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O Instituto Butantan informou hoje (18), em nota divulgada pela Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, que serão iniciados este ano os testes em humanos de imunização por via oral contra a hepatite B. Até agora, a vacinação vem sendo feita por meio de injeções subcutâneas. A secretaria não informou, porém, a data em que começam os testes.

De acordo com a nota, estudos inéditos do Instituto Butantan permitiram a descoberta de novo adjuvante, a sílica nanoestruturada, que auxilia na produção de anticorpos para neutralizar o vírus. “Sem o adjuvante, isso era impossível, já que não existia uma maneira de estimular o sistema imunológico, sobrepassando as condições adversas de acidez do sistema gastrointestinal”, diz o texto.

Segundo o documento, o novo método de aplicação pode contribuir para o aumento da cobertura vacinal e a redução dos custos da vacinação. As experiências em laboratório mostraram eficácia na imunização e já estão sendo tomadas as providências necessárias para a fase seguinte, que é a da pesquisa clínica, acrescenta a nota.

O Ministério da Saúde assinou hoje (20) um convênio para a instalação de uma fábrica de hemoderivados no Instituto Butantan, em São Paulo. O empreendimento receberá investimentos de R$ 195 milhões por meio de empréstimos da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo em bancos públicos, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O acordo vai permitir a ampliação da coleta e a melhoria da qualidade de armazenagem do plasma humano no Butantan. Além disso, está prevista parceria com a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras) nas áreas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

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A unidade de hemoderivados vai entrar em funcionamento em 2014 e, em três anos, deverá atingir a capacidade de processar 150 mil litros de plasma por ano. Em conjunto com a fábrica da Hemobras, que está sendo construída em Pernambuco e processará 500 mil litros de plasma por ano, a produção nacional vai suprir todas as necessidades brasileiras de derivados de sangue.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o país gasta R$ 1,5 bilhão por ano na compra desses produtos, essenciais para feridos graves e pessoas com problemas de coagulação do sangue, como os hemofílicos. “São muito importantes para qualquer pessoa que pode precisar de um derivado de sangue durante um acidente ou uma cirurgia”, destacou Padilha.

O presidente do Butantan, Jorge Kalil, avaliou que a parceria vai permitir, simultaneamente, a redução dos gastos com a compra desses produtos e o desenvolvimento científico no país. “Vamos poder disponibilizar aos pacientes do Sistema Único de Saúde [SUS] hemoderivados produzidos localmente, o que representa não só uma economia para o país, mas o desenvolvimento de uma tecnologia nacional”.

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