Tópicos | arte de circo

Um encanto da infância virou profissão e passou a "despertar crianças adormecidas" pela cidade. Foi assistindo a uma pequena mágica feita por um conhecido em Olinda que Paulo Henrique Chagas se apaixonou pelo ‘mundo da mágica’. Com apenas seis anos, o menino começou a se interessar pelos truques e integrou a arte circense ao seu dia-a-dia.  

Interessado em aprender, constantemente, Paulo cresceu e se apegou às cartilhas, aos livros que conseguia, além de vídeos publicados na internet. Com o aprendizado, ele começou a levar sua arte para os grupos de amigos e à família. Depois de chamar atenção dos parentes e colegas próximos, ele começou a ganhar os bares e os sinais na Região Metropolitana do Recife.

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Entre as Zonas Sul e Norte da capital pernambucana, Paulo ficou conhecido como Paul Magic e, atualmente, ganha a vida nos semáforos do Recife. “Eu sempre vivi a mágica! Lembro muito bem, como se fosse hoje, do primeiro truque que vi. Eu estava com minha mãe em uma padaria e um homem fez uma mágica simples. E foi a partir daí que decidi o que queria fazer: encantar crianças”, disse o artista.

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Para o mágico, que é formado em publicidade e tem 22 anos, o prazer do seu trabalho está em conseguir ‘arrancar’ sorrisos das crianças e os olhares atentos e encantados dos pequenos. “Eu quero passar para eles o mesmo encantamento que tive quando era pequeno. É muito lindo ver a atenção e o gesto de surpresa deles”, contou.

Mas, para conseguir esse feito, o Paul Magic começou a trabalhar nas ruas para conquistar o público. “No início, eu atuava em bares, mas percebi que eu poderia conseguir o que eu sonhava trabalhando nas ruas, especificamente nos sinais. A partir dos truques feitos nos semáforos, eu comecei a divulgar meu trabalho e desde então surgiram novas oportunidades”, relatou o mágico.

De acordo com o mágico de rua, em uma hora de atuação nos sinais, ele consegue apurar de R$ 30 a R$ 50, e que, além de conseguir um bom dinheiro, ele compartilha seu trabalho. “Eu ganho bem nas ruas, normalmente, fico das 7h da manhã até as 11h. Se for colocar na posta do lápis, se eu trabalhar todos os dias, em lugares diferentes, eu apuro quase R$ 4 mil por mês, fora os eventos que estou fazendo, a partir dessa divulgação”, revelou.

A dedicação não para por aí. Segundo o mágico, esses anos foram de conquistas, mas de muitas dificuldades. Além dos carros e do trânsito, ele sentiu também a invisibilidade e o desprezo de várias pessoas que foram superados com muita garra e ‘jogo de cintura’, que ele relata a seguir:

 

Quando o reconhecimento vem por meio de gestos

Diariamente com o sol no rosto e alegria contagiante, Paul Magic não se deixa abater, mesmo passando despercebido por muitos motoristas que trafegam pelas ruas. Mesmo muitos deles ignorando a sua arte e leveza de alegrar as esquinas, ele consegue conquistar elogios que dão força para seguir em frente. Eduardo Alencar é uma das pessoas que reconhece o trabalho do artista. “Ele é muito bom! Os seus truques são diferentes e chamam muita atenção”, disse.

Quem também falou do trabalho de Magic foi João Armando. “Encontrar Paul, na encruzilhada da Rua do Espinheiro, foi um presente! Ele traz, através da sua arte, a verdade escondida no dia-a-dia corrido das ruas e calçadas. Ele consegue tocar os orações por meio de solidariedade e amor. Além disso, ele acorda a criança adormecida, em cada um de nós, que não deve morrer jamais", pontuou João. "As pessoas não devem julgar ninguém, nem tão pouco ser indiferente só porque elas estão na rua. Magic tem um espetáculo incrível e leva a leveza e alegria de despertar a criança que está dentro de nós", concluiu.  

O mágico Paulo Henrique atua nos semáforos do Recife e também realizada festas infantis e eventos instituicionais. Para conhecer um pouco do trabalho de Magic, os interessados podem acessar a página oficial do Facebook ou entrar em contato com o artista através do número (81) 9.9929-3053. 

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