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Comida grátis e temperaturas amenas. É isso que atrai uma legião de aves migratórias a São Paulo, fugindo do frio rigoroso do sul do continente, entre maio e setembro. "Julho é o auge", comenta a bióloga Regiane Paiva, do setor de Aves do Zoológico de São Paulo.

"Um exemplo: as aves do extremo sul da Argentina, nesta época de neve na Terra do Fogo, não encontram sua alimentação por lá. Por isso migram", explica o ornitólogo paulistano Johan Dalgas Frisch, presidente da Associação de Preservação da Vida Selvagem e autor do livro Aves Brasileiras.

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Todos os anos, o parque recebe mais de 3 mil aves hóspedes, principalmente irerês e marrecas-caneleiras. "Percebemos um pequeno aumento nas marrecas asas-de-seda também, mas ainda não foi realizada uma contagem deste grupo para verificar quais são as migrantes e quais são as residentes", diz Regiane.

Esses hóspedes de inverno, que vêm curtir o friozinho na cidade grande, encontram ali, na região do lago do parque, o que mais falta em seu ambiente natural nesta época do ano: alimentação abundante. São vermes, moluscos, plantas aquáticas e, um oferecimento especial do zoológico, ração à base de milho. Nesses meses os tratadores deixam às aves 400 quilos diários de ração, quase três vezes mais do que no restante do ano.

São uma atração a mais para quem escolhe passear pelo Zoo nesta época do ano. "É possível observá-las vocalizando, descansando, voando... Sempre ao redor do lago", comenta a bióloga Regiane. "A maior parte se concentra aqui no Zoo porque a oferta de alimentos é abundante. Mas também podem ser vistas, nesta época, em outros parques da cidade."

Outras áreas verdes da cidade também abrigam aves viajantes. Um bom exemplo são os parques municipais e estaduais, refúgios perfeitos para essa bicharada. "E não só irerês e marrecas-caneleiras. Há também os passeriformes", acrescenta Regiane. "O que acontece é que, por serem menores, são mais difíceis de serem vistos."

É o caso de papa-moscas-joão-pires, tesoura-do-brejo e verão - calcula-se que São Paulo receba, todos os anos, 50 exemplares deste último. O macho, com sua bela penugem avermelhada no peito e na cabeça é mais fácil de ser identificado. Pode ser avistado às margens da Represa de Guarapiranga e nos Parques do Ibirapuera e da Aclimação. "Aqui encontram insetos para a alimentação", afirma Frisch. "Passam alguns dias em São Paulo e seguem viagem até a Amazônia. Em setembro, retornam à Argentina e ao Uruguai, onde fazem seus ninhos."

Imponência espetacular

Frisch conta ainda que neste ano aconteceu um fenômeno atípico. Como choveu nos meses de abril, maio e junho, o tero real - parente do quero-quero - que normalmente migra da Argentina para a região do pantanal mato-grossense acabou aparecendo no interior paulista. "Mais precisamente na região de Rio Claro e Piracicaba, em pequenos brejos ao lado dos canaviais. Trata-se de fato raríssimo", comenta o ornitólogo. "Eu consegui fotografar esse tero real, que tem um comportamento muito interessante, pois seus movimentos lembram os de cavalos de alta linhagem. É de uma imponência espetacular."

A ave se alimenta predominantemente de insetos. É preta e branco, como o quero-quero. "Lembra uma pessoa que se veste com rigor", diz Frisch. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A Polícia Civil apreendeu hoje nove pássaros silvestres da espécie "coleira", que se encontravam engaiolados e em estado de maus tratos no município de Araranguá, litoral catarinense.

O morador da residência onde foram encontradas as aves, um homem de 44 anos, não estava no local no momento do flagrante. Das nove aves, apenas duas estavam com anilha. Ele responderá por crime ambiental. Os pássaros foram encaminhados à Polícia Militar Ambiental.

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Cerca de duas mil aves silvestres foram apreendidas, na manhã deste domingo (28), na Feira de Pássaros do bairro do Cordeiro, na Zona Oeste da Capital.  Com os acusados a polícia também encontrou R$ 1.466 da venda das aves. A operação foi realizada pelo Gati da  Companhia de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma) da Polícia Militar.

De acordo com a polícia, a feira foi montada na rua Gregório Júnior e os pássaros estavam escondidos em uma casa. Foram autuados em flagrante por crime ambiental Roberto José dos Santos, de 41 anos, José Roberto da Silva, 49, e Fábio Nascimento de Souza,31.

Segundo a polícia, os animais estavam sofrendo maus tratos e acomodados de maneira inadequada, sendo em sua maioria de espécimes como canários da terra, papa capim, galo de campina, concriz, sanhaçu, patativas, pintor-verdadeiro, cravina, bigode e jandaias. 

Eles foram conduzidos à sede da Polícia Federal no Recife, onde foi feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência. Todos os pássaros deverão ser entregues ao Ibama.

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