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Em um longo e agressivo discurso no plenário do Senado Federal, nesta segunda-feira (5), o senador Humberto Costa (PT) detonou o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM). Usando diversos adjetivos pejorativos, Humberto falou que o auxiliar ministerial de Michel Temer tem uma “cabeça retrógrada, obscura e antiquada” e que era completamente despreparado e desqualificado para o cargo que ocupa. 

O senador acusou o ministro de querer intervir após a Universidade de Brasília (UnB) decidir oferecer a cadeira “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”. “Sua atitude de intervir na universidade Brasília e perseguir professores pela elaboração de uma disciplina sobre o golpe de 2016 foi tão bizarra, tão repulsiva que provocou exatamente o efeito inverso. A disciplina tem hoje lista de espera e já foi adotada por quase 20 outras universidades federais”, disse. 

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Humberto também falou que Mendonça Filho era um “inquisidor” da liberdade de docência, da expressão dos professores brasileiros e do aprendizado nacional. “Talvez por vergonha da sua própria participação no golpe contra Dilma ou por sugestão de algum conselheiro desavisado como o pseudoautor Alexandre Frota, Mendonça quis impedir a formação de uma consciência histórica nacional sobre a derrubada da presidenta eleita. Deu um tiro no pé”.

“Não basta ter um governo em que os generais voltam a dirigir quase tudo do Ministério da Defesa à presidência da Fundação Nacional do Índio. Sem qualquer preconceito contra os militares, não basta uma intervenção militar no Rio de Janeiro para promover um espetáculo de pirotecnia sem qualquer resultado prático contra a criminalidade, é preciso também ter um protótipo de ditador no Ministério da Educação, um pequeno tirano”, continuou a criticar. 

O petista falou que o ministro está respondendo, na Comissão de Ética da Presidência da República, pela “truculência e perseguição” contra a autonomia universitária. “É esse o papel a que se presta o senhor Mendonça Filho, supostamente ministro da Educação autodeclarado interventor das universidades públicas. A intimidade de Mendonçinha com a educação é a mesma intimidade que seu chefe Michel Temer tem com a probidade: nenhuma”.

“É um destruidor de programas sociais, um verdadeiro mãos de tesoura, que agregou ao seu currículo a fama de perseguidor implacável contra aqueles que o desagradam”, salientou Humberto ao avisar que vai apresentar um requerimento de convocação para que o ministro venha ao Senado explicar as razões pela suposta “perseguição”. 

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