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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que ela e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, serão "rigorosos sobre como gastar". Em entrevista para anunciar seu secretariado, Tebet admitiu que há divergências entre as pastas e também com o Ministério da Gestão, mas disse que são normais e não "ideológicas ou partidárias". "O ministro da Fazenda tem sido grande parceiro nosso", completou.

Tebet repetiu que, a pedido do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), incluirá "pobre, mulheres, diversidade, jovens e idosos" no Orçamento, ou seja, dará prioridade para esses grupos na distribuição dos recursos. "Não temos recursos para resolver recursos do Brasil em um ano. Vamos tentar em quatro."

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Depois de anunciar duas mulheres e três homens para seu secretariado, a ministra disse que quer aumentar a presença de pessoas pretas no ministério.

Ela acrescentou que os presidentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) serão anunciados "no momento certo".

Depois dos atos praticados por golpistas do último domingo, Tebet disse ainda que estará atenta e "sempre falando da importância da democracia".

O chefe do departamento econômico do Banco Central, Túlio Maciel, admitiu nesta terça-feira que o cenário fiscal de 2012 é menos favorável do que o de anos anteriores e reconheceu que o governo poderá usar o abatimento dos investimentos, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para atingir a meta cheia de superávit primário prevista para 2012. Até setembro, a economia do setor público consolidado chegou a R$ 75,816 bilhões, enquanto a meta do ano é de R$ 139,8 bilhões. "É possível alcançar a meta deste ano, e o BC trabalha com o cumprimento da meta considerando a possibilidade do abatimento dos investimentos", avaliou.

Segundo Maciel, a economia brasileira já mostra recuperação no terceiro trimestre do ano, o que deve ter impacto positivo na arrecadação dos meses à frente. "É importante frisar que o cenário considera a possibilidade de ajuste em 2012, mas para o próximo ano o BC prevê o cumprimento da meta cheia sem abatimentos", completou.

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Para Maciel, o fraco resultado fiscal deste ano reflete a "moderação significativa da atividade econômica" desde a segunda metade do ano passado até a primeira metade deste ano. "As receitas do setor público também foram afetadas pelas medidas de estímulo à atividade tomadas nos últimos meses, como desoneração da folha de pagamento e de outros tributos. E finalmente temos de destacar o crescimento de 23% nos investimentos em relação ao mesmo período do ano passado", concluiu.

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