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A Secretaria Estadual de Saúde divulgou, nesta terça-feira (5), mais um boletim da microcefalia e arboviroses com os números da última semana. De acordo com os números, o que surpreende negativamente é o aumento da quantidade de óbitos por Chikungunya.

O último boletim emitido pela Secretaria, no último dia 29 de março, informava que a quantidade de mortes pela doença causada pelo mosquito Aedes aegypti teve um aumento de mais seis vítimas. Nesta semana, foram somadas nove óbitos. Além disso, foram notificados 15.332 casos, com 340 confirmações, em 164 municípios. 

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Quanto à microcefalia, houve um acréscimo de 17 casos em relação à semana anterior, com 754 casos prováveis, 303 confirmados e 490 descartados. Dentre esse número, estão 18 casos de detecção intraútero através de exames de imagem. Esses casos foram registrados em 48 municípios do estado. A SES ainda confirma que 129 das confirmações estão relacionadas ao Zika Vírus, de acordo com critério laboratorial – sorologia IgM.

De acordo com o protocolo das gestantes, o registro divulgado no boletim informa que 3.690 grávidas apresentaram exantemas – manchas no corpo -, no entanto, a Secretaria esclarece que a presença dessa característica não é indicativo de que o bebê nascerá com a microcefalia. 

Zika e Dengue

Ao todo já foram notificados 7.900 casos de Zika Vírus em Pernambuco, sendo, dentre esse número, 16 confirmações em 12 regiões de saúde.  Já os casos de Dengue somam 50.030 notificações, 7.232 confirmações e um óbito, mesmo número apresentado no boletim da última semana. 

Índice de infestação predial

De acordo com a SES, há 74 municípios em situação de alerta, 91 em risco de surto, 14 em situação satisfatória e cinco cidades não informaram o seu panorama. 

O Recife lançou nesta quarta-feira (23) o Protocolo de Manejo da Dor na Chikungunya. O documento visa melhorar a condição do médico e do enfermeiro a identificar os melhores medicamentos, recomendações e estratégias de acordo com o período da doença e a gravidade da dor. Pernambuco registrou as primeiras mortes por chikungunya na capital neste ano. 

A necessidade do protocolo específico pretende combater a automedicação e possíveis prescrições precipitadas que ocorriam nas unidades básicas de saúde. “A doença não é necessariamente nova, mas para nossos profissionais de saúde é de recente conhecimento”, explica o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia. A aplicação de corticoides e antiinflamatórios, para atenuar os sintomas da doença, dependendo da fase, podem causar irritação gástrica, sangramentos e levar o paciente a morte. "O que serviu para seu vizinho não necessariamente servirá para você", destaca o secretário.

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Um questionário deverá ser aplicado ao paciente. Nele, há uma escala de dor que varia de 0 a 10, da dor leve para a dor intensa. Dentro dessas escalas ainda há a subdivisão de fases da doença, sendo elas aguda, subaguda e crônica. Cada nível significa uma orientação terapêutica específica. 

Segundo a Secretaria de Saúde, o protocolo de manejo foi elaborado por um grupo de especialistas a partir do que vem sendo discutido pelo Ministério da Saúde e pela Organização Panamericana de Saúde. A pasta fez a aquisição de analgésicos mais potentes para serem usados com prescrição pelos profissionais. Houve um investimento de cerca de R$ 1 milhão. 

Além disso, técnicas como acupuntura deverão ser consideradas pelos médicos no tratamento da doença. “Quando nada adianta, a acupuntura pode ser mais uma medida no controle dos sintomas”, comenta a gerente geral do Plano Emergencial de Enfrentamento ao Mosquito, Zelma Pessôa. 

Dados – O último boletim de arboviroses registra a notificação de 2.632 casos de chikungunya, com a confirmação de 385. Há um aumento de 42% de registros de arboviroses, incluído dengue e zika, em relação ao mesmo período em 2015.

Capacitação – Simultaneamente ao lançamento do protocolo, a Secretaria de Saúde do Recife realizou o treinamento de 400 profissionais da Rede de Saúde Municipal, ou seja, médicos e enfermeiros que atuam na Atenção Básica e fisioterapeutas do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), para qualificar o atendimento dos pacientes com a doença. “Além de normatizar a conduta dos médicos, estamos focando também no acolhimento e apoio psicossocial a esses pacientes, que ficam muito deprimidos por não poderem seguir com a rotina natural”, conclui Zelma Pessôa. 

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