Tópicos | Bando de Teatro Olodum

Coerente com sua pretensão de ser uma "vitrine" do teatro nacional, o Festival de Curitiba costuma refletir, em sua programação, nossas acentuadas diferenças regionais. Tradicionalmente, o que se vê por aqui é uma preponderância de espetáculos do Sul e Sudeste, com uma ou outra abertura para criações "fora do eixo".

Nesta edição, porém, parece algo distinto o panorama. Na grade oficial, são três os representantes do Nordeste. Já no Fringe - programação paralela do festival - uma seleta de sete espetáculos da Bahia movimenta a cidade.

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A curadoria da mostra baiana é de Wagner Moura. A intenção da iniciativa? Expandir as fronteiras do teatro que se faz no Estado e garantir sua visibilidade. "Não adianta investirmos apenas na produção e não escoarmos essas criações", justifica Maria Marighella, coordenadora de Teatro da Funceb - Fundação Cultural da Bahia.

A partir das criações disponíveis hoje no Estado, o ator selecionou não apenas as que julgava mais significativas. Buscou reunir representantes de diferentes vertentes da produção atual: uma amostra da diversidade de estéticas e linguagens.

Companhia consagrada, a Bando de Teatro Olodum apresenta Áfricas, sua primeira criação infanto-juvenil. "É uma tentativa de traduzir para um outro público toda a sua pesquisa sobre uma estética afro-baiana, sobre a ancestralidade brasileira", define Maria Marighella. Já de Alagoinhas, cidade do Recôncavo Baiano, vem Sire Obá, que também trata da tradição do candomblé, celebra os orixás. "Mas tenta fazer isso de uma maneira diferente do Bando de Olodum", considera Maria. "Inserindo quebras para uma linguagem mais contemporânea."

As questões da "baianidade" são um eixo da produção cultural do Estado. Mas não o único. A mostra contempla representantes do teatro físico - caso de Seu Bonfim, título apoiado no trabalho corporal do intérprete e diretor Fabio Vidal. Há ainda criações focadas essencialmente no texto, como Sargento Getúlio - adaptação da obra de João Ubaldo Ribeiro. E experimentos que tendem ao gênero fantástico, como Luz Negra. Além da mostra de espetáculos, a Bahia também aproveitou o contexto do festival para lançar um kit de difusão do seu teatro. O livro traz informações em português, inglês e espanhol sobre 28 montagens. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

SALVADOR - Morreu na madrugada desta terça-feira (12), a baiana Auristela Sá, integrante do Bando de Teatro Olodum.  A atriz estava internada no Hospital Jorge Valente onde se tratava contra um câncer de pulmão. 

Auristela participou de filmes como Ó Paí, ó (Monique Gardenberg, 2007) e Jardim das Folhas (Pola Ribeiro, 2011), além do espetáculo Cabaré de RRRRAça (Márcio Meirelles, 2012). O sepultamento foi realizado, às 17h, em Alagoinhas (BA).

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SALVADOR - Morreu na madrugada desta terça-feira (12), a atriz baiana Auristela Sá, integrante do Bando de Teatro Olodum, no Hospital Jorge Valente onde se tratava contra um câncer de pulmão.  Auristela participou de filmes como Ó Paí, ó (Monique Gardenberg, 2007) e Jardim das Folhas (Pola Ribeiro, 2011), além do espetáculo Cabaré de RRRRAça (Márcio Meirelles, 2012). O sepultamento será realizado hoje (12), às 17h, em Alagoinhas (BA).

 

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O Bando de Teatro Olodum foi impedido de entrar na Comunidade Remanescente Quilombola Rio dos Macacos no útlimo domingo (8). A Marinha do Brasil bloqueia a entrada de grupos na área no qual está o Quilombo desde 2010, quando o processo foi agravado. Além do Bando Teatro Olodum, grupos de estudantes e movimentos sociais já foram impedidos de entrar no local, o acesso só é liberado para poucas pessoas, segundo os critérios da Marinha.

O Bando de Teatro Olodum contou com a intervenção de Marcio Meirelles, ex-secretário de cultura do estado da Bahia, que tentou negociar a entrada do grupo na comunidade, mas não conseguiu. O comandante da Base Naval de Aratu, Marcos Costa, informou ao ex-secretário que não houve um aviso formal do grupo teatral para entrar e produzir um evento no local. "Eles sabem que é um ato de apoio à comunidade por questões históricas, culturais e até políticas. Tem gente aqui que nunca foi ao teatro, nunca viu o teatro. E o termo teatro significa isso 'onde se vê'", defendeu Meirelles.

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A representante da Associação de Quilombolas, Rosimeire dos Santos, declarou à imprensa local que a Marinha tirou o direito de uma pessoa normal. “A comunidade vive como uma verdadeira senzala. Impediram hoje, como em todas as outras vezes. Infelizmente, esse é o governo que a gente tem”, afirmou Rosimeire.

Para a Marinha do Brasil, o território pertence à União Federal e está sob administração da entidade. Os Quilombolas, há mais de 100 anos no lugar, estariam morando irregularmente naquela região. Meirelles irá conversar novamente com a Marinha nesta terça-feira (10), apresentando os termos formais necessários. A apresentação do espetáculo Candaces, a reconstrução do Fogo terá que esperar.

Sobre a peça - Candaces, a reconstrução do Fogo é dirigida por Marcio Meirelles e conta a história das mulheres negras dos nossos dias e de suas semelhanças com as guerreiras africanas do passado. O espetáculo estreou em 2003 com duas temporadas no Rio de Janeiro, confira o vídeo de divulgação.

*Por Diogo de Oliveira

Uma das maiores Cias de teatro da Bahia, o Bando de Teatro Olodum, apresenta gratuitamente o espetáculo "Áfricas", sucesso de bilheteria ao longo de 5 anos. A apresentação será nesta terça-feira, 20, na Senzala do Barro Preto, sede do Bloco Ilê Aiyê, no tradicional bairro da Liberdade.

A peça aborda o universo mágico e lúdico das lendas e contos africanos, que ultrapassaram séculos e continuam vivos no imaginário e nos registros da riqueza cultural dos povos africanos.

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A diretora e fundadora do Bando, Chica Carelli, diz que a intenção do grupo é proporcionar um encantamento com a África, sua história e cultura e despertar a curiosidade de todos em conhecer mais sobre este imenso continente tão importante para o Brasil e para Bahia.

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