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Os professores da rede municipal de Bannach, localizado na região Sul do Pará, realizaram um ato simbólico em defesa do piso salarial, do cumprimento do plano de cargos, carreiras e remuneração (PCCR) e por mais segurança nas escolas. Segundo o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) no município, Geraldo Alves da Silva, há dois anos. o piso do magistério não é corrigido pela administração municipal.

O ato público se iniciou em frente à sede da Câmara Municipal. Depois seguiu pela escola Maria Isabel e se encerrou em frente à sede da Prefeitura de Bannach, no centro do município. O secretário municipal de Educação, Anderson Nazário, disse que a prefeita Lucineia Alves da Silva (MDB) vai receber os professores no próximo dia 25 para buscar um acordo.

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O ato, segundo Geraldo Alves, serviu de alerta, considerando que o atraso do piso do magistério estipulado pelo Governo Federal já dura dois anos. Atualmente, o piso salarial do magistério brasileiro é R$ 4.420,00. “Em Bannach os últimos reajustes de 33,19% e 14,99%, referentes aos exercícios de 2022 e 2023, respectivamente, não foram repassados, permanecendo os salários congelados dos professores e nós queremos uma resposta da prefeitura sobre a causa desses atrasos”, disse o professor Geraldo Alves.

O ato dos professores teve adesão da classe concursada e dos pais dos alunos. A rede municipal de ensino compreende o ensino fundamental com alunos de 3 a 5 anos matriculados no ensino infantil, indo até o nono ano para os alunos com idade a partir do 7 anos. “Nós avaliamos positivamente o nosso movimento, nosso ato foi simbólico e pedimos a valorização da classe dos professores com implantação total do PCCR, mais segurança nas escolas, sobretudo, nesse momento de ameaças e um ensino de qualidade para todos os alunos”, explicou Geraldo.

Com faixas e cartazes, os professores marcharam pelo centro da cidade. O ato não comprometeu o funcionamento das oito escolas municipais de Bannach. “Alertamos que não se trata de greve. O ato foi simbólico para chamar a atenção sobre o atraso na correção dos valores do piso do magistério e foi importante porque recebemos o apoio da comunidade e dos pais dos alunos”, destacou o coordenador do Sintepp.

Para abrir a negociação com os professores, uma reunião foi agendada para dia 25 deste mês com a prefeita Lucineia Alves. Segundo o secretário municipal de Educação, Anderson Nazário, só durante a reunião é que serão esclarecidos os motivos do atraso na correção do piso salarial dos professores. Ele adiantou que o município não tem sido contemplado com aumento das verbas necessárias para garantir os reajustes.

“Nosso município é o menor do Estado do Pará e nós precisamos entender e estudar a viabilidade econômica para correção de salários, mediante os repasses federais da educação que são atrelados ao quantitativo de alunos, mas estamos buscando uma solução”, disse ele.

Por Selma Amaral, especialmente para o LeiaJá.

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