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Na véspera do Dia da Consciência Negra, celebrado no próximo sábado (20), a Fundação Joaquim Nabuco firma uma parceria com a Casa Xambá para a realização de uma série de atividades que leva à frente as tradições ancestrais de um dos territórios mais longevos e resistentes da cultura afro-brasileira. A expectativa é de que as primeiras oficinas comecem a ser realizadas ainda neste ano, recebendo 250 participantes cada. O protocolo de intenções será assinado na sexta-feira (19), às 15h, na Sala Gilberto Freyre, campus Casa Forte da Fundaj.

“Temos orgulho em firmar essa parceria importante em uma data tão significativa, reforçando o comprometimento de nossa instituição com a perpetuação dos saberes e fazeres do povo brasileiro em suas mais diversas pluralidades. São ações que abrem ainda mais as portas da Fundação para a cidade, ajudando também portas de outras organizações importantes, como a Casa Xambá, a se abrirem também”, ressalta o presidente da Fundaj, Antônio Campos.  

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A assinatura da parceria contará com a presença de Pai Ivo e Tia Rosinha de Xambá, Antônio Campos, o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundaj (Dimeca), Mario Helio, a coordenadora-geral do Museu do Homem do Nordeste (muhne), Fernanda Guimarães, e a coordenadora de Ações Educativas e Comunitárias do Muhne, Edna Silva,  além de outros integrantes da Casa Xambá.  Inicialmente, serão realizadas duas oficinas: de percussão e de comidas de terreiro.

Na primeira, os participantes aprenderão desde os primeiros passos de afinação e conhecimento das particularidades de cada atabaque até ensinamentos de toques para sete orixás diferentes e aprendizados do toque de alfaia do coco de Xambá. Já na oficina gastronômica, serão ensinados a preparação de pratos importantes para a vivência do terreiro, como o acarajé, a galinha no arroz de dendê e o omulucum. As atividades estão previstas para receberem participantes a partir dos 14 anos de idade.

“São atividades importantes tanto como profissionalização, como também sendo uma forma de perpetuar nossa cultura. O terreiro é uma associação de aglutinação e empoderamento nesse sentido. É uma forma de manter nossas tradições vivas e fortes, além de socializarmos nossos conhecimentos e ajudar as pessoas no mercado de trabalho”, afirma Pai Ivo, reafirmando o caráter de diálogo e trocas das iniciativas propostas.

*Via Assessoria de Imprensa. 

O Estado de Pernambuco conta com seis novos Patrimônios Vivos: Gonzaga de Garanhuns (reisado), Mestre Zé de Bibi (cavalo marinho), Cavalo Marinho Estrela de Ouro (cavalo marinho), Cristina Andrade (ciranda, pastoril, urso), Banda Musical Saboeira (banda filarmônica) e Casa de Xambá (organização religiosa). A eleição dos mestres e dos grupos foi nesta quarta-feira (18), na sede do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC), e, com os novos eleitos, o Estado totaliza 57 titulados.

"A eleição dos seis novos Patrimônios Vivos foi uma escolha muito difícil, uma vez que todos os 59 candidatos inscritos tinham condições e merecem o reconhecimento de Patrimônio Vivo do Estado, mas precisávamos, enquanto membros do CEPPC, preservar algumas tradições que ainda não haviam sido reconhecidas. Então, o fato de termos escolhido um cavalo marinho, um mestre de reisado, uma banda filarmônica como a Saboeira, que é uma das mais antigas em atuação do Estado, e um terreiro tão expressivo como o Xambá, mostra nossa intenção em salvaguardar e transmitir os saberes e expressões da cultura de nosso Estado, que é tão rico culturalmente", comentou presidente do CEPPC, Márcia Souto.

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Já o vice-presidente do CEPPC, Aramis Macêdo, destacou que a decisão dos conselheiros priorizou a “diversidade cultural, que é uma das ‘marcas’ da qual Pernambuco mais se orgulha, entendendo que ela deve ser fomentada como um importante vetor para a construção de uma política cultural verdadeiramente comprometida com a nossa pluralidade”.

Pleito

A eleição dos Patrimônios Vivos é composta por várias etapas. Após o período de inscrição, os candidatos passam pela fase de análise documental, gerida pela Unidade de Patrimônio Imaterial da Fundarpe. Uma vez habilitados, os nome dos inscritos seguem para a Comissão de Análise, que analisa se as candidaturas cumprem os critérios estabelecidos na Lei 12.196/2002 (Registro do Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco), como relevância cultural e transmissão de saberes.

Nesta edição, 59 mestres e mestras da cultura pernambucana defenderam suas candidaturas em uma série de audiências públicas promovidas pelo CEPPC (órgão responsável pela outorga do título), no antigo Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco. A titulação será entregue no próximo dia 17 de agosto -Dia Nacional do Patrimônio Histórico-,  durante a 11ª Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco.

*Com informações da Assessoria

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