Tópicos | Caso Mirabilândia

A professora Dávine Muniz, de 34 anos, vítima de um acidente em um brinquedo do parque de diversões Mirabilândia, em Olinda, no Grande Recife, foi transferida para um novo hospital nesta quinta-feira (11). Agora, o plano de tratamento dela seguirá em uma unidade de saúde particular na Ilha do Leite, no Recife, por conta do próprio plano de saúde. Dávine, que segue em estado gravíssimo e internada em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), corre risco iminente de óbito e não responde mais a nenhum estímulo, segundo informações da família no local. 

Atualmente, a casa de Dávine está sob reforma para obter as adaptações necessárias de um home care de alta complexidade. De acordo com Ricardo Lima, primo da vítima, a previsão é de que a transferência para o cuidado domiciliar ocorra entre 45 e 60 dias. 

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“Nós tínhamos programado, há mais ou menos um mês, o processo de desospitalização da Dávine. Esse processo requer tudo o que ela precisava ter feito, que são as cirurgias e procedimentos invasivos, já feitas no Hospital São Marcos. A partir daí, ela vai dar continuidade ao plano de tratamento clínico dela. Essa parte clínica será feita aqui, no hospital de transferência, e ela vai ficar sob responsabilidade do plano de saúde dela”, informou o familiar. 

Perguntado sobre a relação da família com o Mirabilândia, Ricardo informou que não a família não está mais autorizada a citar o parque, pois um acordo foi feito entre as partes e a equipe jurídica de cada um dos envolvidos se responderá de forma equivalente. Ou seja, os advogados do parque e da família se comunicam entre si, e a família, a partir de agora, pode tratar publicamente apenas sobre o estado de saúde de Dávine. 

O primo da professora também informou que mais detalhes sobre o acordo serão divulgados pelo jurídico posteriormente. Segundo ele, a partir de agora, todos os custos são por conta da família. O plano de saúde de Dávine segue sendo pago pela empresa, ainda que a vítima não possa trabalhar. Sobre os custos de coparticipação do plano, Ricardo informou que também já estão garantidos, mas não pôde dar detalhes se o desconto da coparticipação será pago pelo Mirabilândia, como parte do acordo, ou também pela empresa de Dávine.

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Estado de saúde 

A transferência de Dávine Muniz aconteceu entre dois hospitais particulares na área central do Recife, por volta das 9h45 desta quinta-feira (11). “Não houve nenhuma intercorrência, e ela está sendo agora acomodada na UTI do primeiro andar, mas o quadro dela ainda é muito grave e requer muitos cuidados. Se a casa dela estivesse pronta, possivelmente, com alguns ajustes, ela teria condições de ir para casa. Dávine não responde mais a nenhum estímulo e nem tem qualquer comunicação, hoje, conosco”, informou Ricardo Lima. 

Apesar da possibilidade de cuidado familiar, a situação da vítima não deve ser alterada. “Há previsão zero de qualquer melhora. Ela não progride mais, é cerca de 99% irreversível. Não sei nem se posso dizer que é um estado vegetativo, ela corre risco de entrar em óbito a qualquer momento. É um caso muito, muito sério”, concluiu o primo. 

O caso 

A professora de inglês Dávine Muniz, de 34 anos, ficou gravemente ferida após ser arremessada quando estava no brinquedo "Wave Swinger", no parque de diversões Mirabilândia, em Olinda, em 22 de setembro de 2023. No dia do acidente, ela foi admitida no Hospital da Restauração (HR), no Recife, apresentando um quadro de traumatismo cranioencefálico (TCE) grave e fratura de membros superiores. Dávine ficou no HR por 11 dias e foi transferida para o Hospital São Marcos, no bairro da Boa Vista, no Recife, até ser transferida, nesta quinta-feira (11), para o Hospital da Ilha do Leite. 

Depois de uma breve melhora no quadro clínico, Dávine passou a reagir a estímulos e chegou a mexer os dedos e piscar os olhos. No entanto, a situação piorou à medida que contraiu algumas infecções no ambiente hospitalar, de acordo com o primo. Após conversar com os médicos, a família decidiu pelo cuidado domiciliar, mas revelou que tem dificuldades em se comunicar com o Mirabilândia, que deve auxiliar nos custos do tratamento médico. Atualmente, a família Muniz possui uma vaquinha aberta, voltada a conseguir fundos para o homecare. As doações podem ser feitas no site vakinha.com.br/4309632 ou através do PIX, 906.620.674-87, no nome de Valéria Muniz. 

 

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