Tópicos | capacidade militar

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, prometeu neste domingo (6) fortalecer a capacidade naval e militar de seu país, e alertou para a "ameaça" representada por "atores emergentes que desobedecem às regras".

Kishida condenou a guerra em curso da Rússia na Ucrânia e denunciou os testes de mísseis da Coreia do Norte, um dos quais sobrevoou o Japão pela primeira vez desde 2017, provocando um raro alerta de evacuação.

"Devemos estar preparados para uma era em que atores emergentes desrespeitam as regras e usam força ou ameaças para destruir a paz e a segurança de outras nações", declarou Kishida ao passar em revista a frota internacional do Japão.

Tóquio elabora atualmente planos de segurança que podem exigir que os gastos com defesa do país dobrem em cinco anos.

A Constituição japonesa, pacifista, limita em princípio suas capacidades militares.

"Vamos acelerar discussões realistas sobre o que é necessário para defender nosso povo, com todas as opções na mesa", declarou.

"O reforço [da capacidade naval japonesa] não pode esperar", disse, mencionando "a construção de novos navios, o reforço da capacidade de defesa antimísseis e a melhoria das condições de trabalho" para os militares japoneses e "compensações" para esse setor.

Navios do Japão e de outros doze países, como Austrália, Índia e Estados Unidos, participaram do evento que aconteceu na Baía de Sagami, na região de Kanagawa, ao sul de Tóquio.

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