Tópicos | Amor

A filósofa e antropóloga Josefina Pimenta Lobato percorre o imaginário amoroso de diversos povos no livro Antropologia do amor – do Oriente ao Ocidente, encontrando semelhanças e diferenças da expressão do sentimento mais antigo do ser humano, o amor.

A autora mergulhou em diversas tradições que construíram e deram sentido a essa experiência, de poemas dos antigos trovadores medievais até as narrativas do Oriente Médio e Índia.

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Nos quatro capítulos da obra, Pimenta Lobato mostra que, mesmo que o amor seja universal, a percepção desse sentimento e sua expressão acontece de forma peculiar em cada sociedade. Trabalhando com conceitos como selvageria, domesticação e disciplinamento do amor, a filósofa e antropóloga utiliza como fontes de investigação desta construção histórias como as de Tristão e Isolda e a paixão sagrada de Krishna e Radha.

O prefácio é da também antropóloga Rita Laura Segato e a edição é da Autêntica Editora.

Não restam dúvidas que o amor é a principal fonte de inspiração para a literatura. Apaixonamentos, desilusões, amor à distância, amor à primeira vista: tudo isso já foi temática desta fonte que nunca seca. Por mais que haja autores mais sórdidos e secos, hora ou outra flagram-se com citações que remetem ao amor – ainda que desdenhosamente.

É intrínseco ao ser humano, tão corriqueiro quanto à respiração. E mesmo por ser comum, está longe de ser banal. Os amantes criam mais, escrevem mais, mergulham na arte como forma de se aproximar ou até mesmo esquecer-se deste ou daquele amor.

Nesta terça-feira, em celebração ao dia de São Valentim, no qual o sublime - e muitas vezes conflitante - sentimento paira em vários países do mundo, selecionamos alguns pocket livros que tratam do amor em suas mais diversas facetas. Livros de bolso são práticos e presenteáveis. Além disso, o baixo custo possibilita a aquisição de mais de um título. São recomendáveis para ler junto ao ser amado e, até mesmo, para o tempo em que a solidão acomete a vida dos solteiros que sonham em encontrar sua alma gêmea (ou não). 

1. DO AMOR (De L’amour), de Stendhal, 1822 Tradução de Herculano Villas-Boas

“Basta um mínimo grau de esperança para provocar o nascimento do amor. A esperança pode faltar ao final de dois ou três dias, mas o amor não deixou de nascer”

Do sentimento inicial de empatia, passando pelo platonismo até atingir o “não posso viver sem ela”. Stendhal explora o amor livre e contundentemente. Chega até a usar a expressão “cristalização do amor” para designar a paralisação que os amantes sentem em não conseguir racionalizar ou agir durante o estado avassalador da paixão. No início do livro o autor faz um apanhado sobre os diversos tipos de amor (paixão, gosto, físico, vaidade).

Do amor e das diversas fases dessa doença - assim que o autor chamou o livro, certo dia. De fato, talvez seja uma doença já que alguns reclamam de "dor de amor" e em outros momentos usa-se a expressão “curar um amor com outro amor”. Para além do romance, a obra retrata questionamentos e afirmações vanguardistas para à época (1820, quando escreveu o livro): O relacionamento feminino com sexo, religião e moral são temáticas quase tão complexas quanto o sentimento homônimo à obra.

2. DEZ QUASE AMORES, de Claudia Tajes, 2000

"Amores que viraram histórias. Histórias que viraram amores. Ou quase."  

Com essa citação, a autora descreve o quem vem a ser o livro. Uma série de dez contos, construídas de uma maneira singular, onde a comédia é mesclada com o romance. Por ser constituído de diversas situações, onde a protagonista Maria Ana se envolve em dez (pseudo)relacionamentos, não é de se estranhar que as leitoras – ou quem sabem, até mesmo leitores – se identifiquem e se enxerguem no cotidiano da mulher que aos trancos e barrancos, entre encontros e desencontros busca, acha e perde amores e parte próximo tombo (ou paraíso).

3. SONETOS PARA AMAR O AMOR, de Luís Vaz de Camões

Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer

Os célebres versos retratam a sensibilidade do escritor português que se consagrou como um dos maiores poetas da história. Em “Sonetos para amar o amor” uma compilação de cerca de 50 poesias, entre famosas e desconhecidas – ambas de qualidade ímpar – retratam o amor com todo seu lirismo e poeticidade, sobretudo no que diz respeito ao espírito namoradeiro do autor dos Lusíadas. A seleção de sonetos de Camões foi feita pelo escritor Sergio Faraco para a L&M pocket.

4. SNOOPY 2 – FELIZ DIA DOS NAMORADOS!, de Charles M. Shulz - Tradução de Cássia Zanon

Um livro para quem vive o primeiro, segundo ou septuagésimo amor. O menino Charlie Brown, dono do cãozinho Snoopy, divide as tirinhas com Lucy, Linus, Sally, Schroeder, Patty Pimentinha, Marcie e o passarinho Woodstock, também personagens da turma. O sutil livro transcende o sentimento do amor. É mais um gesto de carinho e de cuidado para todas as idades. As tiras são de Charles M. Shulz. 

5. CRÔNICA DE UM AMOR LOUCO, de Charles BukowskiTradução de Milton Persson

"E passava a vida a dançar, a namorar e beijar. Mas, salvo raras exceções, na hora agá sempre encontrava forma de sumir e deixar todo mundo na mão."

Não se esperaria um livro romântico de Bukowski. Mas há quem em pleno Valentin’s Day não dê a mínima para a data comemorada fora do Brasil. Crônica de um amor louco faz parte da obra Ereções, ejaculações e exibicionismos, traz o sublime amor no título e na capa, mas entre as páginas o leitor encontra a sórdida saga do velho Buk, que em 30 contos com explícitos títulos como "Dez punhetas" e "Doze macacos alados não conseguem trepar sossegados" , vive suas experiências boêmicas que não deixam de ser apaixonantes para quem ama a noite e tudo que ela oferece.

Todos os Livros podem ser encontrados no site da L&M Pocket.

Por Olivia de Souza

Dando continuidade à programação do 18º Janeiro de Grandes Espetáculos, nove apresentações, gratuitas e pagas, serão realizadas em diversos pontos do Recife durante o fim de semana. Nesta sexta-feira (13), a Cia. Teatro Líquido, de Porto Alegre (RS), realizará a segunda apresentação de seu “9 mentiras sobre a verdade”, às 19h, no Teatro Marco Camarotti (Sesc Santo Amaro). Com excelente recepção por parte do público em seu primeiro dia de apresentação, e com duração de 1h, a peça é um monólogo de Vanise Carreiro, sob direção de Gilson Chagas. Os ingressos custam R$ 10 (preço único).

A partir das 21h, o Teatro Hermilo Borba Filho sediará apresentação única dos grupos pernambucanos Peleja e Dante Cia. de Teatro, com “Cordões e Sob a Pele”. Já no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, os cariocas do Brainstorming Entretenimento levarão o “Tango, Bolero e Cha Cha Cha”, também às 21h. O grupo realizará mais duas apresentações, uma no domingo (15), no mesmo horário, e a outra no sábado, a partir das 21h30. Os ingressos custam R$ 10 a R$ 20.

No sábado acontecem duas apresentações. “Urubu Cor de Rosa”, com realização do Grupe Scenas, de Olinda, acontece no Teatro Marco Camarotti, a partir das 16h. “Amor, Acide et Noix”, produzido pelo grupo canadense Daniel Léveillé Danse, começa às 21h, no Teatro de Santa Isabel. O grupo se apresenta de novo no domingo (15), às 19h. No mesmo dia, “Nem Sempre Lila”, do Grupo Quadro de Cena, de Olinda, realiza apresentação única no Teatro Marco Camarotti, às 16h.

PRAÇA DO ARSENAL – A partir desta sexta-feira (13), a Praça do Arsenal, localizada no Bairro do Recife, dará início às suas apresentações, todas gratuitas. Considerado um dos maiores intérpretes do Rei do Baião, o cantor Ed Carlos apresenta o seu show “100 Anos de Gonzagão”, às 20h. No sábado (14) acontece o “Projeto Alegres Bandos – Encontro de Blocos”, uma verdadeira homenagem aos blocos líricos carnavalescos. A partir das 20h a trupe do Veio Mangaba, interpretado pelo ator Walmir Chagas, entra em cena com o espetáculo “No Tablado do Veio Mangaba”, dirigido por ele em parceria com Romildo Moreira.

No domingo (15), a partir das 16h30, a Cia. Brincantes de Circo dá as caras com “Quatro”, um espetáculo de circo, teatro, dança, música e ginástica rítmica desportiva, que aborda os quatro ciclos comemorativos de Pernambuco: carnavalesco, junino, afro e natalino.

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