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Dois já candidatos ao cargo de vereador estão entre os foragidos da Operação Igarapé, que combate o furto de água na Adutora do Prata, responsável por abastecer Caruaru e região. A operação conseguiu deter 10 pessoas.

Os foragidos são Jozias Artur, que já foi candidato a vereador em Caruaru, e João Mascena, candidato a vereador em Agrestina. Segundo a polícia, os advogados dos dois já entraram em contato e disseram que eles vão se apresentar. “Josias já foi investigado em 1998 e não foi condenado, mas a investigação também pairava sobre desvio de água da Compesa [Companhia Pernambucana de Saneamento], o que demonstra que esse tipo de crime vem acontecendo há alguns anos na localidade”, avalia o delegado responsável pelas investigações, Luiz Bernardo.

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Foram presos na operação Wilson Veloso de Melo, por furto e posse ilegal de munição; os motoristas de carro-pipa Jeovane João da Silva, Sandro Marcelo dos Santos e José Antônio da Silva Filho; os agricultores João Almeida da Silva, Antônio Manoel da Silva, Amaro José, Adalberto Macena de Lima, Jobson Santana Gil Gomes dos Santos; e o aposentado Carlos Alberto Leite Mascena. 

A Polícia Civil diz que pelo menos 18 pontos de desvio de água foram identificados no percurso da Adutora do Prata. Segundo Marconi de Azevedo, diretor regional do Interior da Compesa, a companhia vai entrar na Justiça para conseguir ser ressarcida pelo dano. “A gente vai tentar colocar pessoas nossas fiscalizando com motos, em parceria com a polícia”, ele disse, explicando como a companhia vai evitar novos furtos. Ainda de acordo com Marconi, já foi possível sentir uma melhora no abastecimento de água para a região. 

Suspeitos de estarem furtando água da Adutora do Prata, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, são alvos da Operação Igarapé, deflagrada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (5). O grupo estaria comercializando a água e, consequentemente, desabastecendo grande parte da população da região.

A polícia cumpre três mandados de prisão temporária e 18 de busca e apreensão domiciliar. A água, mostrou a investigação, era levada em caminhões-pipa e vendida a preços exorbitantes por causa do período de estiagem que vive o Agreste. 

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A situação foi descoberta em janeiro deste ano pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Na data, a companhia percebeu a redução de uma vazão de 50 litros por segundo no Sistema do Prata. “Fomos investigar as causas e encontramos o vazamento. Para a nossa surpresa, o vazamento foi ocasionado pelo desacoplamento da ligação irregular que estava conectada a adutora”, disse, à época, a gerente de Unidade de Negócios da Compesa em Caruaru, Andréa Porto.

Por causa do desvio, faltou água em bairros da Zona Oeste de Caruaru além dos bairros de Santa Rosa e parte de Vassoural. Ao todo, 115 mil pessoas foram prejudicadas.

Para a Operação Igarapé, a Polícia Civil disponibilizou 110 profissionais, entre delegados, agentes e escrivães, além de quatro equipes de perícia do Instituto de Criminalística (IC). Os presos e material apreendido estão sendo encaminhados à 14ª Delegacia Seccional Caruaru. 

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