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Os moradores das favelas brasileiras movimentam R$ 68,6 bilhões por ano, segundo uma pesquisa feita pelo instituto Data Favela, com apoio do Data Popular e da Central Única das Favelas (Cufa). O levantamento, realizado em fevereiro, considera que há 12,3 milhões de pessoas vivendo nessas comunidades em todo o País.

Houve evolução na aquisição de bens de consumo, a reboque do aumento real do salário mínimo e do emprego formal, diz o instituto. Atualmente, 67% dos lares já são equipados com televisões de plasma, LED ou LCD. Na pesquisa anterior, realizada em 2013, 46% dos domicílios das comunidades tinham esses aparelhos.

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A pesquisa também mostra elevação na aquisição de máquina de lavar roupas, carros e motocicletas. Hoje, 75% das casas têm máquina de lavar roupas, contra 69% em 2013. Além disso, 24% dos moradores possuem carro, ante uma fatia de 20% em 2013. No caso das motocicletas, a evolução foi menor: 14% dos habitantes em 2015, contra 13% em 2013.

Endividamento

No entanto, a pesquisa aponta que os moradores nas favelas estão mais endividados atualmente do que há dois anos: 35% das pessoas possuem dívidas atualmente, contra uma parcela de 27% de endividados em 2013. Já a fatia de inadimplentes permaneceu estável em relação ao levantamento anterior: 22% mantêm alguma conta atrasada há mais de 30 dias.

O levantamento conduzido pelo Data Favela ouviu dois mil moradores em 63 favelas de dez regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Curitiba, Porto Alegre e Brasília.

O número de residências do País com computador, carro e máquina de lavar cresceu em 2013, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta quinta-feira, 18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já a proporção de habitações com aparelhos de rádio e DVD caiu em relação a 2012.

Quase metade das residências brasileiras (49,5%) tinha microcomputador no ano passado, um aumento de 8,8%. O maior crescimento foi registrado na região Nordeste, de 14%. Dos 32,2 milhões de domicílios que tinham computador no País, 28 milhões (43,7% do total) estavam com acesso à internet. Em 2001, essa fatia era de apenas 8,5%.

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Houve expansão de 4,8% no número de casas e apartamentos em que ao menos um morador possuía carro. O destaque entre as regiões foi novamente o Nordeste, com alta de 9,5%. A proporção de residências com automóvel no País chegou a 43,6%. No caso das máquinas de lavar roupa, o aumento foi de 7,8%. Em 2013, 58,3% dos domicílios tinham esse eletrodoméstico.

A maior aquisição dos chamados bens duráveis é atribuída à elevação contínua do rendimento médio no País, verificada desde 2004. "Se geladeira, TV e fogão estão com porcentuais entre 97% e 99%, o outro bem que a mulher mais quer dentro de casa é a máquina de lavar", diz a gerente da Pnad, Maria Lucia Vieira.

Renato Meirelles, presidente do Data Popular, que realiza desde 2001 estudos sobre mercados emergentes do País, lembra que os tens que apresentaram maior aumento proporcional têm grande impacto no dia-a-dia das famílias. "Com a ida da mulher para o mercado de trabalho, o homem não passou a lavar roupa e a dividir as tarefas domésticas. No caso do computador, temos jovens que são mais escolarizados que seus pais nas classes C e D e precisam do equipamento. A penetração da internet entre os jovens é o dobro. São produtos que facilitam o dia-a-dia."

No caso dos carros, Meirelles avalia que, além do grande incentivo dado pelo governo para a indústria automobilística, as deficiências históricas do transporte público nos grandes centros estimularam a criação de um mercado de carros usados nas classes C e D.

Telefones

A proporção de residências com TV (97,2%) e fogão (98,8%) ficou estável em relação a 2012. Houve queda de 4,4% no número de casas e apartamentos com aparelhos de rádio, que estavam presentes em 75,8% dos lares em 2013. No caso dos aparelhos de DVD, a queda foi de 2,8% - o equipamento chegava a 72,4% dos domicílios. Também caiu a proporção de domicílios somente com telefonia fixa, de 3% para 2,7%.

Já o porcentual de casas e apartamentos que só tinham telefonia móvel celular subiu de 51,4% em 2012 para 53,1% em 2013. A proporção de domicílios em que pelo menos um dos moradores tinha acesso ao serviço de telefonia (móvel e/ou fixo) subiu de 59% em 2001 para 93% em 2013.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) divulgou o Índice de Confiança do Consumidor do Recife (ICC-IPMN), referente às expectativas do consumidor em relação ao mês de Dezembro de 2012. A informação faz parte da Pesquisa Mensal de Expectativa de Consumo (PMEC-IPMN).

O levantamento apresentou elevação pelo quarto mês seguido no relatório de dezembro, este mês o índice atingiu 100,5 pontos, maior valor desde fevereiro de 2011, tal resultado é 5,2 pontos superior ao obtido em dezembro do mesmo ano. O saldo aponta para uma tendência de recuperação da confiança do consumidor, sobretudo a partir de uma percepção mais positiva sobre o desempenho da economia.

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Isso pode ser visto através da intenção de compra de bens duráveis, que este mês é 3,4% superior à observada em dezembro de 2011. Um desempenho menos animador deve ocorrer no setor de bens não duráveis (roupas/calçados) nos quais o percentual de é 13,4% inferior ao analisado no mesmo período do ano passado.

Apesar do ritmo de crescimento da economia mais baixo neste ano, o recifense é um povo otimista em relação aos rumos de suas finanças e da economia da região, pois 60,1% esperam uma melhora na economia pernambucana. Outro fator determinante para a elevação da confiança do consumidor e que geralmente induz maiores níveis de consumo é a satisfação profissional, a maior parte dos entrevistados acredita que seu será melhor até o junho do próximo ano.

A nova classe média já gasta mais com serviços do que com bens de consumo, revela estudo do instituto Data Popular. De cada R$ 100 desembolsados hoje, R$ 65,20 são com serviços e R$ 34,80 com produtos. Há nove anos, as proporções entre gastos com serviços e bens de consumo estavam equilibradas. Eram de 49,5% e 50,5%, respectivamente.

O aumento do gasto com serviços da classe C, que é mais da metade (54%) da população do País, dificulta a tarefa do Banco Central (BC) de trazer a inflação para o centro da meta, de 4,5%. É que os serviços não podem ser importados para conter a alta de preços. Além disso, seus preços são influenciados pelo salário mínimo, que tem reajuste programado de 14% para o ano que vem.

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"É a primeira vez que o gasto com serviços da classe C supera o desembolso com a compra de produtos", afirma Renato Meirelles, sócio diretor do instituto e responsável pelo estudo. Nos extremos da pirâmide social, no entanto, o estudo mostra que o perfil de consumo se manteve. Isto é, a alta renda continua gastando mais com serviços como proporção das despesas totais e a baixa renda, com produtos.

O trabalho considera como classe C as famílias com renda média familiar de R$ 2.295. As projeções do perfil de gastos da classe C para este ano foram feitas com base no cruzamento de dados da Pesquisa de Orçamento Familiar e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo separa as despesas das famílias em bens e serviços num horizonte mais amplo, que inclui não só serviços livres, mas administrados, como energia elétrica, por exemplo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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