Tópicos | arrecifes artificiais

Afundar aeronaves e embarcações no mar para amenizar os ataques de tubarão. À primeira vista estranha, a medida está no planejamento do parque dos naufrágios da Área de Proteção Ambiental (APA), projeto de R$ 30 milhões que visa reduzir o número de incidentes com tubarões na costa pernambucana. De acordo com a assessoria da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, os procedimentos detalhados devem ser divulgados em fevereiro de 2014, após reunião do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema). 

Para criação dos viveiros ou arrecifes artificiais, o governo pretende colocar um avião e mais cinco embarcações como forma de recomposição biológica na região marítima. A ideia é transformar o local num espaço de alimentação para os tubarões, além de contribuir para o potencial turístico de um dos principais pontos de naufrágios do país. “Pernambuco tem o título de capital dos naufrágios e isso atrai muitos turistas interessados em mergulho”, afirmou o biólogo e professor da Universidade de Pernambuco, Múcio Banja.

##RECOMENDA##

Na opinião do especialista que já foi consultor de alguns naufrágios programados em Pernambuco, o uso de recifes artificiais tem tido muitas experiências positivas no mundo. “Se a gente conseguir repor recursos pesqueiros, que são alimentos para os tubarões, poderemos desviar a atenção deles para as áreas de recifes artificiais. Agora é preciso seguir uma série de estudos prévios para a implantação”, garantiu o pesquisador. 

Banja diz que são necessários estudos biológicos, geológicos e, principalmente, de oceanografia física, além de mergulhos prévios para inventariar o local de instalação. Uma Instrução Normativa (IN 125) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA) orienta a aplicação de alternativas deste tipo. Caso não seja feita com base em estudos confiáveis, a criação de viveiros artificiais pode ter o sentido inverso e prejudicar o meio ambiente. 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando