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O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, chegou à Ucrânia nesta terça-feira (21) e visitou a cidade mártir de Bucha, nas proximidades de Kiev, símbolo das atrocidades da ocupação russa.

Kishida viajou para Bucha de trem, logo após sua chegada a Kiev pelo mesmo meio de transporte.

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O primeiro-ministro japonês também tem uma reunião programada com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.

Kishida era o único líder do G7 que não havia viajado à capital da Ucrânia desde o início do conflito em fevereiro de 2022.

A Ucrânia celebrou a "visita histórica" de Kishida como um "gesto de solidariedade" do país asiático.

"Esta visita histórica é um gesto de solidariedade e de forte cooperação entre a Ucrânia e o Japão. Somos gratos ao Japão por seu sólido apoio e contribuição para nossa futura vitória", tuitou a primeira vice-ministra das Relações Exteriores, Emine Dzheppar.

A visita acontece no momento em que o presidente da China, Xi Jinping, está em Moscou e se reúne com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para abordar o conflito na Ucrânia.

O Japão anunciou em fevereiro uma oferta de ajuda de 5,5 bilhões de dólares à Ucrânia, depois de enviar assistência humanitária e emergência.

O governo japonês não ofereceu apoio militar até o momento porque a Constituição pacifista do país limita a ação de suas Forças Armadas a missões de defesa.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, prometeu neste domingo (6) fortalecer a capacidade naval e militar de seu país, e alertou para a "ameaça" representada por "atores emergentes que desobedecem às regras".

Kishida condenou a guerra em curso da Rússia na Ucrânia e denunciou os testes de mísseis da Coreia do Norte, um dos quais sobrevoou o Japão pela primeira vez desde 2017, provocando um raro alerta de evacuação.

"Devemos estar preparados para uma era em que atores emergentes desrespeitam as regras e usam força ou ameaças para destruir a paz e a segurança de outras nações", declarou Kishida ao passar em revista a frota internacional do Japão.

Tóquio elabora atualmente planos de segurança que podem exigir que os gastos com defesa do país dobrem em cinco anos.

A Constituição japonesa, pacifista, limita em princípio suas capacidades militares.

"Vamos acelerar discussões realistas sobre o que é necessário para defender nosso povo, com todas as opções na mesa", declarou.

"O reforço [da capacidade naval japonesa] não pode esperar", disse, mencionando "a construção de novos navios, o reforço da capacidade de defesa antimísseis e a melhoria das condições de trabalho" para os militares japoneses e "compensações" para esse setor.

Navios do Japão e de outros doze países, como Austrália, Índia e Estados Unidos, participaram do evento que aconteceu na Baía de Sagami, na região de Kanagawa, ao sul de Tóquio.

O primeiro-ministro japonês Fumio Kishida testou positivo para Covid-19 neste domingo (21) depois de apresentar sintomas leves, informou seu escritório em Tóquio.

Kishida realizou um teste de PCR "depois de sentir uma leve febre e tosse" desde a noite de sábado, disse à AFP um responsável pelo gabinete do chefe de governo japonês.

Kishida estava programado para viajar para a Tunísia na próxima semana para participar de uma conferência internacional que acontece a cada cinco anos desde 1993 sobre o desenvolvimento na África. Segundo a mídia japonesa, ele poderia participar por teleconferência.

O Japão registrou recorde de casos de covid-19 nos últimos dias, embora o número total de mortes pela doença seja bem menor do que em muitos outros países, com 36.780 óbitos. Kishida, 65 anos, que assumiu o cargo em outubro, recebeu sua quarta dose da vacina este mês.

O Parlamento do Japão confirmou nesta segunda-feira (4) o nome do moderado Fumio Kishida como primeiro-ministro do país e que anunciou um governo com veteranos e caras novas.

Kishida, de uma família política de Hiroshima, recebeu 311 votos na Câmara Baixa do Parlamento, contra 124 para o principal líder da oposição, Yukio Edano. O Senado escolheu o novo primeiro-ministro com 141 votos, contra 65 para Edano.

Sua eleição aconteceu depois que o primeiro-ministro Yoshihide Suga, que apresentou sua renúncia nesta segunda-feira, anunciou que não disputaria novamente o posto de líder do Partido Liberal Democrático (PLD) depois de passar apenas um ano no cargo.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, parabenizou Kishida na segunda-feira, dizendo que a "aliança histórica" continuará, pois é "a pedra angular da paz, segurança e prosperidade no Indo-Pacífico e no mundo".

A popularidade do governo de Suga caiu muito durante os meses de luta para conter as ondas de contágios da covid-19, incluindo um foco recorde durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, em julho.

Kishida declarou nesta segunda-feira sua "determinação e resolução firme" para enfrentar os muitos desafios que o esperam.

Entre as missões figuram tentar conduzir a economia no período pós-pandemia e lidar coma as ameaças militares da Coreia do Norte e China.

Também vai liderar o PLD nas eleições gerais, previstas para novembro, embora parte da imprensa tenha informado que Kishida deseja convocar a votação para 31 de outubro.

O partido do governo e seus sócios na coalizão devem manter o poder nas eleições, mas podem perder algumas cadeiras no Parlamento devido ao descontentamento geral com a resposta do governo à crise sanitária.

Em uma coletiva de imprensa noturna, Kishida disse que a luta contra a pandemia continuará sendo a “primeira prioridade” e, declarando-se “o novo apóstolo do capitalismo”, prometeu medidas para estimular o crescimento e melhor distribuir as riquezas.

- Três ministras -

O novo governo, com 21 membros, incluindo Kishida - e média de idade de 61,8 anos -, representa uma certa continuidade com o gabinete de Suga, sob a influência das duas grandes correntes do PLD: a liderada pelo ex-primeiro-ministro Shinzo Abe e a do ex-ministro das Finanças Taro Aso.

O apoio dos deputados destas duas alas foi decisivo para a vitória de Kishida nas eleições internas do partido na semana passada.

O novo ministro das Finanças, Shunichi Suzuki, é cunhado de Taro Aso e integra sua ala dentro do PLD.

O chefe da diplomacia nipônica, Toshimitsu Motegi, conservou a pasta, assim como Nobuo Kishi no ministério da Defesa. Kishi é o irmão mais novo de Shinzo Abe.

Hirokazu Matsuno, ex-ministro e membro da ala de Abe, foi nomeado para o cargo crucial de secretário-geral do governo.

O gabinete também tem novas caras e inclui a criação de uma nova pasta, o ministério da Segurança Econômica, um reflexo da preocupação das autoridades japonesas com a concorrência tecnológica chinesa.

Apenas três mulheres entraram para o governo, incluindo Seiko Noda, que ficou em quarto lugar nas eleições internas do PLD. Ela vai comandar a luta contra a baixa natalidade e as desigualdades entre homens e mulheres.

"O governo de Kishida busca um equilíbrio entre as grandes facções e gerações no PLD, e isto reflete a vontade de Kishida de não fazer inimigos", afirmou Junichi Makino, economista da SBMC Nikko Securities.

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