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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nomeou nesta quinta-feira Derek Mitchell como o primeiro embaixador dos EUA em Mianmar (antiga Birmânia), em um passo que representa a restauração das relações diplomáticas completas entre os dois países após mais de 20 anos. Obama fez o anúncio após abrandar restrições a investimentos em Mianmar, mas ao manter sanções mais amplas contra ex-integrantes da junta militar que governava o país asiático, informa a Agência France Presse (AFP). Mianmar iniciou a transição para um regime democrático no ano passado.

A nomeação de Mitchell ainda precisa ser ratificada pelo Senado dos EUA. Apesar da nomeação de um embaixador e da retirada de algumas sanções econômicas, os EUA mantiveram parte das sanções ao governo, ao descreverem o processo democrático em Mianmar como "nascente". A retirada de parte dos embargos a Mianmar se deveu à pressão das corporações norte-americanas de petróleo e gás natural, que planejam operar no país asiático. Essas corporações temem ser ultrapassadas por suas congêneres europeias, uma vez que a União Europeia (UE) retirou antes os embargos a Mianmar.

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"Nós retiraremos a proibição a alguns tipos de investimentos nos serviços financeiros e restrições a que empresários façam negócios em Mianmar", disse um funcionário do governo americano sob anonimato. Segundo ele, a Casa Branca deverá aconselhar as empresas dos EUA onde e em quais setores deverão investir em Mianmar.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta sexta-feira que enviará a secretária de Estado, Hillary Clinton, a Mianmar (antiga Birmânia) no próximo mês, na primeira visita de um secretário de Estado americano ao país asiático em mais de 50 anos. Algumas horas após a declaração de Obama, a Liga Nacional pela Democracia, de Mianmar, se registrou como partido político. A Liga Nacional é o partido da ativista Aung San Suu Kyi, prêmio Nobel da Paz e que ficou vários anos presa pela junta militar que governava o país.

"Após anos de escuridão, nós vemos centelhas de progresso", disse Obama a respeito de Mianmar, informou o Wall Street Journal. Ele falou em Bali, na Indonésia, onde nesta semana os governantes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) disseram que Mianmar chefiará o bloco de dez países em 2014. O presidente de Mianmar, Thein Sein, participou da cúpula.

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Obama tomou a decisão de enviar Hillary a Mianmar após falar pelo telefone com a ativista Suu Kyi, a bordo do avião presidencial Air Force One, quando voltava para a Austrália. A ativista reportou ao presidente dos EUA a situação política atual de Mianmar e disse que uma visita da secretária de Estado seria bem-vinda.

As informações são da Dow Jones.

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