Tópicos | Antioxidantes

O Dia Nacional do Café, no Brasil, é comemorado todos os anos em 24 de maio, data importante para lembrar que o consumo do tradicional cafezinho e dos suplementos de cafeína deve ser visto com algumas ressalvas. Os efeitos da bebida para a saúde podem ser muito positivos, mas é necessário limite, pois seu uso excessivo gera efeitos colaterais prejudiciais. 

“Além de ser saboroso e rico em antioxidantes, vitaminas e minerais, o café melhora a concentração, a atenção, memória, aprendizado e o humor, devido ao efeito estimulante", ressalta a nutricionista Karen Dantas.

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Ela informa mais razões para ter na sua mesa essa bebida popular. “Estudos apontam que o café é um grande aliado na luta contra algumas enfermidades, como a diabetes tipo 2, Parkinson, Alzheimer e na redução de doenças crônicas. Algumas das propriedades do café incluem, além da presença de cafeína, antioxidantes, como o ácido clorogênico e nutrientes como magnésio e vitamina B3.”, salientou. 

A nutricionista destaca também que a bebida aumenta a energia, auxiliando, inclusive, na prática de esportes. “Melhora o desempenho físico e a disposição, além de poder ser apreciado em diversas ocasiões, como reuniões com amigos ou no trabalho, trazendo prazer e satisfação”, enfatiza a especialista, que também é professora do curso de Nutrição da UniFTC Juazeiro. 

Quantidade segura da cafeína

Karen completa dizendo que não existe problema tomar café todos os dias, mas é necessário, em alguns casos, limitar o consumo.

“O excesso, como para todos os alimentos, é prejudicial. Mulheres grávidas ou que amamentam, crianças e pessoas sensíveis à cafeína devem beber em equilíbrio. O café não é a única fonte de cafeína. Outras bebidas e alimentos também podem contribuir para o consumo diário”. 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) preconiza que os suplementos de cafeína devem ser utilizados com cautela e sempre com acompanhamento de um profissional de saúde, pois o uso excessivo pode causar efeitos adversos à saúde.

De acordo com a Anvisa,o limite de uso seguro recomendado de cafeína varia de pessoa para pessoa, mas a maioria dos adultos pode consumir até 400 miligramas por dia, o que equivale a cerca de 4 xícaras de café, a depender do modo de preparo. 

As crianças (a partir de 2 anos) e adolescentes, 100 mg de cafeína (1 xícara), gestantes e lactantes, 200 mg ( 2 xícaras) e sensíveis ao composto químico, de 100 a 200 mg. 

Por outro lado, abusar do café pode causar problemas para a saúde. “A ingestão superior geralmente causa efeitos colaterais como ansiedade, irritabilidade, insônia, e aumento da frequência cardíaca. Para saber se o café está fazendo mal, observe se a bebida está causando dores de cabeça, desconforto gastrointestinal e aumento da pressão arterial”, explicou a professora da faculdade em Juazeiro, Karen Dantas.       

Curiosidades 

O café é a segunda bebida mais consumida no mundo, depois da água. O Brasil é o maior produtor mundial, além disso, o produto é uma importante fonte de emprego e renda em muitos países, e existe uma ampla variedade de métodos de preparo e tipos de grãos de café.

*Da assessoria 

Supostamente criados para melhorar a saúde das células e retardar o envelhecimento, os antioxidantes poderiam ter um efeito negativo sobre o melanoma, o tipo mais mortal de câncer de pele, facilitando a propagação das metástases - é o que diz um estudo publicado nesta quarta-feira pela revista britânica Nature.

As metástases são células cancerosas que permitem a um câncer inicial propagar-se para outras partes do corpo.

Uma equipe de pesquisadores do Instituto de Pesquisa sobre as Crianças, com sede em Dallas (Estados Unidos), transplantou células humanas de melanoma sobre camundongos transgênicos e descobriu que o câncer se desenvolvia mais rápido entre aquelas que receberam injeções de antioxidantes do que entre aquelas que não haviam recebido.

"Nossos resultados sugerem que os antioxidantes favorecem a progressão da doença, ao menos no caso no melanoma, estimulando as metástases", concluem os autores no final do estudo.

Esta não é a primeira vez que uma relação entre antioxidantes e desenvolvimento do câncer é colocada em evidência pela equipe. Em 2014, pesquisadores suecos mostraram que o consumo de suplementos alimentares antioxidantes, mais especificamente a vitamina E, acelerava o desenvolvimento de lesões pré-cancerosas ou cânceres precoces do pulmão nos camundongos e nas células humanas em laboratório.

Estudos mais antigos constatavam um efeito similar de antioxidantes sobre os cânceres de mama e de próstata. Os antioxidantes, que podem ser encontrados na alimentação (vitaminas A, C e E) mas também sob forma de suplementos alimentares, permitindo neutralizar os radicais livres das moléculas (ou stress oxidativo) responsáveis pelo envelhecimento dos tecidos.

Os pesquisadores pensaram durante muito tempo que as substâncias antioxidantes poderiam ajudar na prevenção do câncer, mas diversos testes clínicos "tiveram que ser interrompidos porque os pacientes que recebiam antioxidantes morriam mais rapidamente do que os outros", explicou Sean Morrison, principal autor do estudo.

A explicação seria, segundo ele, que as células cancerosas "aproveitariam mais os antioxidantes do que as células normais".

Até o momento, contudo, o risco de propagação das metástases não foi comprovado nos seres humanos, apenas nos camundongos que receberam injeções diárias de um precursor da glutationa (protetor celular do stress oxidativo).

Este stress oxidativo, considerado nefasto em pessoas saudáveis, poderia - ao contrário - ser bastante benéfico numa pessoa afetada pelo melanoma, explicam os pesquisadores.

Eles explicam ainda que os resultados poderiam abrir o caminho para tratamentos de pró-oxidantes que permitam evitar a propagação de metástases.

"Uma das abordagens possíveis seria mirar o caminho que as células do melanoma usam para sobreviver ao stress oxidativo", ressaltou Morrison.

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