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Após quatro dias desaparecido em alto mar, o pescador Fabrício Euclides Margarida, de 35 anos, conseguiu pedir ajuda quando o sinal de celular retornou repentinamente. Ele e um amigo voltavam para São Paulo em um barco recém-comprado em Santa Catarina.

A esposa, Maria Aparecida Almeida Margarida, de 40 anos, mora com ele no Guarujá, e conta que o marido voltava em um barco adquirido no outro estado. “Ele foi até o Sul, na verdade, com a intenção de comprar outro barco, mas não deu certo, porque o rapaz já tinha fechado o negócio. Ele ficou mais uns dias lá para tentar encontrar outro. Foi quando conseguiu esse”, relatou ao G1.

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Ela explica que ele saiu da Praia da Armação, em Florianópolis, às 5h do domingo (16), e chegou a enviar mensagem às 9h55 apontando que estava na Ilha de São Francisco. “Eu só vi a mensagem às 10h25, foi quando retornei e ele falou que o mar estava bom, que ia seguir direto para cá. Alguns amigos também conseguiram falar com ele, e 12h02 foi a última visualização no celular”, lembra a esposa.

Depois disso não houve mais contato com Fabrício e a Capitania dos Portos foi acionada. Pescadores da região se mobilizaram e ajudaram nas buscas. Por volta das 15h40 dessa quinta (20), ele conseguiu fazer contato com Maria, disse que a embarcação sofreu uma pane, mas estava bem. Entretanto, frisou que precisava ser socorrido o quanto antes.

 “Ele ligou no meu celular e falou 'amor, vem me resgatar, eu estou no Guaraú. O barco quebrou, vem logo porque está batendo muito nas pedras'. Aí, caiu a ligação, ele não conseguiu mais ligar, tinha pouco sinal. Não sei o que ele fez, qual foi o milagre, mas graças a Deus ele conseguiu”, conta.

A companheira retornou a ligação e conseguiu falar com ele novamente. Fabrício chorava e aparentava estar nervoso. Mesmo com a neblina, o grupo de pescadores conseguiu achá-lo próximo à Peruíbe. “Acredito que ele tenha ficado à deriva. Foi um milagre. Mesmo com algumas notícias desencontradas, tinha certeza que ele estava vivo e que ele ia chegar aqui, ia mandar um sinal”, completa a esposa.

“O direito de ir e vir existe, mas não se sobrepõe ao direto à vida. É dever do Estado garantir a segurança dos cidadãos e todos precisam levar em consideração o bom senso”. O comentário é da presidente do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), Rosângela Lessa, sobre o decreto de lei que permite infração a banhistas em áreas de risco de ataque de tubarão. 

A lei, de 1999, foi atualizada no último dia 28 de julho e agora as pessoas estão proibidas da prática de surfe, bodyboard, natação e mergulho em locais com alta possibilidade de ataque. Caso os banhistas se recusem a atender às recomendações do Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar pode ser acionada e a pessoa encaminhada a alguma delegacia para prestar depoimento. 

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Segundo Rosângela Lessa, o banho de mar é permitido em toda a costa da Região Metropolitana do Recife (RMR); a proibição se refere a alguns pontos onde a água é mais profunda e o risco, eminente. “Os bombeiros agora poderão, mais enfaticamente, retirar os banhistas do local. A lei já está em vigor e o objetivo é evitar os prejuízos que um incidente com tubarões acarreta ao Estado e às pessoas”, disse a presidente do Cemit. 

Para o major Cristiano Viega, do Grupamento de Bombeiros Marítimos, a mudança é apenas em relação aos termos, já que anteriormente não havia a especificidade da proibição de “natação e mergulho”. De acordo com o subcomandante, apenas em casos extremos é que haverá a necessidade de levar o banhista à delegacia. “Apenas nas ocasiões em que houver xingamentos ao guarda-vida, agressão, porque sabemos que é comum pessoas sob efeito de álcool irem para estas áreas proibidas, só nestes casos é que a Polícia Militar será acionada e a pessoa encaminhada à delegacia”, garantiu.

De acordo com o major, de segunda a sexta-feira, 60 profissionais fazem o monitoramento da orla, de Olinda a Jaboatão dos Guararapes, em 15 postos e com três embarcações (tipo jet-ski). Nos fins de semana, mais dez guarda-vidas são destinados às praias. Em média, Cristiano Veiga garantiu que, por mês, 3 mil abordagens a banhistas em áreas de risco são realizadas pela equipe do Corpo de Bombeiros. 

“Além de colocar em risco a própria vida, o banhista que está em local indevido também é um risco ao guarda-vida que se expõe ao perigo para retirá-lo de lá. Orientamos as pessoas a tomarem banho em locais rasos ou protegidos por arrecifes”, informou Viega. O Corpo de Bombeiros diz que os guarda-vidas, ao avistarem um banhista em área indevida, fazem sinais sonoros e visuais para a pessoa sair do local. Em caso contrário, cabe ao profissional ir até a água e retirar o banhista para um lugar seguro. 

SERGIPE - Um barco de pesca com seis pessoas chegou a virar em alto mar, por volta das 8h30 desta quinta-feira (18), na praia da Coroa do Meio, em Aracaju. Todos os tripulantes foram resgatados por outro barco que estava próximo ao local.

Segundo informações da Marinha, o acidente pode ter sido causado por uma grande onda que provocou a emborcação do barco. Considerada de médio porte, o barco estava com a capacidade máxima permitida de tripulantes, de acordo com o proprietário, Cícero José da Silva.

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A equipe de mergulhadores e grupamento marítimo do Corpo de Bombeiros estavam no local e puderam fazer a sinalização do acidente e colocaram os botes infláveis para o barco não afundar.

De acordo com o representante da Capitania dos Portos de Sergipe, capitão tenente Araújo, os tripulantes estavam com os equipamentos de segurança e foram resgatados sem nenhum ferimento. Um inquérito será aberto para apurar o acontecimento e possivelmente em 30 dias sairá os dados oficiais do motivo do acidente.   

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