Tópicos | Carlos Saura

O cineasta Carlos Saura, considerado uma das grandes figuras da sétima arte espanhola, com mais de 50 filmes, morreu nesta sexta-feira (10) aos 91 anos, anunciou a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas da Espanha.

Saura "morreu hoje, em sua casa, aos 91 anos, cercado por seus familiares queridos", escreveu a Academia no Twitter, onde o descreveu como "um dos cineastas fundamentais da história do cinema espanhol".

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Nascido em 4 de janeiro de 1932, em Huesca, na comunidade autônoma de Aragão, em uma família de artistas, Saura demonstrou uma "atividade incansável" e um "amor pelo ofício até o último momento", disse a Academia.

Seu último filme, "Las paredes hablan" (2022), havia estreado na Espanha na sexta-feira passada.

O diretor faleceu um dia antes de receber o Prêmio Goya pelo conjunto de sua obra na cerimônia de premiação do cinema espanhol que será realizada no sábado (11), em Sevilha.

"Carlos Saura, cineasta, fotógrafo, cenógrafo, artista completo, se foi. Prêmio Nacional de Cinematografia em 1980, sua carreira recebeu todos os prêmios imagináveis, e, sobretudo, o amor, o carinho e o reconhecimento de todas e todos que apreciam seus filmes", disse o ministro da Cultura, Miquel Iceta, no Twitter.

Citado como um dos maiores do cinema espanhol, ao lado de Luis Buñuel e Pedro Almodóvar, Saura dirigiu 50 filmes ao longo de uma carreira de cinco décadas, na qual recebeu inúmeros prêmios.

Abordou inicialmente a perspectiva dos males da sociedade e seus perdedores, para então, a partir da década de 1980, produzir, principalmente, longas-metragens musicais, como sua célebre trilogia flamenca "Bodas de sangue" (1981), "Carmen" (1983), e "Amor Bruxo" (1986), ao lado do dançarino Antonio Gades.

Em 1975, lança o que muitos críticos chamam de uma de suas obras-primas, "Cría Cuervos", prêmio do júri em Cannes, uma alegoria da ditadura que sufocou seu país até aquele ano.

O Cineforum do Instituto Cervantes exibe neste sábado (23) o musical Amor Bruxo (Amor Brujo – 1986), às 16h. O longa, que é baseado na música de Manuel de Falla, narra a história do casal Candela e José que foram prometidos pelos seus pais desde crianças. Após a projeção, acontece um debate mediado pela professora do Instituto, Valéria Rocha.

Dirigido por Carlos Saura, o musical desenha as tradições ciganas que tanto marcaram a cultura espanhola. O evento é gratuito e as vagas são limitadas. 

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Serviço

Cineforum Amor Bruxo (El amor Brujo, 1986)

Sábado (23), às 16h

Instituto Cervantes do Recife (Av. Agamenon Magalhães, 4535 - Derby)

(81) 3334 0450

Gratuito

Fascismo e a intolerância são os temas abordados por Carlos Saura em Taxi, filme que participa do Cineforum deste sábado (20), no Instituo Cervantes de Recife. Depois da sessão, o professor e jornalista espanhol José Antonio Amarilla media um debate sobre a produção.

Taxi conta a história de uma jovem, que é forçada a virar taxista pelo pai, um homem racista que é responsável por eliminar negros, travestis, imigrantes, homossexuais e usuários de drogas. Ela acaba se apaixonando por um amigo de infância que reencontra e se surpreende ao saber que ele também faz parte do grupo fascista do pai.

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Confira o trailer:



Serviço

Cineforum do Instituto Cervantes -Taxi

Sábado (20), 16h

Instituto Cervantes de Recife (Avenida Agamenon Magalhães, 4535 – Derby)

Informações: (81) 3334-0450

Gratuito

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