Tópicos | Adarico Negromonte

As advogadas de Adarico Negromento Filho, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, solicitaram nesta sexta-feira (28) um pedido de soltura ao juiz Sérgio Moro, responsável pelo processo da Operação Lava Jato na Justiça Federal. Adarico é apontado pelas investigações como o responsável por levar o dinheiro da propina para os representantes dos partidos e agentes públicos.  Ele está preso desde a última segunda (22).

O Ministério Público pediu que a prisão de Adarico fosse convertida em preventiva para que ele não saia da prisão nesta sexta (28), quando encerra o prazo da prisão temporária, mas as advogadas alegam que ele já colaborou e não oferece risco as investigações. 

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 “Reitera-se a Vossa Excelência que o enclausuramento imposto cautelarmente ao requerente já cumpriu sua finalidade. Desse modo, sua prorrogação não se mostra imprescindível para o prosseguimento das investigações criminais”, alegam as advogadas Joyce Roysen, Karin Toscano e Denise Nunes.

Elas argumentam que Negromonte tem quase 70 anos, é réu primário, tem residência fixa e “ocupação lícita”, mas não esclareceram quais são as atividades dele. Na petição, as advogadas apontam que, nos dias em que ficou à disposição da Polícia Federal, Adarico não foi convocado para fornecer nenhum depoimento adicional e propôs que ele fique a disposição da justiça podendo ser convocado , inclusive, por telefone  O juiz Sérgio Moro ainda não se posicionou sobre o pedido.

Apontado nos autos da Operação Lava Jato como "carregador de malas de dinheiro" do doleiro Alberto Youssef no esquema de lavagem e pagamento de propinas, Adarico Negromonte, irmão do ex-ministro Mário Negromonte (Cidades), deve se apresentar nesta segunda-feira, 24, à Polícia Federal em Curitiba, base da investigação. Adarico é o único dado por "foragido da Justiça" da relação de 25 nomes sob suspeita que tiveram prisão decretada no dia 10 - todos os outros, até os principais executivos das maiores empreiteiras do País, já haviam sido presos ou se apresentaram.

"Nem sabemos qual é a acusação contra o sr. Adarico, mas decidimos apresentá-lo voluntariamente", declarou a advogada Joyce Roysen, que defende o irmão do ex-ministro e comunicou a medida à PF.

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Joyce destacou que soube pela imprensa da existência da ordem de prisão temporária contra Adarico. Na semana passada, ela pediu revogação do decreto judicial. "Como não houve manifestação do Ministério Público Federal, nem decisão da Justiça sobre o nosso pedido, achamos melhor apresentar (o irmão do ex-ministro)."

A PF atribui a Adarico Negromonte o papel de ‘mula’ da organização criminosa de Youssef, alvo principal da Lava Jato. Segundo a PF, o doleiro usava o irmão do ex-ministro, um agente da própria corporação e um condenado por crimes financeiros, para fazer o transporte dos valores em espécie dentro de malas, maletas e no próprio corpo para agilizar a lavagem de dinheiro e manter um "eficiente sistema de delivery do caixa 2".

A advogada Joyce Roysen repudia o termo "foragido da Justiça" para Adarico. "Não é condizente, pois em momento algum foi realizada diligência na residência dele, na cidade de Registro (SP)." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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