“Nós estamos mais fortes ainda. Quarta-feira estaremos com mais amigos, mais familiares e a luta continua. Continuamos fortes, clamando por Justiça”, foi o que disse Maria Evane de Azevedo Pereira, mãe de Artur Eugênio, após o adiamento do julgamento dos acusados da morte do seu filho para a próxima quarta-feira (21).
Marcado para começar às 9h, o julgamento foi adiado por volta das 11h40. Em cima da hora, a defesa do réu Cláudio Amaro Gomes Júnior informou que o advogado Luiz Miguel dos Santos não poderia comparecer por motivos de saúde, com dor articular. O acusado possuía mais dois advogados assistentes, que curiosamente foram destituídos da função no mesmo momento.
##RECOMENDA##Para que algo parecido não volte a acontecer, o Ministério Público já está tomando medidas. “A Defensoria Pública designará um defensor para estar à parte do caso. Se o advogado não estiver presente na próxima quarta-feira, esse júri acontecerá patrocinado pela Defensoria Pública de Pernambuco”, informou a promotora Dalva Cabral.
O advogado da família e assistente da promotoria, Daniel Lima, classificou o adiamento como uma falta de respeito. “Existe a previsão legal de que o advogado que está doente não pode comparecer. Isso é normal. O problema é que existiam mais dois advogados, que foram destituídos. Enquanto advogado, eu sinto pela falta de respeito com os demais advogados de Cláudio Júnior, sinto pelos advogados do Lyferson, e isso só mostra a falta de respeito com toda a sociedade”, ele criticou.
Ansiosa por Justiça, a família vai ter que aguardar mais tempo decisão. O pai de Artur, Alvino Luiz Pereira, endossou o pensamento da companheira e acredita que haverá ainda mais apoio da próxima vez. “É mais uma semana que nós temos para nos fortificarmos, para que muitos amigos que não puderam comparecer venham na próxima semana. Hoje veio um ônibus, próxima quarta vão vir dois”.
Confira no vídeo o depoimento da família, da defesa do acusado Cláudio Júnior e da acusação após o adiamento do júri.
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