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O técnico Bob Bowman, que fez história com o nadador norte-americano Michael Phelps, será a grande atração da 1ª edição do Congresso Olímpico Brasileiro, que será realizado no WTC, em São Paulo, no dia 13 de abril. Ele vem ao Brasil para falar de sua carreira. Contará como está o trabalho na Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos.

Mentor do maior atleta olímpico da história, Bowman disse ao Estado que não existirá outro nadador como Phelps - 28 medalhas olímpicas. "Honestamente, não acho que nós iremos ver outro Michael Phelps em nossas vidas", disse. Aos 53 anos, ele garantiu que estará nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, no ano que vem.

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Como tem sido seu trabalho?

Meus treinamentos na Universidade do Estado do Arizona têm sido um novo capítulo satisfatório e instigante na minha vida. Nós temos alguns bons e talentosos jovens atletas que me estimulam a ter mais uma razão de ser treinador. E temos duas campeãs olímpicas treinando aqui para os Jogos de Tóquio: Cierra Runge e Allison Schimitt.

Obviamente você sempre será lembrado pela parceria com Michael Phelps. Isso te orgulha?

Eu tenho muito orgulho do meu relacionamento com o Michael. Nós trabalhamos juntos por 20 anos e dividimos muitas memórias incríveis. Michael cresceu de um jovem menino na Olimpíada de Sydney para um competidor maduro e totalmente atualizado na Rio-2016, onde sua mulher e seu filho Boomer estavam na plateia vendo-o ganhar o ouro. O processo de desenvolvimento do Michael é o mesmo que uso para outros nadadores. Mas ele tinha um talento único de levar tudo que ele praticava ao nível mais alto na competição.

Após tanto tempo de glórias com Phelps, o que te motiva para seguir adiante sem ele?

Ser um técnico é ensinar. E eu amo ajudar jovens a atingir seus objetivos. Também fico feliz em estar em uma universidade que compete no nível da National Collegiate Athletic Association (NCAA). É um ambiente diferente das competições internacionais e isso me força a ser um treinador melhor e aprender novas habilidades para alcançar objetivos.

Phelps foi um ídolo mundial nas últimas edições olímpicas. Quem você considera que pode ocupar o trono deixado por ele?

Existem alguns nadadores dominantes no cenário mundial hoje que podem assumir o que o Michael deixou. Caeleb Dressel é um talento promissor em várias provas. E, claro, Katie Ledecky, a melhor nadadora feminina no mundo. Também acho que o britânico Adam Peaty está levando o nado de peito a níveis inimagináveis e Chase Kalisz, que é como se fosse o irmão mais novo do Michael e foi desenvolvido no nosso programa de medley, é um nadador dominante neste estilo atualmente.

Você pretende estar nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020?

Pretendo estar em Tóquio treinando nadadores com oportunidade de ganhar medalhas.

Mais uma vez você virá ao Brasil, agora para participar do Congresso Olímpico Brasileiro. Quais lembranças você guarda daqui?

Tenho ótimas memórias do Brasil. As pessoas são muito gentis. Dão valor à cultura, à natureza e têm um forte espírito competitivo. Eu sempre fico empolgado para voltar a uma nação tão diversa e vibrante.

É possível aparecer um outro Michael Phelps?

Honestamente, não acho que nós iremos ver outro Michael Phelps em nossas vidas. No entanto, terão muitos atletas inspiradores e dominantes que irão desafiar os limites da performance humana. Minha esperança é que eles sejam originais e verdadeiros com seus próprios objetivos e personalidades. Essa é a verdadeira alegria do esporte.

Michael Phelps confirmou nesta segunda-feira (27) que vai mesmo deixar Baltimore para treinar no Arizona. O supercampeão olímpico vai mudar de cidade para acompanhar seu treinador, Bob Bowman, que vai assumir o comando da natação da Universidade do Arizona, também nos Estados Unidos.

"Estou muito feliz por Bob, esta é uma grande oportunidade para ele. E sei que ele será bem-sucedido ao construir um grande programa esportivo no Arizona", disse Phelps, que vai seguir Bowman, com quem treina desde a infância.

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"Ele esteve comigo durante toda a minha carreira e sempre será meu técnico. Vou continuar treinando sob o seu comando no Arizona e estarei ansioso para seguir a programação que definimos até 2016", confirmou o nadador, maior medalhista olímpico da história.

Phelps voltou a competir neste mês em preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O americano voltou da sua aposentadoria, anunciada ao fim da Olimpíada de Londres, com bons resultados no Pro Swim (antigo GP) de Mesa, justamente no estado do Arizona, onde passará a viver e treinar nas próximas semanas.

O astro Michael Phelps vai dar mais um passo em seu retorno à natação com a participação no GP de Charlotte, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, marcado para o período entre 15 e 18 de maio, na próxima semana. Seu treinador, Bob Bowman, disse que Phelps se inscreveu nas provas dos 100 metros borboleta e dos 200 metros livre, mas preferiu não dar certeza da presença de Phelps em ambas.

As provas estão marcadas para o mesmo dia - 16 de maio - seguindo em linha com a estratégia de dar resistência ao nadador nesse retorno. Phelps voltou às competições no GP de Mesa, no Arizona, menos de duas semanas atrás, na sua primeira disputa desde que se aposentou após os Jogos de Londres, em 2012, como o mais condecorado atleta da história olímpica.

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Ele competiu em dois eventos em Mesa, terminando em segundo lugar, atrás do antigo rival Ryan Lochte nos 100 metros borboleta e fazendo o quarto melhor tempo no mundo neste ano na prova. Phelps também participou dos 50 metros livre, mas usou sua eliminatória para trabalhar o estilo borboleta, ficando apenas na 42ª colocação na classificação geral. "Fomos encorajados por suas performances em Mesa e estamos ansiosos para tentar os 200 em Charlotte", disse Bowman.

Phelps também se inscreveu para o último GP do ano em Santa Clara, na Califórnia, no próximo mês, mas ele tem sido cauteloso, dando um passo de cada vez, sem se comprometer com objetivos de longo prazo. Ainda assim, está claro que não voltaria a competir se não tivesse os Jogos do Rio, em 2016, como meta. O astro norte-americano já competiu em quatro edições da Olimpíada, tendo conquistado 22 medalhas no total, sendo 18 de ouro.

Com a confirmação da sua presença no GP de Charlotte, certamente ele irá duelar com Thiago Pereira, ao menos nos 100 metros borboleta - o brasileiro pretende nadar até oito provas. Na maior conquista da sua carreira, aliás, Thiago Pereira superou o norte-americano ao conquistar a medalha de prata nos 400 metros medley na Olimpíada de Londres, em 2012, enquanto Phelps foi apenas o quarto colocado.

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