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Durante o trajeto entre Miami e Buenos Aires 15 pessoas ficaram feridas após uma forte turbulência em um voo da Aerolineas Argentinas, nessa quinta-feira (18). A situação aconteceu quando a aeronave cruzava a região da Amazônia, com 192 passageiros a bordo. Oito pessoas chegaram a ser atendidas com cortes e contusões, sem gravidade.

Pessoas que estavam na aeronave no momento do incidente publicaram fotos de como ficou a parte interna do avião após a turbulência; o compartimento das bagagens se abriu e alguns objetos foram jogados ao chão.

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Segundo publicação do G1, após o susto, o voo prosseguiu normalmente e o avião pousou no aeroporto de Ezeiza, na capital argentina. No local, passageiros e tripulação receberam atendimentos e avaliações médicas.

Ao site, a Aerolineas explicou que essas turbulências ocorrem quando duas massas de ar de diferentes temperaturas ou velocidades colidem e, assim, produzem movimentos bruscos e intensos na aeronave, nada que comprometa necessariamente a segurança do voo.

O presidente da Aerolíneas Argentinas, Mariano Recalde, reconheceu que pediu à presidente Cristina Kirchner para suprimir itinerários da LAN para beneficiar as operações da estatal. Um vídeo divulgado pela imprensa argentina, nesta terça-feira, 27, mostra Recalde em discurso para um grupo kirchnerista, em que atribuiu adjetivos ofensivos a alguns políticos da oposição e relatou os pedidos feitos à presidente para melhorar as margens de lucro da Aerolíneas Argentinas.

No discurso, Recalde afirmou que a presidente não considerou adequado tirar voos da LAN. "Lhe pareceu muito", disse. O vídeo veio à tona às vésperas do fim do prazo imposto pelo governo à LAN para que desocupe um hangar no aeroporto metropolitano Jorge Newberry, mais conhecido como Aeroparque. No último dia 19, o Organismo Regulador do Sistema Nacional de Aeroportos (Orsna) entregou à LAN uma notificação para deixar o hangar em 10 dias úteis, pelo qual a companhia tem um contrato de uso que expira apenas em 2023.

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Sem o hangar, a empresa alega que não poderá operar voos domésticos. A LAN possui 14 voos no país e, desde dezembro de 2012, sofre boicotes de organismos estatais. No vídeo, gravado em dia 5 de abril de 2010, Recalde relatou que a Aerolíneas Argentinas enfrenta dificuldades pela concorrência da LAN e de empresas brasileiras. Recalde também criticou o governo chileno de Sebastián Piñera.

"Levaram a direita à Presidência do Chile. Estamos competindo com a direita pinochista (referência ao ex-ditador Augusto Pinochet) instalada na Argentina; com empresas brasileiras; com interesses nacionais que querem mudar o modelo do país", reclamou Recalde. O executivo mencionou a compra de 20 aviões da Embraer para renovar a frota da estatal, com um "preço de mercado, ou mais barato, e o que é melhor, com financiamento do Brasil com taxa de juros de 7,3% anuais a 15 anos de prazo, um empréstimo esplêndido, inaudito", qualificou.

Também nesta terça-feira, o presidente do Orsna, Gustavo Lipovich, afirmou que, se a LAN não desocupar o hangar até quinta, 29, o organismo vai recorrer à Justiça. Na segunda, 26, a LAN apresentou uma medida de amparo legal para tentar reverter a decisão oficial. Lipovich argumentou que há uma cláusula no contrato entre a LAN e a Aeropuertos Argentina 2000, operadora dos aeroportos no país, que prevê o despejo em caso de necessidade do Estado.

A Aerolíneas Argentinas começa a operar a partir desta quinta-feira, 01, voos diários direto entre Buenos Aires e Brasília. Os trechos serão feitos pela Austral, subsidiária da Aerolíneas Argentinas, que usará aviões Boeing 737/700, com capacidade para 128 passageiros e o Embraer 190, com capacidade para 88 pessoas. Recentemente a empresa também lançou voos diretos para Belo Horizonte e Curitiba, que se somaram aos já existentes para São Paulo, Rio, Porto Alegre e Florianópolis (em alta temporada).

A estatal argentina inaugura suas novas rotas em meio a um polêmico processo de retirada de um hangar de sua principal competidora no país, LAN Argentina, no aeroporto Metropolitano Jorge Newberry (Aeroparque). O governo deu prazo até hoje para a companhia desocupar o hangar. Caso contrário, dará início ao processo administrativo-legal contra a empresa, segundo explicou o presidente da Associação de Pilotos de Linhas Aéreas da Argentina (Apla), Pablo Biró.

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"Estivemos reunidos com o governo para manifestar preocupação sobre a perda de 3 mil postos de trabalho se a LAN deixar de operar no país", disse Biró. Segundo ele, o vice-ministro Axel Kicillof desmentiu intenção oficial para que LAN deixe o país ou reduza suas operações. "Nos disseram que a decisão de tomar o hangar se deve à necessidade de realizar obras de modificações no projeto do aeroparque", detalhou o sindicalista.

Recentemente, a companhia sofreu também boicotes por parte da Intercargo, estatal que realiza os serviços de handling na Argentina, e foi obrigada a cancelar uma série de voos durante o mês de maio.

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