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O governo de São Paulo já tem 6 milhões de doses prontas para aplicação da CoronaVac, a vacina contra o novo coronavírus que é produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Desse total, 4,5 milhões já estão também rotuladas e serão encaminhadas ao governo federal para que sejam então destinadas aos demais estados brasileiros e ao Distrito Federal.

O restante, por proporcionalidade (São Paulo é o estado com maior população), deve permanecer em São Paulo. Mas o total dessa quantidade destinada a São Paulo, que o governo paulista prevê entre 20% e 25%, ainda será definida em reunião com o Ministério da Saúde.  “As cotas (de doses) dos estados serão definidas possivelmente ainda na tarde de hoje. Definindo essa cota, o estado de São Paulo já vai imediatamente receber e encaminha-las à Secretaria estadual da Saúde”, falou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

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“Alguns procedimentos são necessários por parte do Ministério da Saúde junto ao Butantan, mas tenho certeza absoluta que o ministério, de forma responsável, saberá adotar essas medidas e entrará em contato imediatamente com a direção do Instituto Butantan para que a transferência dessas 4,5 milhões de doses possa ser feita”, disse o governador de São Paulo, João Doria.

Essa transferência vai depender, segundo o governador, de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove o uso emergencial da vacina. A decisão da Anvisa será anunciada no próximo domingo (17).

Pelo acordo assinado com a Sinovac, São Paulo deve receber 46 milhões de doses da vacina. Desse total, 10,8 milhões já estão em São Paulo, sendo que 6 milhões de doses já estão prontas para aplicação. O acordo assinado pela Sinovac prevê também a transferência de tecnologia, ou seja, o Butantan passará a produzir a vacina em solo brasileiro. A vacina é aplicada em duas doses.

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, em nota à imprensa, que o Instituto Butantan não submeteu pedido de autorização de uso emergencial da Coronavac na reunião feita por equipes de ambas as partes na manhã desta quinta-feira (7). Na ocasião, o laboratório paulista apresentou, em formato de power point, dados sobre a eficácia e a segurança da vacina contra a covid-19 desenvolvida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, ainda segundo a Anvisa.

O órgão regulador ressaltou que a análise formal de um pedido de autorização de uso emergencial começa a partir do recebimento de "informações globais" sobre a vacina.

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"A reunião de pré-submissão é uma estratégia que segue a prática de outras autoridades regulatórias do mundo", apontou a agência. "Esta reunião é feita antes do envio de pedido formal de qualquer laboratório para dar conhecimento prévio do projeto de vacina e otimizar os direcionamentos técnicos e legais."

Assim como declarado pelo presidente do Butantan, Dimas Covas, em entrevista coletiva mais cedo, haverá nova reunião ainda hoje para "prosseguir no detalhamento das informações e dados". Segundo Covas, a formalização do pedido de autorização de uso emergencial pode ser feita ainda nesta quinta-feira ou amanhã (8), a depender do desenrolar do novo encontro com a Anvisa.

Ao tornar pública a eficácia de 78% da Coronavac, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que sua gestão e o instituto haviam "iniciado" o pedido de uso emergencial. Ele reforçou que a vacinação no Estado começará em 25 de janeiro, conforme plano apresentado em dezembro.

Em audiência nesta sexta-feira (13) da comissão do Congresso que acompanha as ações de combate à pandemia de Covid-19, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, disse que a agência reguladora não teria decidido pela suspensão dos testes com a vacina chinesa Coronavac se o Instituto Butantan tivesse acionado logo o Comitê Independente Internacional. Já o diretor do Butantan, Dimas Tadeu Covas, afirmou que isso, a princípio, foi considerado desnecessário porque se tratava de um “evento adverso grave”. Covas explicou que isso é diferente de “reação adversa grave”. Na linguagem padrão do setor, a palavra “evento” indicaria que o fato não tinha nada a ver com a vacina.

A Anvisa suspendeu os testes com a vacina no dia 9 de novembro após ser informada pelo Butantan da morte de um voluntário, mas autorizou a retomada no dia 11 depois de parecer do Comitê Independente Internacional.

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Segundo o dirigente da Anvisa, o Butantan é “parte interessada” no registro da vacina, e as informações sobre o óbito de um voluntário dos testes não poderiam partir dele. “E não adiantava um telefonema, conforme se quer colocar, para o instituto desenvolvedor porque o instituto não é o comitê independente, ele é parte interessada”, declarou Torres. “E dizer ‘parte interessada' não é uma crítica maldosa. É apenas um termo em atividade regulatória.”

Dimas Covas rebateu essa fala, dizendo que o centro de pesquisa que relatou a morte, um dos 16 que participam dos testes para o Butantan, não é “parte interessada”, mas um instituto que respeita diretrizes científicas. Ele declarou ainda que, se mesmo assim, havia dúvidas da agência, elas deveriam ter sido comunicadas. Inclusive, de acordo com ele, a agência primeiro pediu mais informações ao Butantan, dando prazo de 24 horas para a resposta, porém, em seguida, solicitou que enviasse logo as informações se já as tivesse. E isso teria sido feito. Covas disse que foi surpreendido pela suspensão dos testes após um dia de comunicações entre as duas instituições que teria terminado com a marcação de uma reunião para a jornada seguinte.

“O que eu mencionei aqui foi o fato de que a interrupção foi anunciada ao Butantan pela imprensa. E isso evidentemente que não é a melhor forma”, comentou Covas. “Ou até que se fizesse a suspensão, mas que se anunciasse antes ao Butantan para que não fossemos pegos desprevenidos. Acabou se criando uma situação, um conflito desnecessário.”

Torres, por sua vez, afirmou que a nota para a imprensa foi publicada 40 minutos depois que o comunicado foi enviado ao Butantan. Disse ainda que a decisão da suspensão foi tomada por um comitê interno de 18 especialistas, sendo que 80% teriam mais de 15 anos de casa.

O senador Confúcio Moura (MDB-RO), presidente da comissão, solicitou que toda a comunicação entre Anvisa e Butantan seja enviada ao colegiado.

Uso político da vacina

Vários parlamentares condenaram a atitude do presidente Jair Bolsonaro, que, segundo eles, politizou o tema ao dizer em rede social que a vacina desenvolvida pelo Butantan poderia causar “morte, anomalia e invalidez”. E argumentaram que a vacina é, sim, uma questão urgente e que não pode ser colocada em dúvida dessa maneira, pois já existiria uma campanha mundial de descrédito contra os programas de vacinação em geral.

Um internauta que acompanhou a audiência perguntou se os participantes teriam coragem de tomar a vacina. O deputado General Peternelli (PSL-SP) fez questão de responder: “Eu tenho plena convicção e confiança de tomar uma vacina que o Butantan e a Anvisa chancelarem.”

Coronavac

Covas lembrou que o Butantan é o maior fornecedor de vacinas e soros do País e tem o Ministério da Saúde como seu único cliente. Ele explicou que o acordo com a Sinovac, o laboratório chinês que produz a Coronavac, é anterior à pandemia. Os chineses, conforme ele, foram rápidos na vacina porque já tinham um imunizante contra outro coronavírus e só tiveram que adaptar. Ele declarou também que a Coronavac é a que tem o perfil mais seguro de todas as que estão em análise.

O diretor do Butantan informou que ainda aguarda a decisão do Ministério da Saúde sobre a compra da Coronavac, mas reafirmou que ofereceu 100 milhões de doses à pasta até maio de 2021 após o início da produção nacional. A vacina terá que ser administrada em dose dupla. Por conta disso e considerando uma eficácia de 50% para a vacina chinesa, Covas explicou que serão necessárias 360 milhões de doses para vacinar 80% da população. Daí a importância de ter mais de um tipo de vacina aprovada.

Torres informou na reunião que os técnicos da Anvisa já viajaram para a China e para o Reino Unido, a fim de certificar os laboratórios Sinovac e AstraZeneca sobre a produção das vacinas que forem aprovadas. E lembrou que a agência também analisa imunizantes dos laboratórios Janssen e Pfizer.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) adiantou que deve votar contra a indicação do tenente-coronel da reserva Jorge Luiz Kormann para a diretoria da Anvisa feita pelo presidente Bolsonaro. Rodrigues disse que, nas redes sociais, o indicado tem se manifestado contra a vacina Coronavac sem base em fatos científicos.

Da: Agência Câmara de Notícias

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, nesta quarta-feira (11), ter autorizado a retomada do estudo clínico no Brasil da vacina Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac. O órgão havia suspendido os testes na segunda-feira (9) após o registro de um "evento adverso grave" com um voluntário. Posteriormente, foi confirmado se tratar de uma morte por suicídio que, segundo o Governo de São Paulo e o Instituto Butantan, não tem qualquer relação com a vacina.

De acordo com a Anvisa, a decisão de suspensão foi tomada por quatro motivos: gravidade do evento; precariedade dos dados enviados pelo Butantan naquele momento; necessidade de proteção dos voluntários da pesquisa; e ausência de parecer do Comitê Independente de Monitoramento de Segurança.

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"Após avaliar os novos dados apresentados pelo patrocinador depois da suspensão do estudo, a ANVISA entende que tem subsídios suficientes para permitir a retomada da vacinação e segue acompanhando a investigação do desfecho do caso para que seja definida a possível relação de causalidade entre o EAG [evento adverso grave] inesperado e a vacina", disse a Anvisa em comunicado. 

No mesmo texto, a entidade destaca que suspensão não significa necessariamente que o produto não tenha qualidade, segurança ou eficácia. "A suspensão e retomada de estudos clínicos são eventos comuns em pesquisa clínica e todos os estudos destinados a registro de medicamentos que estão autorizados no país são avaliados previamente pela ANVISA com o objetivo de preservar a segurança para os voluntários do estudo", acrescenta.

A comissão mista que acompanha as medidas relacionadas ao coronavírus tem reunião remota marcada para esta quarta-feira (11), às 10h, para votação de requerimentos. Constam da pauta três requerimentos que convidam o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, para prestar esclarecimentos sobre a suspensão dos estudos clínicos da vacina conhecida como CoronaVac. Os autores são os senadores Rogério Carvalho (SE), líder do PT, Confúcio Moura (MDB-RO), presidente da comissão Covid-19, e Randolfe Rodrigues, líder da Rede pelo Amapá. 

Os requerimentos de Randolfe e Confúcio Moura convidam também Dimas Tadeu Covas, diretor do Instituto Butantan, que participa dos testes da vacina e tem parceria para a futura produção da Coronavac.

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Convite para que o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone da Nóbrega, é o primeiro item da pauta. A comissão quer que ele preste esclarecimentos sobre o apagão no estado do Amapá. De autoria de Randolfe, o requerimento determina que o diretor-geral da Aneel dê informações sobre as causas da pane no sistema elétrico, a falha no sistema de reserva e as providências tomadas para o restabelecimento da normalidade do fornecimento de eletricidade no estado.

*Da Agência Senado

Após a morte de um voluntário que participava dos testes da vacina Coronavac e a suspensão dos procedimentos, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, afirmou que suspensão foi "técnica".

A declaração da Anvisa aconteceu na tarde desta terça-feira (10), em coletiva de imprensa. A informação de que a morte do voluntário que participava dos estudos da Coronavac teria sido um suicídio foi dada pelos veículos de comunicação do país. 

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Alessandra Bastos, diretora da Anvisa, disse na coletiva que, quando tomaram a decisão de suspender os estudos clínicos da vacina, a informação que tinham era de efeito adverso grave não esperado, sendo essa uma motivação para a suspensão dos estudos. 

Antônio Barra Torres ainda informou que a decisão de suspender os testes da Coronavac foi baseada no fato de que as informações repassadas pelo Instituto Butantan, que desenvolve a vacina junto com a farmacêutica chinesa Sinovac, eram "insuficientes" e "incompletas".

O diretor-presidente da Anvisa salientou que a suspensão continua mantida até que todas as informações sejam prestadas. Além disso, os testes só serão retomados após uma análise do caso por um comitê internacional independente.

Manutenção da suspensão

Integrantes do governo paulista afirmam que não há motivos técnicos para a manutenção da suspensão dos testes, uma vez que, na manhã desta terça-feira (10), foram enviados relatórios policiais e médicos sobre o episódio. 

A Folha de São Paulo aponta que essas informações repassadas ao órgão descarta a relação entre o suicídio e a vacina. Os membros da administração paulista afirmam que não faz sentido a suspensão ter sido anunciada 38 minutos depois do envio do e-mail sobre o tema.

Segundo o jornal, eles sugerem que a intenção de suspender a vacina é para desgastar politicamente o governador de São Paulo, João Dória (PSDB). O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), inclusive, usou as suas redes sociais para cantar vitória na disputa política que trava com Dória e publicou: "mais uma que Jair Bolsonaro ganha".

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou na noite de segunda-feira a suspensão dos testes clínicos da vacina CoronaVac, desenvolvida entre a farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan, após um "evento adverso grave" envolvendo um voluntário.

A Anvisa informou em sua página na internet que, "após a ocorrência de um evento adverso grave, determinou a interrupção do estudo clínico da vacina CoronaVac". O evento ocorreu em 29 de outubro.

À espera de mais informações sobre o incidente, o laboratório chinês Sinovac Biotech se declarou nesta terça-feira "confiante" na segurança de sua vacina.

"Estamos confiantes na segurança da vacina", afirmou a Sinovac em um comunicado, no qual destaca que o incidente em questão não tinha "relação" com a vacina.

O órgão regulador informou que não poderia dar detalhes sobre o ocorrido por causa de regulamentos referentes à privacidade, mas revelou que os incidentes adversos graves incluem óbito, efeitos colaterais potencialmente fatais, incapacidade ou invalidez persistente ou significativa, internação hospitalar, anomalia congênita e "evento clinicamente significante".

O Instituto Butantan mostrou-se surpreso com a decisão e assinalou que está "apurando em detalhes o que houve", e que está "à disposição da agência reguladora brasileira para prestar todos os esclarecimentos necessários referentes a qualquer evento adverso que os estudos clínicos podem ter apresentado até momento".

Uma entrevista coletiva sobre a questão está programada para a manhã desta terça-feira.

A CoronaVac tem sido o centro de uma batalha política no país entre um de seus maiores defensores, o governador de São Paulo, João Dória, e seu principal rival político, o presidente Jair Bolsonaro.

O governo de São Paulo lamentou em comunicado "ter sido informado pela imprensa, e não diretamente pela Anvisa", e informou que aguarda, juntamente com o Instituto Butantan, mais informações sobre "os reais motivos que determinaram a paralisação".

O presidente já mencionou o produto da Sinovac como a vacina "daquele outro país" e promoveu a que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford com a farmacêutica britânica AstraZeneca.

No mês passado, Bolsonaro cancelou um acordo de compra de 46 milhões de doses da vacina chinesa que havia sido anunciado por seu próprio ministro da Saúde.

"O povo brasileiro não será cobaia de ninguém", disse Bolsonaro, que se referiu ao projeto como "a vacina chinesa de João Dória".

Horas antes do anúncio da suspensão dos testes, Dória anunciou que as primeiras 120.000 doses da CoronaVac chegariam a São Paulo em 20 de novembro.

O estado tem um acordo com a Sinovac para adquirir 46 milhões de doses, seis milhões produzidas na China e o restante em São Paulo.

O contratempo para a CoronaVac foi anunciado no mesmo dia em que a gigante farmacêutica americana Pfizer divulgou que sua vacina contra o novo coronavírus alcançou 90% de eficácia.

As vacinas da Pfizer e Sinovac estão na fase 3 dos testes, a última antes de obter ou não a aprovação das autoridades reguladoras.

As duas estão sendo testadas no Brasil, o país com o segundo maior número de mortos por covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, com mais de 162.000 vítimas fatais.

O Instituto Butantan anuncia nesta segunda-feira (9) o início das obras de reforma da fábrica que será responsável pela produção da Coronavac, vacina contra Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com a instituição paulista. O anúncio será feito pelo governador João Doria no próprio instituto. A obra tem conclusão prevista para o final de 2021. Quando estiver pronta, a estrutura será capaz de produzir até 100 milhões de doses da vacina por ano.

A produção 100% local, portanto, só será possível a partir de 2022 e depende ainda do processo de transferência de tecnologia da Sinovac para o Butantan. Até lá, o instituto receberá doses prontas da China ou matéria-prima para que a produção seja apenas finalizada no Brasil.

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Segundo Dimas Covas, diretor do Butantan, a fase da produção que será feita no Brasil engloba a formulação do produto, envase e rotulagem. Como o Butantan é produtor de outras vacinas, essas etapas podem ser feitas em outras fábricas do instituto já em funcionamento. "Nós temos duas linhas de produção de formulação e envase com capacidade para 1 milhão de doses por dia", disse ele ao Estadão.

Passará por esse processo a matéria-prima que o Butantan deverá receber da China nas próximas semanas para a produção de 40 milhões de doses. Outros 6 milhões de doses chegarão já prontas do país asiático.

Covas explica que o processo completo de produção da vacina não é tão simples quanto a fase final. Ele envolve cultivo do vírus em células e posterior inativação do patógeno para ser usado no produto (a presença do vírus na vacina, ainda que morto, é o que leva ao desenvolvimento de anticorpos). "O ciclo completo de produção leva cinco meses", explica.

O Butantan recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar os produtos e insumos em outubro e agora aguarda trâmites das autoridades chinesas para que a encomenda seja enviada.

A produção em massa da Coronavac e vacinação da população, porém, ainda dependem do resultado final dos estudos clínicos do imunizante. O produto está na fase 3 de testes, na qual será verificado se ela tem, de fato, eficácia para proteger contra a doença. Os resultados são previstos pelo governo para o fim deste ano.

O governo de São Paulo já afirmou que a reforma da fábrica do Butantan custará cerca de R$ 160 milhões. A maior parte dos recursos virá de doações privadas. Embora em um primeiro momento ela deva ser dedicada totalmente para a produção da Coronavac, ela poderá ser usada para a produção de outros imunizantes também.

A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permitiu que o Instituto Butantan compre 6 milhões de doses da Coronavac, vacina preventiva à Covid-19 desenvolvida na China. A decisão ainda não significa que o produto poderá ser utilizado no Brasil. Para isso, a Agência ainda precisará registrar a vacina.

Na última quinta (22), o Butantan havia se manifestado sobre a Coronavac, colocando que a demora da Anvisa em liberar as importações prejudicaria a distribuição da vacina. No dia 18 de setembro, o instituto já havia solicitado uma autorização excepcional para importação imediata da matéria-prima da preparação biológica.

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A decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a rejeição da Coronavac no plano de vacinação nacional tornou-se o assunto da política nas redes sociais. Políticos como Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL) e Fernando Haddad (PT) manifestaram-se, em oposição ao posicionamento do presidente.

Na manhã desta quarta-feira (21), através do Twitter, Bolsonaro negou a compra das 46 milhões de doses da vacina Coronavac, produzida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo. Mais tarde, o secretário-executivo da pasta confirmou que o governo não comprará as “vacinas chinesas”.

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A ação desautoriza o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que anunciou o acordo para a aquisição do imunizante nessa terça (20).

No Twitter, Haddad disse que “Bolsonaro desautorizou a única atitude sensata do ignorante que nomeou para ministro da saúde”.

Ciro Gomes (PDT), chamou a atitude de “irresponsabilidade criminosa”. E completou: “Politicagem rasteira com a única solução para a maior crise de saúde e econômica da nossa história: a vacinação”.

Boulos, candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, manifestou-se em oposição mais uma vez, também classificando a atitude do presidente como criminosa e irresponsável. “Bolsonaro cancelar a compra de uma vacina é um crime contra as famílias que perderam 154 mil brasileiros por covid e 200 milhões de pessoas que não aguentam mais a pandemia”, disse.

Já o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse que Bolsonaro só pensa em palanque e guerra. “Será que ele não quer jogar War ou videogame com Trump? Enquanto jogasse, ele não atrapalharia os que querem tratar com seriedade os problemas da população”, disparou.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou as redes sociais, nesta quarta-feira (21), para desautorizar o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e negar que o governo comprará 46 milhões de doses da Coronavac, vacina chinesa que está sendo produzida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo. O acordo para a aquisição do imunizante foi anunciado pelo ministro nessa terça (20). 

Bolsonaro falou sobre o assunto ao responder um comentário em publicação no Facebook. "Presidente, a China é uma ditadura, não compre essa vacina, por favor. Eu só tenho 17 anos e quero ter um futuro, mas sem interferência da Ditadura chinesa", escreveu um internauta. "NÃO SERÁ COMPRADA", respondeu o presidente em letras garrafais.

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Um outro seguidor de Bolsonaro acusou o ministro da Saúde de traição. "Meu presidente, o seu ministro nos traio (sic) com acordo de compra da vacina. Mim (sic) sinto envergonhado! O senhor se enganou mas (sic) uma vez", disse. E Bolsonaro, por sua vez, respondeu: "Qualquer coisa publicada, sem qualquer comprovação, vira TRAIÇÃO".

Uma terceira pessoa, pede a exoneração de Pazuello, por conta do anúncio, e o presidente reforça: "Tudo será esclarecido ainda hoje. NÃO COMPRAREMOS A VACINA DA CHINA".

O Instituto Butantan está realizando testes de Covid-19 em formato drive thru no estacionamento do Shopping D, na região da Armênia, zona norte de São Paulo. O acesso em carros de passeio pode ser feito pela Avenida Cruzeiro do Sul 1.100.

O atendimento é limitado a 500 testes por dia. Os interessados devem comparecer ao local das 8h às 17h.  A ação vai até o próximo sábado (10).

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Os testes são do tipo RT-PCR, que coleta material do nariz e da garganta e identifica se a pessoa está infectada com o vírus. A iniciativa é voltada para pessoas assintomáticas. Os resultados serão enviados por e-mail.

A vacina Coronavac, desenvolvida pela China em parceria com o Instituto Butantan, se mostrou eficaz e segura. A constatação é de estudo publicado nessa segunda (10) pela farmacêutica chinesa Sinovac Life Science. O estudo analisou o comportamento de 600 voluntários vacinados na China durante a fase 2 dos testes clínicos.

Cada voluntário recebeu 2 doses, sendo metade a vacina propriamente dita e a outra metade placebo. De acordo com o que foi identificado nos estudos, não existe nenhuma preocupação com relação a segurança da vacina utilizada nos voluntários. Dentre as principais reações está leve dor no local da aplicação. 

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Segundo o Butantan, a vacina desenvolvida pela Sinovac Life Science é uma das mais promissoras do mundo porque utiliza tecnologia já conhecida e amplamente aplicada em outras vacinas. O Instituto Butantan avalia que sua incorporação ao sistema de saúde deva ocorrer mais facilmente. 

O laboratório asiático já realizou testes em cerca de mil voluntários na China, nas fases 1 e 2. Antes, o modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra o coronavírus.

A farmacêutica forneceu ao Butantan as doses da vacina para a realização de testes clínicos de fase 3 em voluntários no Brasil, com o objetivo de demonstrar sua eficácia e segurança.

Caso a vacina seja aprovada será realizada a transferência de tecnologia para produção em escala e fornecimento gratuito pelo SUS. Os passos seguintes serão o registro do imunizante pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e distribuição em todo o Brasil.

Com informações da assessoria

Em cinco dias, a plataforma de triagem para testes clínicos da vacina chinesa contra a Covid-19 registrou quase 1 milhão de candidatos no Brasil. A aplicação, que será conduzida pelo Instituto Butantan, começa na próxima segunda-feira (20). As inscrições de voluntários continuam. 

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, em entrevista à Revista Época, informou que espera concluir a aplicação até setembro. Até a data, espera-se vacinar 9 mil pessoas. 

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Após essa etapa, haverá o acompanhamento dos voluntários, avaliando periodicamente o resultado da imunização. "E, no início do próximo ano, a vacina começaria a ser distribuída", avaliou Covas na entrevista.

Para o diretor do Butantan, o número elevado de candidatos indica que a Covid-19 é percebida como grave pela população e que a solução é a vacina. "Enquanto não houver vacina, ainda vamos conviver com essa pandemia", disse.

A expectativa é que, caso a eficácia da vacina seja comprovada, o Brasil produza até 100 milhões de doses. Enquanto não houver produção local, o Butantan vai receber a vacina a granel da empresa chinesa Sinovac para ser formulada e envasada no país.

Pesquisadores do Instituto Butantan, na capital paulista, estão utilizando técnicas inovadoras de biotecnologia para desenvolver uma vacina alternativa contra a covid-19. O instituto espera que a nova abordagem sirva como uma espécie de plano B, caso as vacinas feitas pelo modelo tradicional, já em teste em alguns países, não tenham resultado satisfatório.

Segundo o Butantan, a vacina que o instituto está desenvolvendo utiliza um mecanismo usado por algumas bactérias para enganar o sistema imunológico humano: elas produzem pequenas bolhas, ou vesículas, feitas com material de suas membranas para atrapalhar as células de defesa. Dessa forma, o sistema imunológico passa a atacar também as bolhas, diminuindo a agressão contra as bactérias.

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Os pesquisadores do instituto pensam em fazer o mesmo, fabricando essas bolhas em laboratório, mas, em vez de usar a membrana das bactérias, vão acoplar nas vesículas proteínas de superfície do novo coronavírus. Assim, em contato com o sistema de defesa, as bolhas criariam uma memória imunológica no organismo, estimulando a produção de anticorpos específicos contra o coronavírus.

De acordo com o Butantan, as vesículas são muito imunogênicas, ou seja, têm alta capacidade de estimular a resposta imune ao entrar em contato com o organismo. Segundo o instituto, estudos recentes mostram que elas têm grande capacidade de ativar células de defesa do organismo.

“No mundo todo, e aqui no Brasil também, estão sendo testadas diferentes técnicas. Muitas delas têm como base o que já estava sendo desenvolvido para outros vírus, como o que causou o surto de Sars [síndrome respiratória aguda grave] em 2001. Esperamos que funcionem, mas o fato é que ninguém sabe se vão realmente proteger. Neste momento de pandemia, não é demais tentar estratégias diferentes. A nossa abordagem vai demorar mais para sair, mas, se aquelas que estão sendo testadas não funcionarem, já temos os planos B, C ou D”, destacou a pesquisadora Luciana Cezar Cerqueira Leite, do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas do Instituto Butantan.

A pesquisa está sendo apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

 

Chegaram nesta terça-feira no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), 726 mil testes para identificação do novo coronavírus. Os testes foram encomendados pelo Instituto Butantan e serão usados pelo governo de São Paulo no combate à doença. O material veio da Coreia do Sul.

Segundo a concessionária responsável pela administração do aeroporto, mais uma carga com 550 mil testes, também da Coreia do Sul, está sendo aguardada nos próximos dias.

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"O desembarque ocorreu de forma ágil e segura no Terminal de Carga de Viracopos. O aeroporto concentra seus esforços nesta ação conjunta para auxiliar o país a suprir equipamentos e medicamentos neste momento de grave crise", disse o presidente da concessionária, Gustavo Müssnich, em nota oficial.

No último sábado, a Polícia Civil prendeu 14 suspeitos de furtarem 15 mil kits de testes do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, e recuperou a carga. O grupo também levou 2 milhões de itens de equipamento de proteção individual.

Da Sputnik Brasil

Cientistas do Instituto Butantan, localizado na zona oeste de São Paulo, desenvolveram uma pomada contra a picada letal da aranha-marrom, que pode causar necrose na pele, falência renal e até a morte das vítimas. A eficácia do produto foi comprovada em testes realizados em células e em animais.

De acordo com a responsável pelo trabalho, a pesquisadora Denise Tambourgi, a pomada é feita à base de tetraciclina, substância que já é usada como antibiótico, no entanto, na pomada criada pelo Instituto Butantan ela é utilizada em uma concentração menor.

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Denise explica que após o veneno da aranha-marrom entrar na corrente sanguínea da vítima, o que leva à produção de proteases, enzimas quebram as ligações químicas de outras proteínas, causando a morte celular e a necrose. Segundo a cientista, são essas proteases que são inibidas pela pomada.

O produto ainda está em fase de testes clínicos, mas caso os resultados sejam os esperados pelo instituto, a pomada poderá chegar às farmácias, porém, não há prazo para isso. Além de que ela ainda precisa da liberação para uso em humanos e comercialização dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

O Museu Biológico do Butantan, em São Paulo, voltará a funcionar a partir do dia 27 de novembro. O museu estava fechado desde maio devido a reformas. Apesar da reforma, parte de seu acervo pode ser visitada temporariamente no Espaço Paiol (no próprio Butantan), até o próximo dia 25 de novembro.

O Museu Histórico tem como objetivo a pesquisa, preservação e divulgação das ciências e saúde, principalmente do Instituto Butantan. Além disso, o Museu Histórico realiza exposições temporárias em parceria com laboratórios do Instituto Butantan e outras instituições sobre temas relacionados à história da ciência e da saúde.

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Horário de funcionamento: terça a domingo, das 9h às 16h45

Para mais informações sobre o museu, entre em contato pelo e-mail: museuhistorico@butantan.gov.br ou pelo telefone (11) 2627-9525

A terceira fase de testes da vacina contra a dengue foi iniciada pela Fiocruz Pernambuco. Um recrutamento está sendo feito em forma de visita às casas no bairro do Engenho do Meio, Zona Oeste do Recife. Uma equipe formada por enfermeira e pesquisadora visa recrutar 1.200 pessoas para tomarem a vacina, produzida pelo Instituto Butantan. 

Esta etapa consiste em teste de vacinas em pessoas, visto que, antes de chegarem ao mercado, precisam ser testadas em humanos. Os participantes do projeto passam por exame físico e uma entrevista. Caso esteja em conformidade com as determinações – idade de dois a 59 anos, saudável, histórico ou não de dengue -, o voluntário é vacinado e acompanhado por cinco anos.

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Primeiro, pessoas com idade entre 18 e 59 anos serão vacinadas. O segundo grupo será de voluntários entre sete e 17 anos e o terceiro crianças entre dois e seis anos. Após a aplicação da vacina, os participantes ficarão recebendo acompanhamento de uma equipe de saúde a fim de verificar o tempo de imunização.

Grupos

De acordo com a Fiocruz, dos voluntários, dois terços receberão a vacina e o restante receberá dosagem de placebo. Esta substância possui a mesma característica da vacina, mas não possui efeito de proteção. Ao todo serão 17 mil voluntários do Amazonas, Roraima, Rondônia, São Paulo, Ceará, Sergipe, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. 

São necessários ainda três anos de testes para ficar pronta a vacina paulista contra a dengue. Produzida pelo Instituto Butantan, vinculado à Secretaria de Saúde do Estado, a vacina entrou na segunda fase de testes clínicos. O Estado de São Paulo está à beira de uma epidemia da doença, com 123,7 mil casos notificados e 35 mortes, conforme boletim divulgado ontem pelo Ministério da Saúde.

A previsão é de que a vacina possa ser usada para imunizar a população a partir de 2018. Até lá, terão se passado doze anos desde que as tratativas para o desenvolvimento da vacina começaram a ser feitas com o National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos. A demora na liberação para uso se deve ao tempo exigido para os testes, segundo o Butantan. São necessários cinco anos para avaliar o desempenho do imunizante no organismo humano. A resposta imunológica nos pacientes precisa ser avaliada anualmente. O desenvolvimento da vacina é tratado como prioridade pelos pesquisadores do instituto.

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Os testes estão sendo feitos em 113 voluntários que já receberam a vacina e outros 100 em processo de recrutamento, em parceria com a Universidade de São Paulo. Entre os recrutados desta fase, parte já teve contato com a doença. Na etapa inicial, a vacina foi testada em pessoas que não haviam sido infectadas e os resultados foram positivos, segundo a assessoria do Butantan.

Os resultados parciais da avaliação imunológica dos pacientes da segunda fase devem ser publicados nos próximos meses. Em seguida será iniciada a terceira fase, com voluntários de diversas faixas etárias e de várias regiões do País. Se os resultados demonstrarem que a vacina é segura e eficaz, será pedido o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Butantan fez parceria com o NIH para chegar à vacina contra a dengue em 2006. No Brasil, o acompanhamento dos voluntários é feito por profissionais da Faculdade de Medicina da USP no Hospital das Clínicas, na zona oeste de capital. A vacina é tetravalente, devendo ter ação contra os quatro tipos de vírus da dengue. Os trabalhos do Butantan usam como referência a vacina similar já desenvolvida pelos Estados Unidos há mais de dez anos. Segundo o instituto, os estudos americanos mostraram que a vacina é capaz de desenvolver anticorpos contra os quatro vírus com a aplicação de apenas uma dose. O Butantan já desenvolve vacinas contra outras doenças, como difteria, tétano, hepatite e influenza.

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