Tópicos | Abdias do Nascimento

Parlamentares e representantes da sociedade civil homenagearam os heróis da luta contra a discriminação racial no Brasil, Abdias do Nascimento e Francisco José do Nascimento, o navegante negro conhecido como o Dragão do Mar. A sessão solene aconteceu nesta terça (18), na Câmara dos Deputados. Também foram celebrados os 130 anos da abolição da escravatura no Ceará.

De acordo com o relato do deputado André Figueiredo (PDT-CE), com a seca de 1880, no Ceará, a migração começou a crescer. “Muitos tiveram que vender suas ‘posses’, entre eles os escravos. Chefiados pelo jangadeiro Francisco, os homens do mar cerraram fileiras contra o tráfico, impedindo a saída de escravos. A partir daí, Francisco Nascimento se dedicou ao abolicionismo, inclusive, escondendo escravos em sua casa”,  relatou o pedetista.

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O deputado Vicentinho, um dos autores do requerimento da sessão, disse que a vida de Abdias do Nascimento é a própria história de lutas contra o racismo. Preso pelo governo Getúlio Vargas (1930-1945), nos anos 1940, Abdias fundou o teatro experimental do negro, responsável pela formulação de diversas políticas públicas. Em 1950, realizou o Primeiro Congresso Nacional do Negro.

Em lembrança à conviência com Abdias no Parlamento, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) lembrou exaltou como ele sempre se mostrou aguerrido e corajoso. “Criar uma frente negra brasileira em 1931 não deve ter sido fácil. Ao criar o teatro experimental do negro, abriu as portas para o debate”, afirmou.

Aconteceu na tarde desta sexta-feira (4), no centro do Recife, a 5º Caminhada dos Terreiros de Pernambuco. O evento, com saída do Marco Zero, tinha como objetivo dar visibilidade às comunidades afrobrasileiras e fortalecer a luta pela igualdade Racial. Os organizadores da caminhada fizeram uma alusão ao Dia da Consciência Negra, comemorado no próximo dia 20.

O grande homenageado do dia foi Abdias do Nascimento, um dos fundadores do movimento negro no Brasil. O evento reuniu cerca de 10 mil pessoas, entre elas representantes de três mil terreiros e os crédulos ao movimento. Durante todo o percurso, os religiosos cantaram músicas para as divindades.

De acordo com a coordenadora religiosa da caminhada, Elza de Iemanjá, após os 5 anos do evento o movimento tem sido satisfatório. “O preconceito contra a nossa religião vem diminuindo nos últimos anos. Estamos percebendo que a população está mais participativa. Queremos mostrar que vivemos em um país laico. Através dessa caminhada, desejamos que a população nos conheça”, declarou.

O prefeito João da Costa, que também prestigiou a caminhada, afirmou estar no evento para reafirmar o compromisso contra o preconceito racial e a perseguição religiosa. “Todos têm direito à livre expressão. Precisamos acabar com a intolerância religiosa”, declarou.

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