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Atualmente, a maneira de assistir televisão é completamente diferente de anos atrás. A chegada da internet, redes sociais e serviços de streaming mudou a relação do público com o conteúdo televisivo, que, sempre antenado com as tendências do momento, também se viu mudado diante de um contexto de policiamento maior, ‘textão’ e da sociedade ‘politicamente correta’.

Mal sabe essa nova geração, que a TV aberta já foi palco para cenas inacreditáveis, envolvendo os elementos mais distintos em um mesmo palco e em horários nada controlados. O ápice da liberdade na televisão se deu na década de 1990, quando dos programas infantis aos vespertinos dominicais, o público poderia se deparar com nudez, apelo sexual e morte em pleno horário nobre. Relembre alguns ‘clássicos’.

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Sabadão Sertanejo - 1991

O programa musical comandado por Gugu Liberato promovia apresentações dos artistas de destaque da época. Mas, além da música, a atração contava com a performance de meninas trajadas apenas de biquíni e camiseta, embaixo de um chuveiro. Para ficar mais ‘divertido’, por assim dizer, em alguns programas os convidados até dividiam o espaço com elas. Para aliviar a sensualidade da noite, o programa exibia mensagens espiritualizadas de Chico Xavier entre um bloco e outro.

Aqui Agora - 1994

O jornalístico que eternizou a figura do repórter Gil Gomes trazia para a tela do SBT os casos mais esdrúxulos e violentos da época. Geralmente exibido no comecinho da noite, o programa narrava os casos com detalhes e chegou a mostrar imagens de um suicídio. A emissora foi condenada a pagar uma indenização para a família da jovem que teve sua morte exibida na TV.

Programas infantis

As crianças da década de 1990 cresceram vendo todas as bizarrices imagináveis nos programas destinados a ela. Começando pelos figurinos das apresentadoras, geralmente sainhas e shorts curtos e decotes bem generosos; passando pela publicidade da época que estimulava até a avareza e inveja (como no caso da propaganda do eu tenho, você não tem’); e chegando às atrações impagáveis como a banda Cascavalletes, que apresentou no programa da Angélica a canção ‘Eu quis te comer’, sem falar em todos os sucessos do Axé omo ‘O Pinto’, ‘Boquinha da Garrafa’ e os clássicos do É o Tchan.

Programa H  - 1996

Apresentado por Luciano Huck, o Programa H não parecia ter nada demais até a escalação de Suzana Alves com sua personagem Tiazinha. Ela aparecia no palco apenas de lingerie, mascarada, dançando sensualmente e depilando os participantes da plateia. Após a Tiazinha, surgiu a Feiticeira, interpretada por Joana Prado. A atração era exibida nas tardes de sábado, porém, como o clima começou a passar, foi transferido para o horário da noite.

Fantasia - 1997

O vespertino contava com um elenco de jovens modelos, de figurino curtinho e com barrigas à mostra, às vezes de biquíni, que deveriam entreter o público com jogos interativos, além de ficarem dançando o tempo todo e, também cantando. Teve a participação de Carla Perez e Jackeline Petkovic, na época com apenas 17 anos.

Cocktail -1991

Outro game show que promovia os jogos mais inusitados, conduzidos por modelos que sempre encontravam um motivo para mostrarem os seios. As meninas eram chamadas de Garotas Tim-Tim e cada uma tinha o nome de uma fruta. Elas eram embaladas por um cômico jingle com apenas duas palavras na letra, “tutti frutti”, e dançavam e rebolavam. O programa era apresentado por Carlos Miele, que confessou em algumas entrevistas que aquele projeto foi um mau passo em sua carreira. Ele também disse que seu desejo era fazer uma “Playboy televisiva”, uma atração sensual e elegante, mas a execução dos planos acabou deixando um pouco a desejar. Esse, pelo menos, era exibida nas madrugadas da sexa para o sábado.

Domingo Legal - 1993

O Domingo Legal é a prova de que a TV dos anos 1990 desconhecia totalmente o significado da palavra ‘limites’. Esse, por si só, poderia representar toda a loucura televisionada naquela década. Em plena tarde de domingo, Gugu Liberato conduzia os quadros mais malucos e saidinhos como a clássica Banheira do Gugu - em que convidados tinham que procurar sabonetes entre a espuma com Luiza Ambiel de biquíni -; a Prova da Lama - na qual os artistas deviam retirar a lama do corpo de modelos com uma mangueira e a ajuda das mãos, claro -; o Teste do Batimento Cardíaco - em que era preciso manter o coração sossegado durante uma dança sensual -; a Prova da Bexiga - em que as pessoas estouravam balões sentando uns nos outros -; e a Camiseta Molhada - no qual mulheres com camiseta branca e sem sutiã eram ‘alvejadas’ por água, quem molhasse mais saia vencedor.

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