Tópicos | Alessandro Barcelos

Alessandro Barcellos não escondeu que a virada diante do Fluminense foi "muito dolorida." O presidente do Internacional, contudo, defendeu o time, descartou definir a queda na semifinal da Libertadores como fracasso, mas pediu para o grupo mostrar reação já no clássico com o Grêmio, domingo, também no Beira-Rio.

"Por mais dolorido que as coisas estejam, a consistência do trabalho nos dá possibilidade de sonhar cada vez mais alto. Chegar à final era algo muito sonhado por nós, mas agora é olhar para frente. E não acho que seja fracasso, pois mostramos que era possível ganhar, mas não ganhamos", afirmou o presidente, exaltando as duas boas apresentações do time, apesar de os resultados positivos não verem - empate no Rio por 2 a 2 e derrota por 2 a 1 em Porto Alegre.

##RECOMENDA##

Depois de deixar o Brasileirão de lado e focar no mata-mata da Libertadores, a equipe gaúcha agora só tem o Nacional pela frente e sob risco de queda, pois soma 29 pontos, três a mais que o Vasco, primeiro na zona de rebaixamento.

Ciente que não há tempo para lamentações, o dirigente pede e mostra confiança em recuperação já diante do rival Grêmio, domingo, também no Beira-Rio. "Qualquer coisa ligada a eleição neste momento, não é pauta pra nós. Nossa pauta é mobilizar esse grupo, no qual alguns saíram chorando daqui, mobilizar nossa torcida e buscar o resultado já no domingo", disse. "Não terminou o ano, temos 13 rodadas e vamos disputar elas, são 13 finais que temos pela frente."

Após o clássico, o Inter tem cinco confrontos diretos com equipes que lutam contra a queda e chance de reagir e até sonhar com a parte de cima da tabela. Serão compromissos contra Bahia (18º), Santos (15º), Vasco (17º), Coritiba (lanterna) e América-MG (19º).

"Nós temos 13 rodadas pela frente e um clássico no domingo. Nesta quinta já precisamos reagir a isso, estamos vivendo esse luto, mas não temos tempo para que ele permaneça. Os mesmos que saíram chorando hoje (quarta-feira), no domingo vão entrar com garra e lutando pelo resultado", acredita Barcellos.

O presidente aproveitou para elogiar as apresentações nas semifinais, apesar da queda. "Tivemos bons desempenhos, mas infelizmente não tivemos bons resultados. Faltou pouco para atingirmos um grande objetivo. Mas estar entre os quatro melhores da América não é pouco", disse.

Um dia após as lamentáveis cenas de briga entre jogadores e a invasão do gramado por alguns torcedores para agredirem atletas do Caxias - eliminou o Internacional nos pênaltis - o presidente Alessandro Barcellos revelou, de Assunção, onde está para o sorteio da Libertadores, que sua família vem recebendo ameaças de morte pela queda do time no estadual. O dirigente fez Boletim de Ocorrências contra as ameaças. Ele aproveitou para revelar que o colorado que está com a filha no colo e chutou por trás um rival foi suspenso preventivamente do s jogos e do quadro de sócios do clube.

Barcellos foi responsabilizado por muitos torcedores pelo vexame do inter em mais um estadual. Mas nada justifica as ameaças de morte. Fechado com o técnico Mano Menezes, ele espera reerguer o time, vice-campeão brasileiro, mas adiantou que tomará todas as atitudes para quem "não estiver" com o Inter.

##RECOMENDA##

"Do ponto de vista pessoal, minha família tem sofrido ameaças de morte desde ontem à noite", revelou, em entrevistas à ESPN. "Já encaminhei isso tudo para a polícia", seguiu, dizendo que estão vindo por ligações. "Descobrem os telefones das pessoas, não é nem em rede social. Isso não cabe mais hoje, em um mundo muito mais civilizado, com ações como essa de barbárie", disse.

Barcellos pediu um pouco de paz no futebol, afirmando que nem nenhum clube consegue somente vitórias. "Cabe aos dirigentes, aos jogadores, darem exemplo. A imprensa nos ajudar nisso, trazendo esse tema, para que não levem isso ao extremo porque o jogo é dentro das quatro linhas. Futebol é uma paixão, mas ela não pode transpor isso", pediu. "A gente precisa olhar para isso (ameaça) com outro olhar."

O dirigente poupou criticar abertamente jogadores do Inter envolvidos na confusão. Apenas alegou que o clube não admite, apesar de não falar nem em punições para os briguentos.

"As imagens que ficam são ruins, totalmente reprovadas do que aconteceu em termos de violência. Inadmissível que sujeitos ainda, por mais que sejam torcedores, que se digam torcedores, de quaisquer clubes do Brasil ou do mundo, protagonizem atitudes como aquela", disparou. "A gente também condena briga entre jogadores e provocações, o futebol há muito tempo reproduz isso, volta e meia em alguns eventos, e a gente precisa dar exemplo. Óbvio que o Internacional não aprova."

Na súmula do jogo, o árbitro Rafael Klein relatou invasão de torcedores do Internacional e disse que o lateral Dudu Mandai, do Caxias, foi agredido não apenas pelo colocado com a criança no colo, mas também por um segurança com o colete 112. Por causa da briga generalizada, o árbitro informou as expulsões de Carlos De Pena, Matheus Dias, John, Emerson Júnior, Baralhas, Rodrigo Moledo e Alan Patrick, do Inter, além de Marciel, Wesley e Guedes do Caxias.

TORCEDOR SUSPENSO

Barcellos revelou a suspensão preventiva do torcedor invasor que estava com uma criança no colo. "Nós já identificamos o torcedor. Todas as suas identificações foram encaminhadas para a Delegacia da Criança e do Adolescente, a quem cabe avaliar isso. Ele era sócio do clube, já está suspenso por tempo indeterminado o seu acesso ao Beira-Rio ou a qualquer dependência do clube, e vamos trabalhar que este fato seja punido de forma exemplar, para que não aconteça com uma criança de colo, que torna ainda mais chocante a imagem."

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando