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O Embaixador Britânico no Brasil, Alex Ellis, esteve no Recife na manhã desta sexta-feira (26). O representante do Reino Unido visitou as instalações da Fiocruz Pernambuco, que, em novembro de 2015, ficou com a primeira colocação no edital do Fundo Newton, iniciativa do governo britânico para promover desenvolvimento social e econômico, por uma pesquisa sobre a zika.

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Ellis se reuniu com o diretor do Centro de Pesquisas da Fiocruz e com o pesquisador vencedor do edital. O embaixador confirmou a presença da Grã-Bretanha nas Olimpíadas do Rio, mas não negou que a população mundial está preocupada. “As pessoas de fora estão com muita precaução. Temos mais ou menos cinco meses até as Olimpíadas, por isso precisamos acelerar em pesquisa e conhecimento de nível cientifico, para que decisões não sejam tomadas baseadas em especulação”, disse Ellis. 

O projeto de pesquisa da Fiocruz ganhará R$ 2 milhões para ser utilizado em um período de três anos, com dinheiro vindo do Medical Research Council (MRC UK), do Reino Unido, e da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe). O estudo pode desenvolver potenciais vacinas e remédios. Com ele será possível, também, esclarecer se o vírus infecta células do sistema nervoso, causando danos neurológicos como a Síndrome de Guillain-Barré – a relação também é estudada por especialistas do Hospital da Restauração (HR). “Acho que meu país pode e deve ajudar o Brasil. Zika e microcefalia são problemas globais”, afirmou Alex Ellis.

Para o diretor do Centro de Pesquisas, Sinval Brandão Filho, o financiamento chega em boa hora devido à falta de incentivo à pesquisa no país. “É um aporte importante, porque possibilita o início dos estudos que tínhamos planejado desde o ano passado e ainda há grande escassez de recursos que apoiem estudos para esclarecer o vírus Zika”, comenta. Segundo Brandão Filho, o projeto também possibilita a formação de redes de pesquisa – alguns estudiosos já estão submetendo trabalhos para editais nos Estados Unidos e na Inglaterra.

O pesquisador Rafael França, vencedor do edital, destaca que a Fiocruz também necessita de pessoal. “Estamos recrutando pessoas, profissionais com doutorado, que queiram fazer a pós, ou estudantes de doutorado. Pessoas de formação de ciências biológicas, em geral”, conclui França. 

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