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A exposição ao bisfenol A (BPA), substância encontrada no plástico, pode fazer mal à saúde e os níveis toleráveis de exposição deveriam ser divididos em dez, advertiu na sexta-feira (17) a Autoridade Europeia de Segurança Alimmentar (EFSA), destacando que pode afetar, entre outros órgãos, fígado, rins e glândulas mamárias.

"Nossos especialistas identificaram riscos para a saúde associados à exposição de BPA", que é "suscetível de ter efeitos desfavoráveis nos rins e no fígado, assim como efeitos na glândula mamária", anunciou a EFSA em um informe intermediário, prévio a uma decisão final sobre o BPA que planeja publicar em março.

Os "possíveis efeitos do BPA nos sistemas reprodutivo, nervoso, imunológico, metabólico e cardiovascular, assim como no desenvolvimento de câncer (...) poderiam constituir uma preocupação em potencial para a saúde humana", embora "um vínculo entre o BPA e estes outros efeitos sejam considerados improváveis", avaliou a agência.

Os especialistas recomendam, consequentemente, que "a dose diária tolerável para o BPA seja rebaixada, de seu nível atual de 50 µg por kg de peso corporal ao dia para 5 µg por kg". Este nível se estabeleceria "em uma base provisória". A EFSA explicou que "o risco sanitário para todos os grupos da população é baixo, inclusive para o feto, bebês e crianças", vistos os níveis reais de exposição dos consumidores a esta substância química, presentes em muitos recipientes de alimentos.

Segundo Iona Pratt, presidente do grupo científico da EFSA sobre este tema, "a exposição dos consumidores ao BPA é inferior" para esta nova exposição provisória. "Os níveis atuais de exposição também são inferiores" aos níveis que a agência quer reduzir, explicou à AFP o porta-voz da EFSA, Steve Pagani.

Para terminar sua pesquisa, a EFSA fará uma consulta pública pela internet até 13 de março de 2014. A EFSA tinha começado esta atualização das informações sobre o bisfenol A em março de 2012, em meio a uma inquietação crescente dos consumidores e das autoridades nacionais a respeito desta substância. O BPA, também presente nos recibos de caixas eletrônicos, foi proibido na UE em mamadeiras em janeiro de 2011.

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