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Após dois anos parado para manutenção, o maior acelerador de partículas do mundo foi religado neste domingo, 5, e com um plano ambicioso: abrir nova fronteira para a ciência e fazer descobertas sobre as origens do universo.

Em Genebra, o Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) retomou os trabalhos do acelerador de partículas, desta vez, com uma potência duas vezes superior àquela que foi utilizada para descobrir o Bóson de Higgs - a partícula elementar que dá massa a outras, como o elétron -, um dos maiores feitos da história da física.

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O acelerador, conhecido como LHC, custou US$ 8 bilhões e levou mais de 20 anos para ser projetado e construído. Hoje, o túnel de 27 km, que fica situado cerca de 30 andares abaixo de Genebra e de parte do território da França, é considerado um dos exemplos da cooperação internacional.

Ao fazer prótons circularem pelo túnel a uma velocidade recorde, os cientistas promoverão choques para simular o que teria sido os instantes que se seguiram ao big-bang. Quatro aparelhos detectam as imagens desses choques, com até 40 milhões de "fotos".

Apesar de confirmar a teoria de Higgs e de revelar dezenas de outras informações sobre a origem da matéria, o projeto frustrou alguns cientistas por não trazer outras novidades. A opção em 2012, portanto, foi usar uma pausa já planejada, suspender os trabalhos e desligar o acelerador. A pausa seria usada para manutenção e para incrementar mais a potência do que já era o maior experimento da física.

Experimento

As colisões de prótons ocorrerão a uma energia de 13 trilhões de eletronvolts, algo jamais visto. "Agora, o trabalho duro começa", afirmou Rolf Heuer, diretor-geral do Cern. "Depois de dois anos de esforços, o LHC está em grande forma", disse o diretor de aceleradores, Frédérick Bordry.

Segundo ele, os choques vão começar a ocorrer a uma energia reduzida e, gradualmente, o acelerador ganhará um novo ritmo. "O passo mais importante ainda está por chegar, quando aumentarmos a energia a níveis recordes."

Uma das esperanças é de que as descobertas ajudem a montar um quebra-cabeça que muitos consideram sem solução: a revelação da natureza da matéria escura.

Cálculos baseados em interações gravitacionais entre galáxias sugerem que há cinco vezes mais matéria escura no universo do que matéria comum, o que forma parte das coisas que podem ser vistas. O problema é que ela ainda não foi detectada diretamente nem suas características foram identificadas.

Ao repetir o momento posterior ao big-bang, a meta dos cientistas é justamente criar condições para que se possa constatar a matéria escura.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) alerta que o Brasil corre o risco de ficar fora do maior experimento da física se não acelerar sua adesão à entidade. No fim de 2013, depois de três anos de uma arrastada negociação, o Conselho Executivo do Cern deu a luz verde para que um tratado de adesão fosse desenhado entre a entidade, com sede em Genebra, e Brasília.

O acordo foi traçado e enviado ao Brasil. Mas, até agora, não existe um entendimento e, até que o acordo seja aprovado e depois ratificado pelo Congresso Nacional, o risco é de que o LHC já tenha cumprido parte de sua missão. A adesão ao Cern deve custar US$ 10 milhões por ano ao Brasil, mas abrirá as portas para licitações milionárias e formação de centenas de cientistas, além de participar do projeto.

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Há quatro anos, diplomatas brasileiros mediaram a assinatura de uma carta de intenções entre o Ministério da Ciência e Tecnologia e o Cern.

A busca pelos segredos do universo ganhará o que muitos acreditam que seja seu maior capítulo a partir das próximas semanas. Em Genebra, o Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) irá religar o maior acelerador de partículas do mundo e, desta vez, com uma potência duas vezes superior àquela que foi utilizada para descobrir o Bóson de Higgs - a partícula elementar que dá massa a todas as outras -, um dos maiores feitos da história da física.

Para os especialistas, ao apertar o botão para voltar a dar energia ao acelerador, o que estará sendo feito é abrir uma nova fronteira para a ciência. O acelerador, conhecido como LHC, custou US$ 8 bilhões e levou mais de 20 anos para ser projetado e construído. Hoje, o túnel de 27 km que fica situado cerca de 30 andares por baixo da cidade de Genebra e parte do território da França é considerado como um dos exemplos da cooperação internacional.

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Ao fazer prótons circular pelo túnel a uma velocidade recorde, os cientistas promoveram choques para simular o que teria sido os instantes que se seguiram ao Big Bang. Quatro aparelhos foram estabelecidos para detectar as imagens desses choques, com até 40 milhões de fotos. A meta era a de tentar identificar a origem do universo, uma das campanhas mais ambiciosas da ciência.

Apesar de confirmar a teoria de Higgs e de revelar dezenas de outras novas informações sobre a origem da matéria, o projeto frustrou alguns cientistas por não trazer outras novidades para o mundo da ciência.

A opção em 2012, portanto, foi a de usar uma pausa já planejada, suspender os trabalhos e desligar o acelerador. A pausa seria usada para manutenção e para incrementar ainda mais a potência do que já era o maior experimento da física.

Agora, as colisões de prótons vão ocorrer em uma energia de 13 trilhões de eletrovolts, algo jamais visto na ciência. A data ainda não está fixada, mas seria entre o fim deste mês e abril.

O Estado visitou a sede do Cern, em Genebra, apenas para constatar a impaciência dos cientistas para voltar a trabalhar na análise dos choques. Para muitos, uma nova física pode surgir a partir dessas próximas semanas e durante os três anos em que o acelerador vai funcionar na velocidade projetada.

"No fundo, ninguém sabe o que esperar. Apenas sabemos que será um momento histórico", declarou o diretor do Cern, Rolf Heuer. "O mais incrível é que estamos abrindo uma nova fronteira e que ninguém sabe dizer onde vai dar."

Uma das esperanças é de que as descobertas ajudem a montar um quebra-cabeça que muitos consideram sem uma solução: a revelação da natureza da matéria negra.

Cálculos baseados em interações gravitacionais entre galáxias sugerem que há cinco vezes mais matéria negra no universo que matéria comum, o que forma parte das coisas que podem ser vistas. O problema é que essa matéria negra até hoje não foi detectada diretamente nem ninguém conseguiu identificar suas características.

Ao repetir o momento posterior ao Big Bang, a meta é justamente a de criar condições para que se possa identificar essa matéria negra. Para conseguir isso, as partículas vão percorrer os túneis do acelerador a uma velocidade superior à da luz. Ao colidirem, elas vão criar uma energia recorde.

Cautela

Frédérick Bordry, responsável no Cern pelo acelerador, deixou claro que o mundo não deve esperar resultados no curto prazo. "Não vamos nos arriscar", disse. "Este ano será usado para preparar a máquina e a meta é de que ela esteja em plena produção de resultados em 2016 e 2017."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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