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O número de clientes de TV paga no País deve crescer em torno dos 10% a 11% neste ano, de acordo com projeção da Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA). Entre maio de 2013 e maio de 2014, a base de assinantes avançou 10,8%, totalizando 18,8 milhões de assinantes. "A estimativa é que esta taxa se mantenha até o final do ano", afirmou em nota o presidente da associação, Oscar Simões.

Se a projeção para 2014 se confirmar, o setor de TV por assinatura deve registrar crescimento na casa dos dois dígitos porcentuais pelo nono ano consecutivo. Entre 2006 e 2013, o número de assinantes avançou em média 17% ao ano.

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A popularização da TV paga acompanhou, dentre outros fatores, o incremento do emprego e da renda da população brasileira nos últimos anos. Segundo a ABTA, a adesão à TV por assinatura vem crescendo entre o público de todas as faixas de renda. Entre 2011 e 2013, a penetração evoluiu de 78% para 87% na classe A, de 51% para 65% na classe B e de 24% para 34% na classe C.

Como reflexo dessa adesão crescente, neste ano a audiência dos canais pagos já se expandiu 20% de janeiro a maio. De acordo com o levantamento, que cita dados dos Ibope, o conjunto de canais fechados já representa a segunda maior audiência do País.

A ABTA estima que a base atual de 18,8 milhões de assinantes corresponde a cerca de 60 milhões de telespectadores. A expectativa da associação é que o número de assinantes se aproxime dos 30 milhões até 2019. As perspectivas do setor foram anunciadas nesta terça-feira, 29, durante o lançamento da 22ª edição da Feira e Congresso ABTA, evento que acontecerá de 5 a 7 de agosto, na capital paulista.

Manifestantes protestaram contra a presença de políticos em empresas de televisão aberta nesta terça-feira durante discurso do ministro das Comunicações Paulo Bernardo, na abertura do congresso da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA). Em uma faixa, os manifestantes escreveram "político não pode ter TV. Revoga Paulo Bernardo".

Após a abertura, em fala a jornalistas, Bernardo comentou ser contrário a políticos terem concessões de rádio e de televisão. "Sou contra, nunca escondi. Precisamos ter uma lei que proíba", disse. Questionado sobre a atual legislação, ele afirmou, porém, que não existe proibição alguma para um político em ter participação acionária, apenas na direção da empresa.

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Sobre a faixa colocada pelos manifestantes em seu discurso, o ministro afirmou ser "justa", mas que não há nada fora da lei. Entre os panfletos distribuídos pelos manifestantes estavam alguns ilustrados com fotos dos senadores Fernando Collor, Jader Barbalho e Agripino Maia, que, segundo o material, contam com concessões de canais de televisão aberta em seus estados.

Regulamentação

Questionado sobre a regulamentação dos meios de comunicação, Bernardo afirmou que há vários itens a serem regulados, mas descartou uma regulação de conteúdo. Ele reafirmou que a regulação para mídia imprensa e na internet não está prevista na constituição. "Eu sou rigorosamente contra fazer qualquer regulação (de conteúdo)", acrescentou.

Bernardo afirmou, por outro lado, sobre o setor de rádio e televisão, que é preciso regular a produção regional, por meio de cotas, por exemplo, de produção local. Ele criticou ainda a concentração dos meios de telecomunicações em poucas empresas. "O sistema de afiliadas burla isso? Essa é a discussão", afirmou.

Espionagem

Sobre o episódio de espionagem dos Estados Unidos no Brasil, o ministro disse que o governo vai fazer uma missão técnica e política aos norte-americanos. "Se não for resolvido bilateralmente, nos vamos acionar os mecanismos internacionais de defesa ligados à ONU. Mas nós ainda vamos discutir isso", frisou.

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