O pernambucano Aírton Isaías da Silva, de 19 anos, confessou o assassinato de quatro pessoas entre os dias 23 de fevereiro e 3 de março no Brás, na região central de São Paulo. A Justiça decretou nesta quinta-feira (6), a prisão temporária do jovem, que saiu sorrindo do Departamento de Homicídios e Proteção à pessoa para ser levado a um centro de detenção provisória.
A confissão do pernambucano, que estava em São Paulo havia seis meses, foi gravada em vídeo pela policia. Segundo a diretora do DHPP, Elisabete Sato, apesar de o indiciado ter agido da mesma forma em todos os assassinatos, matando as vítimas com facadas na região do pescoço, ele não é considerado um serial killer. "Ele agia ora por motivo pessoal ora a mando de alguém", disse.
##RECOMENDA##No interrogatório, Silva confessou que recebeu R$ 200 e R$ 500 por duas mortes - uma que teria ocorrido no dia 23 e outra no dia 28. As vitimas seriam um vendedor e um suposto mendigo ainda não identificado. Silva teria matado também o saxofonista Aislan Dantas, de 32 anos, que tocava na banda Bonde do Maluco. Ele desapareceu depois da comemoração do nascimento de sua filha, no dia 22, e foi encontrado morto na Rua São Brás, no centro de São Paulo.
O indiciado afirmou que havia saído de um forró quando atacou o músico após encontrá-lo brigando com uma mulher. A última vítima, Rodrigo Aguiar, de 32 anos, foi morta na madrugada de domingo, 2. De acordo com Silva, ele havia descoberto que Aguiar, que se travestia de mulher, era um homem e matou para se defender. Segundo o assassino, Aguiar teria feito um elogio a ele.