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Para a promotoria não há dúvidas da intencionalidade criminosa dos réus do caso da privada. Durante a fala da acusação, no julgamento que ocorre nesta quarta-feira (2), os promotores destacaram os depoimentos que os réus deram em outras oportunidades, em que alegam a intenção de atingir a torcida adversária com os objetos.
##RECOMENDA##Todos os três acusados, Luiz Cabral de Araújo Neto, Waldir Pessoa Firmo Júnior e Everton Filipe Santiago Santana, confessaram a participação no episódio. Enquanto Luiz e Everton teriam arrancado as privadas a chutes, Waldir e Luiz teriam feito o arremesso. O advogado de Everton, Adelson José da Silva, quer pedir a absolvição do cliente, visto que ele não jogou o vaso. “Ele ajudou a arrancar os vasos sanitários e ajudou a carregá-los por cerca de 100 metros até o trecho onde sabiam que estaria passando a torcida adversária”, diz o promotor Roberto Brayner, contestando a tese de Adelson.
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Tanto a defesa de Luiz Cabral quanto a de Waldir já comentaram que vão defender a culpa consciente, que é quando há a previsibilidade da tragédia, mas os sujeitos não acreditariam que ela ocorreria. “A defesa fala em dolo eventual. Isso é quando a gente não quer o resultado, mas assume o risco. Ou seja, se os suspeitos tivessem visto que não passava ninguém na calçada e então arremessado o vaso. Mas há dolo direto. Eles sabiam da existência de pessoas embaixo”, aponta Brayner.
Os réus respondem por homicídio consumado do torcedor do Sport Paulo Ricardo Gomes da Silva, e três tentativas de homicídio duplamente qualificado das outras três pessoas atingidas pelos destroços de um dos objetos. As qualificações são por motivo fútil e por impossibilidade de defesa.