Tópicos | plástico

Ecossistemas de grande biodiversidade, os recifes de corais de Fernando de Noronha e do arquipélago de São Pedro e São Paulo, dois conjuntos de ilhas oceânicas brasileiras, enfrentam a ameaça de resíduos de plástico e de apetrechos de pesca abandonados. Um estudo publicado em julho deste ano revelou que esses dois ambientes recifais estão entre aqueles com maior quantidade de lixo, ao lado de recifes de Comores (África Ocidental) e Filipinas. 

“A gente mergulhava nesses locais, achando que ia explorar um ambiente completamente desconhecido, mas, na verdade, já tinha evidências de impacto humano nessas regiões, com muito lixo e material de pesca”, revelou o pesquisador Hudson Pinheiro, da Universidade de São Paulo (USP) e da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), mantida pela Fundação Boticário. 

##RECOMENDA##

Segundo o pesquisador, tanto o plástico quanto o material de pesca abandonado são riscos para a vida marinha. No caso do plástico, por exemplo, os animais podem confundi-los com alimentos e sufocarem ou então se intoxicarem com o material. 

No caso dos resíduos de pesca, como linhas, redes e anzóis, mesmo no fundo do oceano, eles continuam aprisionando e matando animais marinhos. “É o que a gente chama de pesca fantasma. Esses equipamentos continuam pescando por um tempo, causando um impacto ali na comunidade. E, quando um espinhel ou uma corda ficam presos num recife, eles puxam e quebram os corais”, explica Pinheiro. 

O pesquisador defende que é preciso repensar o uso do plástico pela sociedade e também a utilização de material biodegradável pelos pescadores, de forma que esses equipamentos, caso sejam abandonados no fundo do mar, não sigam causando impactos na vida selvagem. 

Pesca

Mas não são apenas os resíduos que ameaçam a biodiversidade nos corais. Segundo Pinheiro, a descoberta desse lixo de pesca nesses recifes, afastados da costa, revelam que há grande atividade pesqueira nessas áreas.  

“Tem essa tendência da pesca ir cada vez mais longe para tentar manter o lucro e a rentabilidade que eles tinham. Vai exaurindo os recursos mais próximos [da costa] e eles vão se afastando”, ressalta Pinheiro. “Existe uma característica muito comum de pesca desses ambientes. Quando os pescadores encontram essas áreas [recifais, com grande riqueza de peixes], eles conseguem exaurir todas as espécies comerciais”. 

Hudson Pinheiro cita como exemplo algumas espécies marinhas que eram comuns em Fernando de Noronha e São Pedro e São Paulo, mas que foram levadas quase à extinção pela pesca. 

Em Noronha, por exemplo, nas décadas de 60 e 70, houve excesso de pesca do pargo (Lutjanus purpureus), provocando seu desaparecimento na área. Apenas recentemente, pesquisadores voltaram a encontrar indivíduos da espécie. 

Em São Pedro e São Paulo, os alvos dos pescadores foram os tubarões. “Na década de 70 e início dos 80, existia uma população muito abundante de tubarões locais recifais ali em São Pedro e São Paulo. E esses tubarões não são mais vistos como eram. Parece que agora eles estão se recuperando depois dos últimos 10 anos. Eles proibiram a pesca de tubarões”, disse. 

Segundo Hudson Pinheiro, esses recifes se localizam longe da costa continental brasileira. No caso dos recifes costeiros, que se estendem da Bahia ao Rio Grande do Norte, o impacto desse lixo é, provavelmente, ainda maior. No fim de outubro, a Agência Brasil publicou uma série de reportagens sobre as ameaças aos recifes de corais e a importância desses ecossistemas para as cidades brasileiras e para a preservação da biodiversidade.

Um estudo publicado no Reino Unido destacou, nesta quinta-feira (18), que cientistas identificaram fungos e bactérias comedores de plásticos nos pântanos salgados da China, uma possível nova arma na luta contra os resíduos.

Os pesquisadores identificaram "fungos e bactérias que degradam o plástico nos pântanos costeiros de Jiangsu", no leste da China, afirma um comunicado do Jardim Botânico britânico Kew Gardens.

De acordo com o Kew Gardens, seus cientistas encontraram "um total de 184 espécies de fungos e 55 espécies de bactérias capazes de decompor" diferentes tipos de plásticos.

As amostras foram coletadas pelos profissionais do Kew Gardens em maio de 2021, em Dafeng, no leste da China, um local incluído na lista de Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Um pântano na China. Foto: Pixabay

O material coletado confirmou a presença de uma "plastífera" terrestre – um ecossistema ainda pouco conhecido dos dejetos plásticos na costa.

O Jardim Botânico britânico destacou que "os cientistas estão cada vez mais interessados em micro-organismos, como fungos e bactérias, para enfrentar alguns dos desafios mais urgentes da era moderna, incluindo a crescente onda de poluição por plásticos".

Estudos anteriores já haviam reconhecido o potencial dos micro-organismos para combater a poluição por plásticos.

Até o momento, foram identificadas "436 espécies de fungos e bactérias capazes de decompor o plástico", afirma a instituição.

"Os cientistas do Kew e seus parceiros acreditam que suas últimas descobertas podem levar ao desenvolvimento de enzimas eficazes projetadas para decompor biologicamente os resíduos plásticos", acrescenta.

O estudo é publicado duas semanas antes de negociações em Paris, as quais devem culminar em um tratado internacional juridicamente vinculante contra a poluição por plástico até o final de 2024

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em 2019, foram produzidas 353 milhões de toneladas de resíduos plásticos em todo o mundo. Deste total, 22% acabaram em lixões ilegais, foram queimados a céu aberto, ou descartados na natureza.

E, de acordo com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), a quantidade total de plástico nos oceanos aumentou 50% nos últimos cinco anos, apesar de as políticas nacionais de combate terem aumentado 60%.

Após testar tampas de copos que não precisam de canudos na Filipinas em 2021, a rede de fast food McDonald's começou usar o modelo em cidades dos Estados Unidos.

"Essas tampas ajudam a otimizar nossas embalagens e eliminar o uso de pequenos plásticos, apenas um exemplo das muitas soluções que estamos analisando como parte de nosso compromisso global contínuo de reduzir o desperdício”, disse um porta-voz do McDonald’s em comunicado.

##RECOMENDA##

O modelo de copo é usado há alguns anos pela rede de cafeterias Starbucks.

Como é sabido, os canudos de plástico podem aumentar a poluição dos oceanos e os microplásticos que podem prejudicar a vida marinha.

 

Nas profundezas, no estômago das tartarugas, nas praias: o plástico está em todo Mediterrâneo, o mar mais poluído do mundo. E mesmo que as operações de limpeza se multipliquem, apenas uma redução drástica de resíduos pode parar a catástrofe.

Em Mônaco, uma equipe científica internacional descobriu um verdadeiro lixão subaquático com mais de dois quilômetros de profundidade que inclui sacos, copos, ou um iogurte de uma marca francesa que desapareceu há 20 anos.

Cerca de "95% dos resíduos plásticos na água vão parar nos abismos. Quando encontram esse lixo, os pilotos dos submarinos sabem que chegaram ao fundo", explica à AFP um dos cientistas, François Galgani, especialista em plásticos do Instituto Francês de Pesquisa sobre a Exploração do Mar (Ifremer).

Principal destino turístico do mundo e com em torno de 25% do tráfego marítimo internacional, o Mediterrâneo está sob intensa pressão humana. Entre 5% e 10% do plástico do mundo é encontrado neste mar semifechado, que atinge um nível de saturação, alerta o Fundo Mundial para a Natureza (WWF).

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o plástico causa a morte de um milhão de aves e mais de 100.000 mamíferos marinhos no mundo todos os anos.

"Não temos escolha, temos que fechar a torneira", diz François-Michel Lambert, presidente do Instituto de Economia Circular.

De Tel Aviv a Barcelona, as operações de coleta de lixo são abundantes, transformando-o em cestas, joias, ou outros itens de consumo.

Mas o esforço é insuficiente, segundo Lucie Courtial, da associação monegasca Plastic Med. Além disso, as expedições de barco podem "deslocar o problema", devido às suas altas emissões de carbono.

- De macroplásticos a nanoplásticos -

A coleta nas praias "pode fazer sentido antes que o plástico se disperse no mar", diz a cientista. Ainda assim, estas operações servem, sobretudo, para "alertar o público em geral".

No mar, algumas iniciativas recebem apoio científico, como o navio Ekkopol, empresa francesa que aluga seus serviços para o poder público local.

Em áreas altamente poluídas, este catamarã pode tratar até 1.000 metros cúbicos de água por hora, capturando resíduos e hidrocarbonetos com um filtro.

Na baía de Saint-Florent, na ilha francesa da Córsega, Eric Dupont, seu cofundador, apresenta uma garrafa esmagada, uma amostra de "resíduo altamente degradado que geralmente acaba enterrado, ou incinerado".

Para "cada macroplástico recuperado, há dezenas de milhares de microplásticos a menos", diz ele, enquanto mostra um pedaço de uma espuma expansiva amplamente utilizada na construção civil.

"Ela se degrada em pó e é muito tóxica, principalmente para o fitoplâncton", explica.

"O plástico representa uma ameaça física, biológica e química à fauna e à flora e permanece no meio ambiente por muito tempo, o que o torna mais nocivo e prejudicial do que outros materiais no mar", insiste Lucie Courtial.

O plástico é prejudicial como material onde se fixam outros contaminantes como hidrocarbonetos, mas também por causa de suas próprias substâncias químicas, principalmente quando se degradam em micro ou nanoplásticos menores que um milésimo de milímetro, "pequenos o suficiente para passar pelos tecidos" diz Galgani.

Nesse momento, já "não há como voltar atrás, porque uma vez no ecossistema não podem ser recuperados", alerta.

- "Balsas" -

De acordo com os primeiros estudos, algumas espécies são especialmente vulneráveis: 80% das tartarugas ingerem sacolas plásticas, as gorgônias (uma espécie de coral) são cortadas por linhas de pesca à deriva, ou mictofídeos engolem microplásticos na superfície.

O plástico está tão presente no Mediterrâneo que, em algumas partes, já se integrou ao ecossistema: as espécies de "neuston", um conjunto de organismos invisíveis que vivem na superfície da água, usam-no como espaços flutuantes para se reproduzir.

"Seu impacto é difícil de quantificar. É ingerido pela fauna, mas também favorece a multiplicação de uma fauna microbacteriana", afirma Lucie Courtial.

"Cerca de 24 trilhões de microplásticos flutuam na superfície dos oceanos, de um continente para o outro", descreve François Galgani. E essas "balsas de plástico", que transportam vírus pelas correntes, representam "um risco de desestabilizar os ecossistemas".

"É bastante perigoso, também para a saúde humana", garante.

Diante da estimativa de que 80% do plástico no mar seja proveniente dos continentes, ambientalistas e cientistas fazem campanha pela gestão de resíduos em terra, que é mais eficiente e menos dispendiosa do que recolhê-los no mar.

Mas o problema é que nas margens do Mediterrâneo não existe uma gestão homogênea de resíduos. Nos países mais pobres, "lixões a céu aberto ainda são a norma", lamenta Lucie Courtial.

- "Mundo sem plástico" -

A consultoria ambiental britânica SystemIQ estima que, para reverter a tendência, é necessário atingir 85%-90% de plástico reciclado em 2050, contra os atuais 35% na Europa.

Mas mesmo que acabem no local apropriado, Lucie Courtial lembra que, "com os resíduos de plástico, não há reciclagem, mas 'deciclagem': uma garrafa de leite pode virar um tubo, por exemplo, mas temos que reinjetar matéria-prima".

O diretor na França da associação Plastics Europe, Jean-Yves Daclin, destaca que existem "novas tecnologias de reciclagem química, que permitirão reciclar produtos que hoje não podem ser reciclados", ou mesmo "fabricar plástico a partir de carbono capturado na produção industrial".

No Mediterrâneo, são os plásticos de uso único, com embalagens de alimentos na liderança, que compõem a maioria dos resíduos.

Para François-Michel Lambert, que fez lobby como deputado na França pela proibição de sacolas plásticas e utensílios descartáveis, "imaginar um mundo sem plástico é tão difícil quanto imaginar o fim do mundo".

As amostras de alimentos de plástico no Japão são uma indústria milionária, mas as tortas de ovos falsas de uma confeitaria ficaram tão realistas que os funcionários se confundiram e venderam cinco para os clientes.

A comida de plástico, conhecida como "shokuhin sampuru", é elaborada com grande atenção aos detalhes, das gotas de umidade em um copo de cerveja gelada até a superfície brilhante de uma tigela de ramen.

As tortas de plástico da Andrew's Egg Tart, de Osaka, ficaram tão convincentes que os funcionários não perceberam a diferença e, inadvertidamente, venderam cinco no sábado passado para dois clientes em um quiosque perto da estação de Tottori, oeste do Japão.

"Lamentamos muito a venda por engano das mostras", declarou um representante da empresa.

Um funcionário percebeu o erro pouco depois das vendas e os clientes devolveram as tortas falsas antes de ingerir os produtos.

Para evitar outra confusão, a empresa utilizará adesivos nas tortas de plástico

Bares, restaurantes e padarias que fornecerem canudo de plástico a clientes na cidade de São Paulo agora estão sujeitos a multas de até R$ 8 mil. Caso a irregularidade prossiga, os estabelecimentos podem ser inclusive fechados. A determinação foi publicada no Diário Oficial da Cidade no último sábado, 9, e entrou em vigor de forma imediata.

Conforme o decreto 61.558, que regulamentou a Lei 17.123, de junho de 2019, está proibido na cidade de São Paulo o fornecimento de canudos de material plástico aos clientes de restaurantes, bares, padarias, hotéis, entre outros estabelecimentos comerciais.

##RECOMENDA##

A Prefeitura informou que os canudos de plástico devem ser substituídos por objetos em papel reciclável, material comestível ou biodegradável, embalados individualmente em envelopes hermeticamente fechados, feitos do mesmo material. Alguns estabelecimentos adotaram a mudança antes mesmo da publicação do decreto.

"A quantidade de estabelecimentos que ainda não trocou é difícil estimar, mas ainda são vários", disse ao Estadão Percival Maricato, diretor institucional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) de São Paulo. Ele reforça que a entidade é a favor de medidas com objetivo de proteger o meio ambiente, mas faz ressalvas quanto à implementação das mudanças.

"O problema é a época vivida. Não estamos em uma situação normal, os estabelecimentos endividaram-se todos na época da pandemia. Pensava-se que ia viver uma normalidade com o público voltando, mas a inflação afetou isso. Muitos estão fazendo novos endividamentos", disse ele, ressaltando que os canudos biodegradáveis podem custar até o dobro do preço dos de plástico.

Diante desse cenário, Maricato cobra que haja "um pouco de paciência" da Prefeitura para que bares e restaurantes possam planejar a troca dos estoques. "Os próprios fornecedores têm que se adequar para fornecer produtos para substituir os canudos de plástico", explicou. A Abrasel prevê divulgar orientações para os estabelecimentos nos próximos dias.

O não cumprimento das disposições do decreto, destacou a Prefeitura de São Paulo, pode acarretar na aplicação das penalidades previstas no artigo 3º da Lei 17.123. A fiscalização de possíveis irregularidades ficará sob a responsabilidade da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa).

Veja os valores das multas aplicadas pela Prefeitura

A infração da medida irá resultar na aplicação das seguintes penalidades aos estabelecimentos:

- na primeira autuação, será feita uma intimação para que o bar cesse a irregularidade;

- na segunda autuação, haverá aplicação de multa no valor de R$ 1 mil, com nova intimação para cessar a irregularidade;

- na terceira autuação, a multa é R$ 2 mil, com nova intimação para cessar a irregularidade;

- na quarta e quinta autuações, a multa dobra de valor e passa a ser de R$ 4 mil, com nova intimação para cessar a irregularidade;

- na sexta autuação, haverá aplicação de multa no valor máximo, de R$ 8 mil, com nova intimação para cessar a irregularidade;

- por fim, poderá ser determinado o fechamento administrativo do estabelecimento caso as intimações anteriores não tenham sido atendidas.

O Brasil reciclou aproximadamente 33 bilhões de latinhas de alumínio em 2021, o que representa 98,7% de reaproveitamento do material produzido ao longo do ano. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (13) pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas).

As duas entidades formam juntas a Recicla Latas, organização que atua como gestora do termo de compromisso para o aperfeiçoamento do sistema de logística reversa de latas de alumínio para bebidas. Esse termo foi firmado pelas associações do setor com o Ministério do Meio Ambiente em 2020. Nele, as associações garantiram a manutenção do índice de reciclagem das latinhas no patamar de 95%, em cumprimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A logística reversa é o processo de reinserção do material descartado na cadeia produtiva.

##RECOMENDA##

Segundo as entidades, trata-se do maior índice da história da reciclagem de latas no país, desde o início do mapeamento em 1990, sendo também um dos maiores do mundo. De um total de 33,4 bilhões de latas vendidas, cerca de 33 bilhões foram coletadas para o processo de reciclagem. Com isso, aproximadamente 1,9 milhão de toneladas de gases de efeito estufa deixaram de ser emitidos na atmosfera, de acordo com cálculos das associações empresariais.

As taxas de reciclagem de alumínio no Brasil são consideradas exemplares, especialmente nos últimos anos, com índices que superam os 96% de latinhas reaproveitadas, após cumprirem seu ciclo de produção, consumo e descarte. Esse ciclo de vida costuma ser curto, aproximadamente 60 dias separam a fabricação de uma nova latinha de alumínio e seu retorno, como matéria prima, para a indústria.

“Há mais de dez anos, o índice de reciclagem de latas de alumínio se encontra em patamares superiores a 96%. O Brasil é benchmark (referência) no setor para o mundo, graças aos esforços conjuntos de toda a cadeia de suprimento e dos investimentos da indústria do alumínio na modernização do setor e na ampliação dos centros de coleta e reciclagem”, destaca Janaina Donas, presidente da Abal.

Índice geral baixo

Apesar dos excelentes resultados do setor de alumínio, a reciclagem de outros produtos largamente consumidos no país é baixa. O caso mais desafiador é o do plástico. Apesar de ser o quarto maior consumidor da matéria-prima no mundo, o Brasil recicla apenas 1,29% de plástico, segundo estudo da WWF Brasil com dados do Banco Mundial, divulgado em 2019. O percentual difere bastante dos números informados pela Associação Brasileira da Indústria de Plástico (Abiplast), que indica que pouco mais 23% dos resíduos plásticos são reciclados no país, segundo números de 2020.

Seja como for, o índice geral de reciclagem dos resíduos sólidos no país ainda é de cerca de 5,3% do total potencialmente recuperável, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). O levantamento consta da edição mais recente do Diagnóstico de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos, publicado em dezembro do ano passado, mas com dados consolidados de 2020.

Um diagnóstico feito pelo programa Lixo Fora D’Água, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), mostrou que os resíduos plásticos correspondem a 48,5% dos materiais que vazam para o mar. Segundo o levantamento, os 15 itens mais encontrados nas análises representam 80,3% dos resíduos que vão parar na costa brasileira. 

Depois do plástico, a guimba (ou bituca) de cigarro e o isopor aparecem em segundo e terceiro lugares entre os itens mais encontrados. Os outros 19,7% abrangem artigos como roupas e apetrechos de pesca, entre outros. Todos fazem parte de uma amostra que soma 16.733 itens retirados da areia, da praia e de manguezais.

##RECOMENDA##

O levantamento faz parte de um trabalho feito pela Abrelpe desde 2018 em 11 cidades da costa onde vivem 14 milhões de habitantes. O programa iniciou as ações de monitoramento, prevenção e combate ao lixo no mar e nos demais corpos hídricos na cidade de Santos (SP) e atualmente abrange os municípios de Balneário Camboriú (SC), Bertioga (SP), Fortaleza (CE), Ipojuca (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA), Manaus (AM), Serra (ES) e municípios da Baía da Ilha Grande, no Rio de Janeiro. 

Metodologia

A metodologia desenvolvida no âmbito do projeto Lixo Fora D’Água também está presente no Caribe, sendo aplicada em cidades da Costa Rica, Colômbia e República Dominicana.

“Cerca de 22 milhões de toneladas de plásticos vazam para o meio ambiente a cada ano em todo o mundo, e em torno de cinco a 12 milhões de toneladas de resíduos plásticos têm os oceanos como destino. Cerca de 80% desse total são oriundos de atividades humanas desenvolvidas no continente, seja no litoral ou em regiões onde correm rios que desaguam em ambientes marinhos, sendo resultado de falhas que ocorrem nos sistemas de limpeza urbana e gestão de resíduos nas áreas urbanas das cidades”, disse o diretor presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho.

Segundo as estimativas da entidade, mais de dois milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos vão parar nos rios e mares todos os anos no Brasil. 

“Ressalta-se, porém, que esse total pode ser ainda maior já que as 30 milhões de toneladas de lixo que seguem para destinação inadequada, ou seja, lixões e aterros controlados, que ainda existem em todo o país, podem acarretar um acréscimo de três milhões de toneladas de lixo no mar a cada ano”, afirmou a Abrelpe.

Acrescentou que o programa também visa identificar as principais fontes de origem dos resíduos e estudar como as cidades podem aprimorar a gestão de resíduos sólidos em terra para prevenir a poluição marinha. 

Vazamento de lixo

Segundo um dos relatórios, as três principais fontes de vazamento de lixo no mar são as comunidades nas áreas de ocupação irregular, próximas aos cursos d’água, os canais de drenagem que atravessam a malha urbana e a própria orla da praia em sua faixa de areia.

“Os resultados do programa Lixo Fora D’água permitem afirmar que a melhor solução para o problema do lixo no mar reside justamente no aperfeiçoamento dos sistemas e infraestrutura de limpeza urbana nas cidades, que deve acontecer junto a programas permanentes de educação ambiental implementados em todas as camadas da população”, explicou o presidente da Abrelpe.

 Dia triste para a comunidade artística de Pernambuco. Aos 55 anos, o artista plástico Flávio Emanuel Junqueira Ayres faleceu na madrugada deste sábado (3), em razão de um infarto. Flávio deixa a companheira, Alice, e uma filha, Flora. Em atividade desde os anos 1980, Flávio integrou o movimento mangue beat e pautou sua trajetória pelo diálogo entre diferentes linguagens, como pintura, vídeo, performance, instalação, intervenção urbana e toy art.

Nascido no Recife, Flávio começou sua carreira como aprendiz do modernista Cícero Dias. Obteve notoriedade ao participar de diversas exposições nacionais e internacionais, como a Bienal dos 500 anos em São Paulo (SP), a Bienal Mercosul, em Porto Alegre (RS) e a Arco Feira de Arte Contemporânea de Madrid, na Espanha. Flávio criou o Núcleo de Artes Visuais e Experimentos (N.A.VE.), um centro de artes experimentais e, mais recentemente, idealizou a TV Tumulto, um projeto de série multimídia com a participação de artistas de diversas linguagens, incluindo música e teatro.

##RECOMENDA##

O artista seguia produzindo, em seu ateliê, atualmente localizado em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. Algumas obras de Flávio Emanuel estão acomodadas em acervos públicos, como o MAMAM, no Recife, o Museu de Arte Moderna de São Paulo, o Museu do Estado de Pernambuco, no Recife, a Pinacoteca do Estado de São Paulo, a Fundação Bienal 500 anos, em São Paulo, e o Museu de Curitiba, no Paraná.

Todos os dias, 890 toneladas de plásticos são despejadas no mar brasileiro. Em apenas 24 horas, bilhões de itens de plástico escorrem pelos esgotos e acessam os rios, até invadirem o litoral. São embalagens abandonadas em lixões, sacos plásticos carregados pelas chuvas, materiais deixados sobre as areias das praias que acabam no Atlântico.

Parte desse volume colossal de lixo tem sido ingerida por animais marinhos, que morrem contaminados. Outra parte é engolida por você. Esse plástico, após anos de exposição à água e à luz, acaba convertido em pequenos fragmentos, microplásticos que vão parar dentro de peixes de todas as espécies, incluindo aquelas levadas à sua mesa no almoço.

##RECOMENDA##

A dimensão da poluição marinha causada pelo Brasil acaba de ser medida em um estudo inédito feito por cientistas e estudiosos da organização Oceana. Por um ano e meio, os pesquisadores reuniram estudos técnicos e dados oficiais do governo para avaliar o impacto que o plástico tem causado no mar brasileiro.

O jornal O Estado de S. Paulo teve acesso exclusivo ao relatório, que expõe a profundidade do problema e a urgência em se achar uma solução.

O Brasil é o maior produtor de plástico na América Latina, responsável por colocar 6,67 milhões de toneladas desses itens na vida cotidiana das pessoas todos os anos. A maior parte desse material não é recolhido e quase 5% vai parar no fundo do mar. São 325 mil toneladas de lixo plástico por ano despejadas no Atlântico.

O cruzamento de informações revela que nada menos que 500 bilhões de itens descartáveis de plástico são produzidos anualmente pelo País. Isso equivale a 15 mil itens por segundo. São copos, talheres, sacolas e embalagens. O problema se avoluma no momento em que grande parte desse material não é reutilizada, mas sim convertida em objeto de contaminação no minuto seguinte ao descarte.

Dada a pouca reciclagem de plástico, o material fica acumulado em aterros e lixões, isso quando não vai parar diretamente no meio ambiente, em áreas naturais, como o mar. O relatório "Um oceano livre de plástico - desafios para reduzir a poluição marinha no Brasil" mostra que há taxas divergentes sobre o alcance da reciclagem de plásticos, mas confirmam que ao menos 77% do resíduo de plástico nacional está acumulado em aterros, lixões ou disperso no meio ambiente.

A cientista marinha Lara Iwanicki, uma das responsáveis pelo estudo, explica que parte do problema se deve, de fato, à dificuldade de conscientização e de educação da população sobre como lidar com o plástico. Mas Lara chama a atenção para o papel crucial da indústria, que tem ignorado o assunto e deixado de buscar alternativas que possam reduzir o uso e consumo do polímero.

"Fica conveniente transferir essa responsabilidade de tratamento e descarte só para o consumidor e os municípios. É preciso se voltar, também, para o início do problema, com o objetivo de reduzir a quantidade de plástico descartável produzida na fonte", diz a cientista. "Incentivar a criação de outras alternativas de embalagens, por exemplo, tem o poder de impulsionar inovação. Tem uma economia nova atrás disso."

Legislação frágil

A solução passa pelo Congresso Nacional. Os especialistas afirmam que o Brasil tem hoje uma legislação que não traz efeitos práticos para controlar a produção de plásticos no País, tampouco incentiva a busca de outras alternativas para substituir o material do dia a dia da população.

"O Brasil está bastante atrasado nessa discussão. Não existe pressão popular, enquanto vemos países desenvolvidos e em desenvolvimento aprovando legislação restritivas ao plástico", diz Lara. "A China é o maior produtor do mundo e aprovou uma legislação para reduzir o consumo interno até 2025."

Em março do ano passado, o Ministério do Meio Ambiente lançou o Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar. Em junho deste ano, anunciou que coletou cerca de 400 toneladas de resíduos em praias do País, com mais de 200 ações de limpeza de praias, rios e mangues, em mais de 100 municípios, nos 17 Estados da costa nacional.

Na avaliação dos especialistas, o governo tem apenas enxugado o gelo. "Há lentidão na execução de recursos. Fora isso, não temos lei que mire a produção, responsável por gerar um volume gigantesco", diz Lara.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) proibiu, nesta sexta-feira (18), o uso e comercialização de material plástico ou similares nas unidades acadêmicas e administrativas da instituição. A resolução do Conselho de Administração foi aceita por unanimidade e entra em vigor a partir do próximo ano. 

Com a decisão, fica proibida a aquisição, a entrada, a comercialização e o uso, nas dependências da UFPE, de produtos descartáveis como garrafas plásticas de bebidas com capacidade inferior a 500 ml, canudos, copos, pratos e talheres plásticos descartáveis, sacolas plásticas, embalagens e recipientes descartáveis de isopor, entre outros similares. A restrição se aplica a todas as unidades, estabelecimentos e atividades comerciais, incluindo restaurantes, quiosques, lanchonetes, reprografias e outros que funcionem na instituição. 

##RECOMENDA##

As novas regras não se aplicam às embalagens originais das mercadorias; às caixas de poliestireno expandido (EPS) e ao poliestireno extrusado (XPS) (isopor), utilizadas para transporte e acondicionamento de alimentos, bebidas e demais produtos e que, embora de material não biodegradável, não são usadas como descartáveis; ao filme plástico e papel acoplado plastificado utilizado nos estabelecimentos comerciais exclusivamente em atendimento às normas sanitárias nacionais, estaduais e distritais; aos materiais descartáveis derivados de plástico utilizados no atendimento médico e assistencial no Hospital das Clínicas, tais como seringas, tubos e recipientes de coleta de material biológico e afins; aos sacos plásticos específicos para descarte de resíduos oriundos de serviços de saúde e de resíduos sólidos urbanos, necessários à coleta seletiva; e aos materiais utilizados exclusivamente em atividades de ensino, pesquisa, extensão ou inovação. Apesar da possibilidade de uso dos recipientes mencionados, o estabelecimento ou usuário ainda terá a obrigação de separar e dar a destinação adequada a todos os produtos plásticos.

Fica vedada a aquisição dos produtos no âmbito da UFPE por meio de licitações e contratos. O prazo para adequação de todos os editais de licitação e os contratos administrativos decorrentes deles será de 180 dias, a contar da vigência da resolução, que começa no dia 4 de janeiro. Para outros casos, o prazo é de 270 dias.

O texto da resolução também definiu as ações de fiscalização, que serão feitas pela Diretoria de Gestão Ambiental da Superintendência de Infraestrutura (Sinfra), pela Diretoria de Licitações e Contratos da Pró-Reitoria de Gestão Administrativa (Progest) e pela Superintendência de Segurança Institucional (SSI), com aplicação de sanções aos infratores. 

De acordo com o vice-reitor da Universidade, Moacyr Araújo, é preciso repensar hábitos e formas de uso de produtos poluentes que fazem parte do nosso cotidiano. “A educação, essa nova forma de trabalhar, traz também consigo a ideia de rever se aquilo que nós estamos jogando fora é efetivamente descartável ou pode ser reaproveitado. Então, essa forma também de pensar na reutilização é fundamental”, disse ele. 

Já o reitor, Alfredo Gomes, afirmou que “essa resolução agrega uma perspectiva de uma economia limpa, de uma formação ampla”, dentro de um plano maior de sustentabilidade no entorno e dentro da UFPE. Segundo a Universidade, está em curso no campus Recife um ordenamento de barracas e capacitação dos comerciantes/ambulantes quanto à higiene, ao uso de materiais e seu descarte, em parceria com a Prefeitura, incluindo também ações para melhoria das calçadas e da mobilidade na área. 

*Com informações da UFPE

LeiaJá também

--> Feira de Pretos e Negócios começa nesta sexta (18)

A designer chilena Margarita Talep tem desenvolvido um plástico para embalar alimentos que é biodegradável e feito à base de algas. O produto é similar às opções de plásticos já conhecidas, mas apresenta uma vantagem: a decomposição vai de 2 a 4 meses, dependendo do clima. 

A matéria-prima usada por Margarita é composta de algas, água e um polímero que se misturam em diferentes proporções, dependendo da densidade desejada para o produto final. Para colorir as embalagens, são usadas tintas naturais desenvolvidas a partir de frutas e vegetais 

##RECOMENDA##

Para ganhar forma, o processo se inicia com a extração de uma substância das algas, a partir da fervura. A água e as tintas naturais são acrescentadas a esta pasta gelatinosa em quantidades que podem variar de acordo com a flexibilidade e a coloração desejadas.

A mistura é aquecida em 80ºC e é esfriada no molde de desejo até atingir a temperatura de 20ºC, que é quando um gel feito a partir da extração do ágar (um hidrocoloide fortemente gelatinoso oriundo de diversos gêneros e espécies de algas marinhas vermelha) é acrescentado formando assim uma espécie de plástico fino. O material pode ser usado para embalar variados tipos de alimentos.

 

Depois de seis meses, um grupo de idosos pôde se reencontrar com familiares graças a uma cortina de plástico com mangas, que facilita um programa de abraços e evita a infecção pelo novo coronavírus.

"A aproximação ou um abraço pode ser benéfico e diminuir os níveis de ansiedade e depressão do idoso", explicou à AFP o geriatra Luis Bermúdez.

O programa acontece no asilo Jardín de los Abuelitos, em San Salvador, onde uma equipe de médicos e enfermeiras que fazem turnos prolongados de duas semanas atendem 15 idosos. A ideia de desenhar uma cortina para proteger os mais velhos, população mais vulnerável à doença, Bermúdez tirou de uma equipe brasileira que participa de um grupo latino de geriatras que trabalham nos chamados centros de longa estadia.

"A pandemia eliminou o contato físico que existia entre familiares e residentes", assinalou Bermúdez. Para não haver falhas no protocolo de segurança durante o programa de abraços, foi desenvolvido um plano de educação em saúde tanto para os idosos quanto para seus parentes, explicou.

"No momento do abraço, pode haver um pico de emoções, que devemos controlar de certa forma, porque, apesar de existir uma barreira de segurança, temos que garantir que a mesma seja segura", assinalou o geriatra.

Após dias promovendo o programa de contato físico, Bermúdez comemora a redução dos níveis de ansiedade e da dose de medicamentos administrada aos idosos.

María Gregoria Ramos, 38, expressou satisfação por poder se reencontrar com a tia no asilo graças às medidas do protocolo. São realizadas duas visitas por dia, em horários diferentes, e cada uma não ultrapassa meia hora.

El Salvador, país de 6,6 milhões de habitantes, acumula 26.773 casos de Covid-19, sendo 3.994 envolvendo idosos de 60 a 80 anos.

Segundo o porta-voz da instituição especializada na conservação da vida marinha Surfers Against Sewage (SAS), Jack Middleton, em entrevista a BBC na última segunda-feira (31), a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) contribuiu para o aumento da poluição por plástico nas praias do Reino Unido.

De acordo com Middleton, desde o início do surto, as pessoas voltaram a utilizar em excesso embalagens descartáveis e o resultado foi uma grande quantidade de materiais acumulados nas praias e nos rios. A situação se agravou ainda mais após a flexibilização da quarentena, em que foram encontrados materiais como máscaras e luvas descartáveis.

##RECOMENDA##

Outros fatores também contribuíram para a poluição, como o adiamento da lei que proíbe o uso de canudos e a retirada da cobrança no consumo de sacolas plásticas. Para Middleton, estes pontos retrocederam os avanços que haviam sido feitos no passado.

Embora o plástico contido nas máscaras sejam essenciais na prevenção da Covid-19, o SAS acredita que é necessário estudar novas maneiras de descartes destes materiais. Por conta disto, o grupo iniciará uma ação de limpeza em mais de 600 locais do Reino Unido a partir de 5 de setembro.

A instituição afirma que pretende divulgar em suas redes sociais os nomes das empresas contidas nos resíduos para que elas também possam tomar alguma atitude contra a poluição.

Durante um congresso virtual da Sociedade Americana de Química, cientistas dos Estados Unidos apresentaram a descoberta de partículas de plástico em órgãos humanos como o pulmão, fígado, rins e baço.

Quarenta e sete amostras de tecido que revelaram o material foram analisadas pelos pesquisadores da Universidade do Arizona. Essas amostras foram recolhidas de um banco específico para o estudo de doenças neurodegenerativas.

##RECOMENDA##

Foram identificados tipos conhecidos de plástico, como o PET, normalmente utilizado em garrafas descartáveis, além do polietileno, utilizado em sacolas plásticas e o bisfenol A, presente em todas as amostras e muito utilizado em embalagens e recipientes de alimentos.

A entrada dessas substâncias no corpo pode ser consequência da cadeia alimentar humana, visto que amostras de plástico foram encontradas em quase todas as marcas de água engarrafada quando pesquisas foram feitas a respeito. Porém, as respostas só serão descobertas depois de análises envolvendo as informações detalhadas do estilo de vida dos doadores.

A esteticista Cristiane Boneta denunciou nas redes sociais uma clínica odontológica em Duque de Caxias-RJ que usou sacos de lixo nela em vez de equipamentos de segurança durante cirurgia. A clínica particular disse ter usado sacos plásticos devido à dificuldade de adquirir equipamentos durante a pandemia da Covid-19.

"Realmente não sei definir se foi racismo ou descaso, mass como profissional da saúde certo eu sei que nao está", disse Cristiane em carta aberta. 

##RECOMENDA##

A esteticista disse ter se sentido constrangida e chorado durante todo o procedimento por causa da situação. "Em um  ato de desespero e a única arma que eu tenho é o celular eu comecei a registrar tudo, porque se eu simplesmente te contasse você não iria acreditar", ela comentou.

"Ao entrar no consultório, eu questionei com o dentista sobre o saco de lixo e a reposta dele é que o saco estava limpo. Como precisava muito finalizar essa cirurgia, eu acabei me submetendo a essa situação."

O odontologista Wagner Padilha, um dos responsáveis pela clínica Odonto Irmãos Padilha, reconheceu por telefone ao jornal Extra que o material usado era inadequado, mas argumentou que foi uma medida temporária por conta da dificuldade de comprar os equipamentos. "Estão em falta em muitas lojas e os preços estão quase impraticáveis. Eu já estava paramentado quando a paciente chegou na sala de cirurgia. Como ela disse que se sentiu constrangida, poderia ter optado por não fazer o procedimento, não teríamos problema nenhum com isso. Mas foi a solução de emergência que encontramos para uma proteção cruzada, já que eu também faço parte do grupo de risco", disse o odontologista, que tem 37 anos de profissão.

[@#podcast#@]

A cidade de Cortina d'Ampezzo, no norte da Itália, irá abolir a partir do mês de julho o uso de utensílios plásticos em locais públicos. As empresas locais que fornecem refeições e bebidas para eventos deverão produzir apenas pratos, copos e talheres de material biodegradável.

De acordo com as autoridades de Cortina d'Ampezzo, a medida, que entrará em vigor no dia 1º de julho, segue a "estratégia europeia" para combater o plástico, que foi lançada pela Comissão Europeia em janeiro de 2018.

##RECOMENDA##

"O uso de plástico descartável faz parte de nossa vida cotidiana e é difícil reverter um hábito tão difundido e profundamente enraizado, mas é nosso dever contribuir para a redução do uso de plástico. Não basta reciclar, é preciso reduzir sua produção e pressionar os produtores a usar materiais não apenas biodegradáveis, mas também compostáveis, para que o impacto de nossas ações diárias não deixe traços negativos no futuro", disse a vereadora Paola Coletti.

Ainda segundo ela, Cortina d'Ampezzo, que é apelidada de "Rainha das Dolomitas", se encaixa novamente entre as cidades que voltaram "às suas origens", já que há alguns anos, era uma prática comum usar copos e garrafas de vidro.

Cercada por belas montanhas e popular entre os apaixonados pelo esqui, Cortina d'Ampezzo, na região do Vêneto, será ao lado de Milão, na Lombardia, uma das cidades sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2026.

Da Ansa

Para tentar escapar do surto do novo coronavírus, um motorista por aplicativo criou uma barreira de papel filme que evita o contato com os clientes e tenta bloquear o ar dentro do carro. A imagem do 'casulo' repercutiu nas redes sociais e dividiu opiniões sobre a eficácia desta forma de prevenção.

A atitude do condutor que, supostamente, roda pelo Grande Recife repercutiu na internet e gerou debate. A maioria dos comentários defendem a ação. "Tá mais que certo", "errado ele não tá", comentaram alguns usuários do Instagram.

##RECOMENDA##

Já outros internautas brincaram com a cena, discordaram da necessidade da barreira e questionaram como o profissional vai manipular pagamentos em dinheiro. "Não protege, mas foi a opção dele", "vai que o corona pede carona", publicaram.

Na última semana, um motorista por aplicativo de Nova York, nos Estados Unidos, já havia instalado uma barreira de plástico dentro do veículo. O passageiro que fez o registro parabenizou a medida. "Eu só queria publicar isso para vocês verem como um cara está ajudando a ele mesmo e os outro se manterem salvos", pontuou.

[@#video#@]

A Lei que proíbe os estabelecimentos comerciais a fornecerem canudos de plástico entrou em vigor no último sábado (15) no estado de São Paulo. De acordo com o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), responsável pela fiscalização, o produto não poderá ser distribuído nem vendido em instalações como bares, restaurantes, padarias, hotéis, casas noturnas, entre outros. A multa para o comerciante que desobedecer a norma varia entre R$ 552,20 e R$ 5.520,20.

Segundo a legislação, o comércio deve providenciar a troca dos canudos de plásticos por opções sustentáveis. Em alguns estabelecimentos da capital paulista, cidade na qual a Lei vigora desde o último mês de junho, são oferecidos tubos produzidos em papel reciclado, material comestível ou biodegradável embalados de forma individual em envelopes fechados e confeccionados com o mesmo material do cano.

##RECOMENDA##

Ainda de acordo com o Procon-SP, o trabalho dos fiscais será realizado em operações especiais e será adicionado à rotina diária dos agentes.

Um instituto de pesquisa do Japão anunciou que os resultados de seu estudo sobre a poluição nos mares podem mostrar que lixo plástico acumulado no fundo dos oceanos não se decompõe facilmente.

A Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia Marinha e Terrestre realizou pesquisas no fundo do mar em agosto e setembro, nas águas ao largo da Baía de Sagami, ao sul de Tóquio, e da Península de Boso, a leste da capital japonesa.

##RECOMENDA##

Segundo o instituto, um estudo usando um submersível não tripulado descobriu uma embalagem plástica de alimento praticamente na sua forma original no leito do oceano, a cerca de 6 mil metros de profundidade. Na embalagem, consta que o produto foi fabricado em 1984.

*Emissora pública de televisão do Japão

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando