram: Marcos de Andrade Corsato, Diego Ralf de Souza Bomfim e Perseu Ribeiro Almeida. Um foi ferido e está hospitalizado. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios. Segundo a Polícia Civil, a perícia foi realizada no local, testemunhas são ouvidas e imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas.  

 

Momentos antes de ser assassinada no portão da própria casa, Agata Ayanne da Silva, de 30 anos, buscou as redes sociais para denunciar um episódio de violência que terminou com a execução de sua família inteira. Ela foi uma das vítimas da chacina ocorrida no Córrego do Jacaré, em Tabatinga, no município de Camaragibe, Grande Recife. O caso aconteceu entre a noite da quinta-feira (14) e a manhã da sexta-feira (15). 

Minutos antes de morrer, Ayanne deixou comentários em páginas de notícias locais, no Instagram, e denunciou a chegada de, pelo menos, "dez homens encapuzados" à casa de sua mãe, Maria José. Maria foi sequestrada e o pai da família teve a moto alvejada por tiros de arma de fogo. O corpo da mãe só foi encontrado na manhã seguinte, no dia 15, em Paudalho. 

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Antes de ser assassinada, Agata Ayanne pediu socorro em páginas de notícias locais no Instagram. Imagem: Captura de tela/Reprodução/Instagram

"Três carros com mais de dez caras invadiram a casa da minha mãe e levaram ela, tomaram o celular da minha mãe, do meu pai e da minha irmã. Atiraram no pneu da moto do meu pai", diz um dos comentários. Ágata também chegou a pedir ajuda para tentar localizar a mãe. "Alguém aqui poderia me mandar o número de algum repórter? Preciso urgente, pois sequestraram a minha mãe por conta da ocorrência que aconteceu em Tabatinga, e a minha mãe não tem nada a ver", afirma outro comentário. 

Agata era irmã de Alex Samurai, suspeito de matar dois policiais militares na noite do dia 14. Sua família foi executada aos poucos, mas os autores ainda não foram identificados ou localizados. A vítima foi assassinada junto aos irmãos, Amerson e Apuynã. No momento de sua morte, ela realizava uma transmissão ao vivo no Instagram, que continuou sendo reproduzida mesmo após a mulher ser alvejada. 

A mulher também afirmou ter ido em delegacias procurando a mãe. "Eu estou desesperada, pois já andei nas delegacias e não consigo resposta. Minha mãe tem problema de pressão alta. Minha mãe não tem nada a ver com o que aconteceu. Nesse mundo a gente já não sabe quem é quem", dizem outras postagens feitas por ela no Instagram. 

O caso 

Na noite da quinta-feira (14), os policiais militares Eduardo Roque Barbosa de Santana, de 33 anos, e o cabo Rodolfo José da Silva, de 38 anos, foram até o Córrego do Jacaré, em Tabatinga, para atender uma ocorrência de disparos de armas de fogo na região. O autor dos tiros foi Alex da Silva Barbosa, o "Alex Samurai", que era Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) e tinha o registro da arma. 

Ao notar a presença dos policiais em sua rua, Alex abriu fogo contra os militares e atingiu ambos na região da cabeça. Os PMs morreram ainda no local. No tiroteio, ficaram feridos uma mulher de 18 anos e grávida de sete meses, e um adolescente de 14 anos. Alex Samurai se tornou foragido após o crime. 

A violência continuou durante a madrugada. Pela ordem, as primeiras mortes foram as de Maria José Pereira da Silva, de 58 anos, mãe de Alex, e de Maria Nathalia Campelo do Nascimento, 27 anos, companheira do suspeito. Elas foram sequestradas e levadas de Camaragibe até Paudalho, na Zona da Mata, onde foram alvejadas com tiros na nuca e abandonadas em um canavial. Os corpos, porém, foram encontrados apenas pela manhã. 

Por volta das 2h, novamente no Córrego do Jacaré, três irmãos de Alex foram baleados por homens encapuzados: Agata Ayanne da Silva, de 30 anos; Amerson Juliano da Silva e Apuynã Lucas da Silva, ambos de 25 anos. A mais velha filmou o crime em uma live no Instagram (confira abaixo).

Agata e Amerson morreram no local; Apuynã foi socorrido para o Hospital da Restauração, no bairro do Derby, no Recife, mas morreu na unidade de saúde. Horas depois, por volta das 11h, durante buscas da Polícia Militar, o suspeito Alex Silva foi localizado em Tabatinga, trocou tiros com o efetivo e foi morto.  

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Após mais de 30 anos no corredor da morte de uma prisão em Ohio, a execução de Keith LaMar estava prevista para 16 de novembro, mas foi adiada para janeiro de 2027 por falta de injeções letais, anunciaram as autoridades estaduais nesta quinta-feira (13).

"A nova data para a execução foi remarcada para 13 de janeiro de 2027", indica um comunicado do governador de Ohio, Mike DeWine, que baseia sua decisão nos "problemas de vontade dos fornecedores farmacêuticos para proporcionar drogas ao Departamento de Reabilitação e Correção de Ohio".

Em abril, DeWine já tinha adiado para 2026, pelas mesmas razões, as execuções previstas para agosto, setembro e outubro deste ano. Desde 2018, o estado não realizou nenhuma execução da pena capital.

Um número crescente de empresas farmacêuticas tem se recusado a fabricar a injeção letal que é administrada nos condenados à morte.

LaMar, de 54 anos, foi condenado à pena capital pelo homicídio de cinco detentos e um agente penitenciário em um motim em abril de 1993 na prisão onde já cumpria pena. Segundo ele, seu julgamento esteve repleto de irregularidades como a destruição de provas e ocultação de informação que o inocentava.

Este afro-americano, que sempre negou sua culpabilidade nas mortes, passou a maior parte dos últimos 30 anos aguardando a execução em isolamento em um presídio de segurança máxima em Ohio.

"Três anos podem passar num piscar de olhos, por isso redobremos nossos esforços, nossa energia para resolver até o fim esta loucura de uma vez por todas", disse LaMar em uma mensagem enviada à AFP, na qual agradeceu aos que o apoiaram e incutiram nele "a fé e a crença de que coisas melhores ainda são possíveis".

Preso desde os 19 anos pelo homicídio de um velho amigo por uma disputa envolvendo drogas na década de 1980, LaMar garante que, depois do motim, as autoridades penitenciárias lhe pediram que delatasse os responsáveis em troca de uma redução de pena, o que ele se negou a fazer.

LaMar, que escreveu um livro contando sua história e clamando sua inocência, lutou pela reabertura de seu caso e para que tivesse um julgamento justo.

"Quando você é pobre e preto em um país racista, você é um pobre condenado", disse ele em uma entrevista à AFP do corredor da morte no ano passado.

Nos dois últimos anos, ocorreram reviravoltas em seu caso. Além de uma equipe de advogados tentar reabrir o processo, um grupo de músicos de jazz - a música que o salvou nos confins de sua solidão - realizam uma campanha para exigir "Justiça para Keith LaMar".

Por meio de um telefone no corredor da morte, LaMar gravou um disco com a banda do espanhol Albert Marqués e participou de numerosos shows que o conjunto realizou em países como Espanha, França, Chile e em diversas cidades dos Estados Unidos, como mais um integrante do grupo.

"Que continuemos pedindo justiça, estamos quase lá", diz LaMar em sua mensagem de esperança.

O policial penal Rinaldo Rodrigues da Silva, de 44 anos, morreu na madrugada deste sábado (24), após ser baleado durante uma troca de tiros no bairro de Dois Unidos, na Zona Norte do Recife. O crime aconteceu por volta das 4h e, à ocasião, outras duas pessoas, não identificadas, ficaram feridas. Uma mulher de 24 anos e um adolescente, de 17 anos, foram levados a unidades hospitalares da capital, apresentando perfurações por arma de fogo. O estado de saúde deles não foi informado. 

De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, o autor é o adolescente que saiu ferido da ocorrência. “O autor, que será autuado em flagrante delito de ato infracional, também foi levado a uma unidade hospitalar com perfurações de arma de fogo e depois será encaminhado à delegacia para procedimentos cabíveis. As investigações foram iniciadas e seguem até elucidação do caso”, informou a instituição.

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A diretoria do Sindicato dos Policiais Penais de Pernambuco (Sinpolpen) emitiu uma nota lamentando a morte do colega e cobrando do Governo do Estado justiça pelo homicídio de Rinaldo. A categoria identificou o autor como Gabriel Fernando dos Santos, que estaria foragido do Centro de Internação Provisória (Cenip/Funase). 

O LeiaJá entrou em contato com a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) para obter mais informações sobre o caso e, até o momento desta publicação, aguardava retorno do órgão. O velório do ex-policial acontecerá neste domingo (25), no Cemitério de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, às 10h. O sepultamento está agendado para às 14h. 

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O governo de Cingapura decidiu por executar nesta quarta-feira, 26, um homem acusado de tráfico de mais de 1kg de maconha, apesar de pedidos de clemência de sua família e dos protestos de ativistas de que ele foi condenado com base em evidências fracas.

Tangaraju Suppiah, de 46 anos, foi condenado à morte em 2018 pelo tráfico de 1 kg de maconha. De acordo com as leis de Cingapura, o tráfico de mais de 500 gramas de cannabis pode resultar em pena de morte.

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Tangaraju foi enforcado na manhã desta quarta-feira e sua família recebeu o atestado de óbito, de acordo com um tweet do ativista Kirsten Han, do Transformative Justice Collective, que defende a abolição da pena de morte em Cingapura.

Embora Tangaraju não tenha sido pego com a maconha, os promotores disseram que números de telefone o rastrearam como o responsável por coordenar a entrega das drogas. Tangaraju havia afirmado que não era ele quem se comunicava com os demais ligados ao caso.

ONU critica leis

A porta-voz da ONU Ravina Shamdasani afirmou que impor a pena de morte para delitos de drogas é uma prática incompatível com normas e padrões internacionais. Shamdasani também apontou que cada vez mais evidencias mostram que a pena de morte é ineficaz.

A imposição da pena de morte em Cingapura para crimes relacionados a porte ou tráfico de drogas se diferencia das políticas de países vizinhos no continente asiático, como a Tailândia, que liberou o cultivo e consumo de maconha em 2022, e a Malásia, que aboliu o fim da pena de morte obrigatória para crimes graves.

Cingapura executou 11 pessoas no ano passado por delitos relacionados a drogas. Um caso que gerou preocupação internacional envolveu um cidadão da Malásia, que foi enforcado apesar das alegações de advogados de que ele tinha deficiência mental.

Uma mulher transgênero condenada à morte por homicídio, com aplicação da pena prevista para esta terça-feira (3), no estado do Missouri, no centro dos Estados Unidos, seria a primeira pessoa trans executada no país.

A menos que o governador do Missouri lhe conceda o indulto, Amber McLaughlin se tornará a primeira pessoa transgênero de qualquer sexo a morrer pela pena capital no país, e também a primeira pessoa executada em 2023.

McLaughlin, de 49 anos, deve receber uma injeção letal por um assassinato cometido antes de sua transição de gênero. Ela foi declarada culpada de matar uma ex-namorada em 2003 em um subúrbio da cidade de Saint Louis, no Missouri.

Sem aceitar a separação, McLaughlin já havia assediado sua ex-companheira até o ponto em que ela, chamada Beverly Guenther, precisou recorrer a medidas de proteção na Justiça.

No dia do crime, McLaughlin a esperou na saída do trabalho com uma faca de cozinha. Guenther foi estuprada e esfaqueada e seu corpo foi lançado no rio Mississippi.

Ao final do julgamento em 2006, um júri considerou McLaughlin culpada de homicídio, mas não conseguiu chegar a um consenso sobre a sentença. O juiz de primeira instância interveio e impôs a pena de morte, o que é permitido nos estados de Missouri e Indiana.

Sob a alegação de que o júri não a condenou à morte, a defesa pediu ao governador Mike Parson que comutasse sua sentença para prisão perpétua.

"A pena de morte considerada aqui não reflete a consciência da comunidade, mas de apenas um juiz", argumentaram os advogados em seu pedido de clemência, que também aponta que McLaughlin teve uma infância difícil e apresenta transtornos psiquiátricos.

Sua solicitação obteve o apoio de pessoas de alto perfil, incluídos dois integrantes do Missouri na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Cori Bush e Emanuel Cleaver.

Em uma carta ao governador, os advogados disseram que o pai adotivo de McLaughlin costumava espancá-la com um porrete e também a eletrocutava. "Além desses abusos horríveis, ela lidou em silêncio com questões de identidade de gênero", escreveram.

Segundo reportagens da imprensa, McLaughlin começou sua transição de gênero nos últimos anos, mas permaneceu reclusa na seção masculina do corredor da morte no Missouri.

De acordo com o Centro de Informação sobre a Pena de Morte (DPIC, na sigla em inglês), que busca abolir essa punição nos Estados Unidos, não há registro de execução de uma pessoa abertamente transgênero no país.

No entanto, o tema tem chamado mais a atenção nos últimos meses: a Suprema Corte de Ohio confirmou uma sentença de morte contra uma mulher transgênero e o estado de Oregon comutou outra, segundo o DPIC.

Desde que assumiu o cargo em 2018, o governador Parson jamais concedeu um pedido de clemência.

O Irã executou publicamente nesta segunda-feira um segundo condenado por participação nos protestos que abalam o país desde setembro, apesar da indignação internacional provocada pela aplicação da pena de morte contra pessoas envolvidas nas manifestações.

Majidreza Rahnavard, 23, foi condenado à morte por um tribunal da cidade de Mashhad (nordeste) pela acusação de assassinato de dois membros das forças de segurança. Ele foi enforcado nesta segunda-feira (12), em público, e não dentro da prisão, informou a Mizan Online, agência de notícias do Poder Judiciário.

A execução desta segunda-feira foi a primeira em público vinculada aos protestos que começaram após a morte, em 16 de setembro, da jovem curdo-iraniana Mahsa Amini, 22, que havia sido detida pela polícia da moralidade, acusada de violar o rígido código de vestimenta do país.

A Mizan Online divulgou imagens da execução de Rahnavard, registradas provavelmente antes da madrugada, que mostram um homem com as mãos amarradas às costas e pendurado em uma corda presa a um guindaste.

"A execução pública de um jovem manifestante, 23 dias após sua detenção, é outro crime grave cometido pelos governantes da República Islâmica e uma escalada significativa no nível de violência contra os manifestantes", declarou à AFP Mahmood Amiry-Moghaddam, diretor da ONG Iran Human Rights (IHR), com sede na Noruega.

"Majidreza Rahnavard foi condenado à morte com base em uma confissão obtida sob coação, após um processo flagrantemente injusto", acrescentou.

- Sanções e condenação internacional -

A condenação internacional não demorou. A última execução ocorreu em circunstâncias "particularmente cruéis", denunciou o secretário-geral da ONU, António Guterres, citado por seu porta-voz.

Os Estados Unidos estimaram que as penas de morte mostram que o regime da República Islâmica teme seu povo. "Essas sentenças duras sao destinadas a intimidar o povo do Irã, a eliminar a dissidência, e apenas mostram o quanto os líderes iranianos temem seu próprio povo", declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.

A União Europeia anunciou hoje novas sanções contra um alto dignitário religioso, 15 comandantes militares e autoridades da rádio e TV iraniana, proibindo a sua entrada no espaço europeu. "Temos como alvos os responsáveis pela repressão contínua aos manifestantes", declarou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

Desde a sua fundação, em 1979, a República Islâmica registrou várias ondas de protestos, mas a crise atual não tem precedentes, nem por sua duração, nem pelo fato de que ocorre em várias províncias, envolve diferentes grupos étnicos e classes sociais e inclui chamados diretos pelo fim do regime.

O Poder Judiciário iraniano anunciou 11 condenações à morte até o momento relacionadas aos protestos, que o governo chama de "distúrbios". Mas ativistas afirmam que outras 12 pessoas enfrentam acusações que podem resultar na pena capital.

"Sem o devido processo. Julgamentos fictícios. É assim que eles querem parar os protestos em todo país", disse Omid Memarian, analista para o Irã na organização Democracy for the Arab World Now (DAWIN).

O portal on-line 1500tasvir disse que a família foi informada sobre a execução apenas após a realização da mesma. O portal publicou imagens de um último encontro com a mãe, que saiu sem saber que ele estava prestes a ser enforcado.

Neste domingo, diferentes ONGs alertaram que vários prisioneiros iranianos no corredor da morte poderiam ser executados em breve, incluindo Mahan Sadrat e Sahand Nourmohammadzadeh.

- 'Mais ira e ódio' -

Na semana passada, os Estados Unidos, vários países da União Europeia e o Reino Unido condenaram a execução de Shekari.

Teerã se antecipou às medidas punitivas europeias impondo sanções contra funcionários do alto escalão britânicos e alemães.

A ministra alemã das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, declarou hoje que as execuções públicas são uma "tentativa de intimidar as pessoas". Já o escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU expressou estar "em choque", após tomar conhecimento da nova execução.

Antes do anúncio da segunda execução, o cineasta iraniano ganhador do Oscar Asghar Farhadi pediu no Instagram que as autoridades acabem com essas mortes: "Matar e executar jovens indefesos e oprimidos só lhes trará mais raiva e ódio".

O Irã realizou nesta quinta-feira (8) a primeira execução conhecida vinculada aos protestos contra a morte de Mahsa Amini, ao enforcar um homem condenado por ter bloqueado uma rua e ferido um integrante da força paramilitar Basij.

O Irã vive uma onda de protestos desde a morte, em 16 de setembro, de Mahsa Amini, uma curda iraniana de 22 anos que perdeu a vida após ser detida pela polícia da moralidade sob a alegação de desrespeitar o código de vestimenta do país, que obriga as mulheres a usarem o véu em público.

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De acordo Mizan Online, o veredicto preliminar do caso foi anunciado em 1º de novembro pelo Tribunal Revolucionário de Teerã e a Suprema Corte rejeitou um recurso de apelação em 20 de novembro, o que levou à execução da sentença.

A Justiça iraniana afirma que Shekari se declarou culpado de ter lutado e de sacar "a arma com a intenção de matar, provocar terror e perturbar a ordem e a segurança da sociedade".

"Ele feriu de maneira intencional um basij com arma branca, enquanto este cumpria o seu dever e bloqueou a rua Sattar Khan em Teerã", afirma a agência.

A Basij é uma força paramilitar vinculada aos Guardiões da Revolução, exército ideológico do Irã. Dez pessoas correm o mesmo risco, por participação nos protestos.

Mulheres e estudantes lideram as manifestações, em que gritam palavras de ordem contra o governo. Algumas decidiram remover o véu em público.

- 'Desumano' -

"A execução de Mohsen Shekari deve provocar fortes reações, pois em caso contrário vamos enfrentar execuções diárias de manifestantes", declarou Mahmood Amiry-Moghaddam, diretor da ONG Iran Human Rights (IHR), com sede em Oslo.

O ativista disse que Shekari foi "condenado à morte em uma farsa judicial, sem o devido processo legal". "A execução deve ter consequências práticas rápidas e em nível internacional", tuitou.

O ativista pela liberdade de expressão Hosein Ronaghi, libertado recentemente da prisão, advertiu o governo que "a execução de qualquer manifestante terá graves consequências para vocês". "Tirar a vida de uma pessoa é tirar a vida de todos. Vocês têm forcas suficientes?", tuitou.

Os Estados Unidos descreveram a primeira execução como "uma escalada nefasta" e afirmaram que responsabilizariam "o regime iraniano pela violência brutal que comete contra seu próprio povo".

O Ministério austríaco das Relações Exteriores chamou a execução de "desumana", enquanto a Alemanha afirmou que o "desprezo do regime (iraniano) pela humanidade não tem limites". A França também expressou sua "mais firme condenação" à execução, e a Itália considerou que "a repressão inaceitável" não poderia deixar a comunidade internacional indiferente.

Na última terça-feira, um tribunal iraniano condenou cinco pessoas à pena capital pelo assassinato de paramilitares durante os protestos, o que elevou a 11 o número de sentenças de morte.

As autoridades, que denunciam as manifestações como "distúrbios", acusam com frequência os Estados Unidos e seus aliados ocidentais, assim como grupos curdos no exterior, de estimularem o movimento de protesto sem precedentes.

- Centenas de mortos na repressão -

Em um balanço divulgado ontem, o IHR afirma que a repressão dos protestos provocou pelo menos 458 mortes, incluindo de 63 menores de idades.

O Conselho Supremo de Segurança Nacional anunciou no sábado que "mais de 200 pessoas", incluindo civis e membros das forças de segurança, morreram nos protestos. Um general dos Guardiões da Revolução deu conta de um balanço de mais de 300 mortos. A Justiça iraniana informou que mais de 2.000 pessoas foram indiciadas.

Ao menos 28 pessoas, incluindo três menores de idade, poderiam ser executadas em conexão com a mobilização, afirmou no dia 2 de dezembro a ONG Anistia Internacional (AI), que também chamou de "farsa" os processos contra manifestantes e acusou Teerã de usar a "pena de morte como uma ferramenta de repressão política para instigar medo entre as pessoas e terminar com a revolta popular".

O Japão executou nesta terça-feira (26) um homem condenado por esfaquear sete pessoas até a morte em junho de 2008 no distrito de Akihabara, em Tóquio, segundo o Ministério da Justiça.

O homem condenado pelo crime, Tomohiro Kato, 39 anos, fez "uma preparação meticulosa" para o ataque e mostrou uma "forte intenção de matar", segundo o ministro da Justiça, Yoshihisa Furukawa.

"A sentença de morte neste caso foi alcançada mediante deliberação suficiente do tribunal", acrescentou o ministro aos repórteres. "Com base nesse fato, aprovei a execução após um escrutínio extremamente rigoroso", acrescentou.

Kato executou os assassinatos em 8 de junho de 2008 e disse à polícia que foi "para Akihabara matar pessoas, não importa quem matou". Tinha 25 anos na época do ataque.

Ele foi preso no local logo após os ataques, nos quais jogou um caminhão alugado contra uma multidão, antes de sair do veículo e esfaquear pessoas aleatórias.

"Este é um caso muito doloroso que teve consequências muito sérias e chocou a sociedade", disse Furukawa nesta terça-feira.

Filho de um banqueiro, Kato, condenado à morte em 2011, cresceu na cidade de Aomori, no norte, onde se formou em uma escola de primeira linha. Fracassou nas provas de admissão da universidade e depois estudou mecânica de automóveis.

- Mensagens na Internet -

De acordo com os promotores, sua autoestima despencou depois que uma mulher com quem conversava online parou abruptamente de lhe responder quando ele lhe enviou uma foto sua.

Sua raiva do público em geral cresceu quando seus comentários em um fórum público na internet, incluindo seus planos de realizar o massacre, não provocaram reação, acrescentaram os promotores.

Enquanto aguardava julgamento, Kato escreveu a um taxista de 56 anos, ferido no massacre, para expressar seu arrependimento.

As vítimas "estavam curtindo suas vidas, tinham sonhos, futuros promissores, famílias, amantes, amigos e colegas", escreveu Kato, de acordo com uma cópia publicada no semanário Shukan Asahi.

Ele também disse que estava arrependido durante sua audiência no tribunal. "Deixe-me aproveitar esta oportunidade para me desculpar", pediu.

Como resultado desse crime, ocorrido sete anos após o massacre cometido por um homem armado com uma faca de açougueiro em uma escola primária de Osaka (oeste), as autoridades japonesas proibiram a posse de punhais de dois gumes com lâminas de mais de 5,5 centímetros.

A execução de Kato é a primeira aplicação da pena de morte no Japão desde dezembro passado, quando três pessoas condenadas por assassinato foram executadas por enforcamento no mesmo dia.

O Japão e os Estados Unidos estão entre os últimos países industrializados e democráticos que continuam aplicando a pena capital, uma punição amplamente apoiada pela opinião pública japonesa.

O governo japonês acredita que é "inadequado" abolir a pena de morte, considerando que "crimes hediondos como assassinato em massa e assassinato durante assalto à mão armada ainda acontecem com frequência", disse o ministro da Justiça japonês nesta terça-feira.

A esposa do universitário de nacionalidade iraniana e sueca Ahmedreza Djalali, acusado de espionagem e ameaçado de execução no Irã, pediu neste sábado (21) ajuda à União Europeia (UE) para a libertação de seu marido, durante uma entrevista à emissora pública alemã ZDF.

"Espero que a UE possa agir realmente de forma decisiva para trazer Ahmedreza para casa", disse, em trechos da entrevista transmitida pela ZDF.

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A UE não deve "permitir que um homem inocente seja assassinado de forma tão desumana", acrescentou.

Segundo a mídia iraniana, ele poderia ser enforcado no sábado e os funcionários iranianos disseram que executariam a sentença.

Mas, segundo sua esposa, Vida Mehrannia, a execução não ocorreu.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu na terça-feira a Teerã que detivesse a execução e exigiu a revogação de sua condenação.

Ahmadreza Djalali, que estava radicado em Estocolmo, onde trabalhava no Instituto Médico Karolinska, foi detido durante uma visita ao Irã em 2016.

Ele foi condenado à morte em 2017 por acusações de espionagem, negados pela Suécia e seus partidários.

Em fevereiro de 2018, durante sua detenção, a Suécia lhe deu a nacionalidade.

A Arábia Saudita executou 81 pessoas em um dia por diversos crimes ligados ao "terrorismo", superando o número total de execuções em 2021 no país.

A agência de notícias oficial SPA disse que os condenados estavam ligados ao "Estado Islâmico, Al Qaeda, houthis e outras organizações terroristas".

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Os executados estavam planejando ataques no reino, como a morte de "um grande número" de civis e membros das forças de segurança, detalha o comunicado da SPA.

"Também incluem condenações por atacar funcionários do governo e locais econômicos vitais, matar forças de segurança e mutilar seus corpos e plantar minas terrestres para atingir veículos da polícia", disse a agência.

As sentenças incluem "crimes de sequestro, tortura, estupro, contrabando de armas e bombas para o reino", acrescentou.

Dos 81 executados, 73 eram cidadãos sauditas, sete do Iêmen e um da Síria.

A SPA explicou que os condenados foram julgados separadamente em tribunais da Arábia Saudita por 13 juízes.

"O reino continuará adotando uma postura rígida e inabalável contra o terrorismo e as ideologias extremistas que ameaçam a estabilidade", continuou.

A Arábia Saudita é um dos países que mais executa pessoas no mundo e chegou a impor penas de morte por decapitação.

- Recorde de execuções -

A Arábia Saudita sofreu uma série de ataques mortais desde o final de 2014 reivindicados pelo grupo Estado Islâmico.

Além disso, o país do Golfo também lidera uma coalizão militar que luta no Iêmen desde 2015 para apoiar o governo contra os rebeldes houthis apoiados pelo Irã e lançou ataques no reino.

O anúncio feito neste sábado de 81 execuções em um único dia supera o número total de 2021: 69.

Atualmente, cerca de 50 países ao redor do mundo continuam aplicando a pena de morte.

Em 2020, 88% das 483 execuções relatadas ocorreram em apenas quatro países: Irã, com 246; Egito, 107; Iraque, 45; e Arábia Saudita, 27, segundo a Anistia Internacional.

As execuções deste sábado ocorreram um dia após a libertação do blogueiro saudita e ativista de direitos humanos Raif Badawi, que havia sido condenado a 10 anos de prisão e 1.000 chicotadas sob a acusação de insultar o Islã.

No entanto, Badawi, que recebeu apenas 50 chicotadas antes que a punição fosse interrompida por pedidos da comunidade internacional, está proibido de deixar a Arábia Saudita pelos próximos dez anos.

Sendo assim, Badawi não poderá se juntar a sua esposa Ensaf Haidar e seus três filhos no Canadá, para onde fugiram após a prisão.

Uma família de ambientalistas foi assassinada às margens do Rio Xingu, no Sul do Pará. Eles moravam a cerca de 20 anos na região e eram engajados em atividades de proteção ao ecossistema, como um projeto de soltura de tartarugas.

Os corpos do pai José Gomes, conhecido como Zé do Lago, e da filha Joane Nunes Lisboa foram encontrados perto da casa onde moravam, na cachoeira da Mucura, a cerca de 90 quilômetros de São Felix do Xingu.

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O da mãe Márcia Nunes Lisboa foi visto boiando às margens do Rio. Projeteis de arma de fogo foram recolhidos perto das vítimas.

O estado de decomposição indica que elas foram executadas três dias antes do registro do triplo homicídio, conforme o DOL Notícias Carajás.

A Polícia Civil acompanha o caso desde o domingo (9) e deve colher depoimentos nessa terça-feira (11).

A Justiça dos Estados Unidos suspendeu uma execução em Oklahoma que seria realizada nesta quinta-feira (28) com um coquetel letal de substâncias, suspeito de causar dor excruciante aos condenados.

Oklahoma, um estado rural e conservador do sul dos EUA, previa executar, às 16h00 locais (18h00 em Brasília), John Grant, um afro-americano de 60 anos condenado à morte pelo assassinato de um trabalhador da prisão.

Sua morte seria causada pela administração de uma combinação de três substâncias que, após vários problemas em execuções nos anos de 2014 e 2015, levou o estado a suspender temporariamente a aplicação da pena.

Em 2020, as autoridades locais concluíram um novo protocolo e marcaram várias datas para a aplicação das penas em 2021, começando por Grant.

"O protocolo comprovou ser humano e eficaz", afirmou o serviço penitenciário de Oklahoma em comunicado, no qual pressiona para tornar efetiva a execução de Grant, que está suspensa há seis anos.

No entanto, para o advogado do condenado, Dale Baich, ainda há "sérias dúvidas" sobre o sofrimento causado pelo coquetel letal e sua conformidade com a Constituição, que proíbe as "penas cruéis ou incomuns".

Na quarta-feira, um tribunal de apelação decidiu em favor de Grant e suspendeu a execução, mas as autoridades de Oklahoma recorreram imediatamente na Suprema Corte dos Estados Unidos para anular a decisão.

Espera-se que a máxima instância judicial dos Estados Unidos emita sua decisão nesta quinta-feira.

Uma mulher identificada como Anne Cipriano Frigo, 46 anos, foi presa nesta última terça-feira (29), acusada de mandar matar o ex-namorado Vitor Lúcio Jacinto, em São Paulo. A suspeita, inclusive, deu uma festa dois dias depois do assassinato da vítima.

O corretor de imóveis Carlos Lex Ribeiro de Souza é apontado como o responsável pela execução, que aconteceu no dia 17 deste mês. Segundo a Record TV, em depoimento à Polícia o homem disse que recebeu R$ 200 mil para cometer o crime.

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Anne e Carlos ficaram com o celular de Vitor e, na tentativa de enganar os familiares da vítima, mandavam mensagens para não despertar suspeitas. No entanto, os familiares começaram a desconfiar porque Vitor tinha o costume de mandar mensagens de áudio e não de texto, como os suspeitos estavam fazendo. 

A polícia suspeita que Anne mandou executar o namorado após descobrir várias traições. O corpo da vítima foi encontrado na represa do Guarapiranga, Zona Sul de São Paulo. Ele foi morto com um tiro no peito e o executor ainda tentou queimar o corpo.

O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou quatro policiais militares envolvidos na execução do jovem Lucas Azevedo Albino, em 30 de dezembro de 2018, na caçamba de uma viatura. A promotoria imputa crime de homicídio duplamente qualificado, em ação típica de grupo de extermínio, a Sérgio Lopes Sobrinho, Bruno Rego Pereira dos Santos, Wilson da Silva Ribeiro e Luiz Henrique Ribeiro Silva.

"As diligências investigatórias revelam, estreme de dúvida, que no segundo momento, quando o jovem já estava em poder da guarnição policial, os denunciados, dolosamente, todos mancomunados entre si, sob odioso pacto de silêncio, em frontal desarmonia com os valores cultivados na caserna, ceifaram a vida de Lucas Azevedo Albino de modo cruel e covarde, agindo em atividade típica de grupo de extermínio", registra a denúncia enviada à Justiça fluminense na quinta-feira, 24.

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Na peça, o Ministério Público do Rio narra que Lucas Azevedo Albino, que tinha 18 anos à época, trafegava na garupa de uma moto quando, após tentativa de abordagem e breve perseguição policial, foi atingido no ombro por um tiro de fuzil disparado pelos PMs e caiu no chão. O jovem permaneceu no local, enquanto o condutor, não identificado, conseguiu escapar, seguindo em direção ao Complexo da Pedreira.

Ao ser abordado pelos policiais, Lucas dizia não ser bandido e pedia a presença da mãe. Logo em seguida, o jovem foi levado para a caçamba da viatura número 52-2505. O episódio foi observado por pessoas que andavam pelo local. O grupo se dirigiu ao Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes.

A promotoria destaca que, no trajeto, um dos PMs, 'com vontade livre e consciente e inequívoco propósito homicida, em comunhão com os demais policiais', efetuou um segundo disparo de arma na cabeça de Lucas, resultando na morte imediata do jovem.

Ainda de acordo com o MP do Rio, para dar aparência de legalidade à execução, sob o pretexto de prestação de socorro, os PMs seguiram em direção ao hospital, transportando o corpo de Lucas.

"Como todos os denunciados, militares em situação de atividade, tinham o dever constitucional de impedir qualquer atentado à integridade corporal da vítima, o comportamento omissivo de cada um deles em relação à conduta do autor do disparo letífero, por si só, constituiu conditio sine qua non para o resultado morte. Além disso, atuando mediante prévio ajuste, a participação de cada um dos denunciados na empreitada criminosa, ainda que isoladamente verificada, redundou em força moral cooperativa pela certeza da solidariedade e esperança de ajuda recíproca, concorrendo de modo eficaz para a consumação do homicídio", diz a denúncia.

Durante a reunião ordinária virtual da Câmara do Recife nesta segunda-feira (10), o vereador Dilson Batista (Avante) se posicionou sobre a operação policial na comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, que acabou com 27 pessoas assassinadas.

"Os que morreram eram marginais. Não vou dizer que houve chacina, mas uma faxina, em Jacarezinho. Eram todos marginais que traficam droga e que atiraram na polícia. Atiraram a sangue frio no policial André Frias, que estava ali não só como um braço do Estado, mas para cumprir sua obrigação de segurança publica”, afirmou.

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O vereador Ivan Moraes (PSOL) criticou a adjetivação de “faxina”. “Aqui na Câmara há parlamentares que estão tratando esse caso como faxina, como limpeza. Mas, eu quero lembrar que nós, quando tomamos posse, juramos defender a Constituição. E quem a defende a Constituição tem que defender o Estado de Direito. Não podemos achar normal ou defender a execução sumária. O que houve foi execução sumária”, disse. 

Ivan ressaltou que, politicamente, pode-se discutir o ocorrido pela ótica do racismo institucional. “As corporações policiais foram formadas para defender uma elite. Policiais negros são colocados em situação de perigo e lutam contra outros negros, que moram em favelas. A guerra contra as drogas é justificada para matar moradores da comunidade, bandidos, policiais e traficantes. Mas uma operação como aquela não ocorre no Leblon ou na Avenida Boa Viagem”, salientou.

A vereadora Liana Cirne (PT) manifestou a sua preocupação como esse debate foi colocado “aqui na Câmara por alguns colegas”. Ela ressaltou que foi dita “a expressão faxina, no lugar de chacina, e que a operação só matou bandidos”. Cirne pediu para se refletir sobre “a gravidade do que foi colocado aqui”. 

O vereador Marco Aurélio Filho (PRTB) disse que está preocupado “com a inversão de valores” diante da operação da Polícia Civil realizada na favela Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro. “Até agora, não vi a imprensa ou casas parlamentares como esta se colocando no lugar da polícia. Em nenhum momento vi ninguém fazendo a defesa da Polícia Civil”, reclamou.

Operação letal

A Polícia Civil do Rio de Janeiro alega que, tirando o policial, todos os outros mortos na operação eram "bandidos", mas não deu detalhes de quem são essas pessoas. A operação, que foi de encontro a determinação do Supremo Tribunal Federal, que proibiu operações policiais no Rio de Janeiro durante a pandemia da Covid-19, está sendo investigada pelo Ministério Público Federal, que exigiu esclarecimentos sobre a ação e as mortes executadas. A operação é considerada a mais fatal da história do Rio de Janeiro. 

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