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O Corpo de Bombeiros Militar de Goiás encontrou nesta quarta-feira (1º) o corpo do turista americano Raul Jimenez, de 30 anos, que estava desaparecido desde o último final de semana, na Chapada dos Veadeiros, em Alto Paraíso de Goiás. A vítima foi encontrada na base da cachoeira Raizama, no local onde Jimenez e mais quatro turistas estavam quando foram surpreendidos com um aumento súbito do volume de água onde se banhavam.

Três pessoas do grupo conseguiram se salvar nadado até as margens do rio e se abrigando em um lugar seguro. Outro turista ficou ilhado, mas foi resgatado no mesmo dia, seis horas depois do Corpo de Bombeiros ser acionado.

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As buscas por Jimenez, que duraram cinco dias, contaram com apoio dos guias do Grupo Voluntário de Busca e Salvamento (GVBS) da prefeitura de Alto Paraíso de Goiás. Foi necessário o uso de drones, mergulhadores e cães farejadores para conseguir localizar o corpo da vítima.

Segundo os bombeiros, eles percorreram cerca de 9,2 quilômetros (entre os pontos Morada do Sol até a Praia do Jatobá) para encontrar o corpo do homem. Os trabalhos de buscas, de acordo com a corporação, foram dificultados pelas fortes chuvas e pelo nível da água no local.

Pelas imagens divulgadas é possível notar a forte correnteza do rio e a dificuldade dos responsáveis pelo resgate em conseguir chegar a determinados pontos da cachoeira. Na terça-feira, 31, as equipes de buscas chegaram a localizar o protetor solar da vítima. Os pais de Jimenez, que estavam acompanhando os trabalhos dos bombeiros, confirmaram que o produto era do filho.

O Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás trabalha nas buscas de um turista americano de 30 anos que está desaparecido desde sábado, 28, na Chapada dos Veadeiros, região de Alto Paraíso, Distrito de São Jorge. 

Raul Jiménez, turista vindo do Estados Unidos, estava acompanhado de um grupo de outras quatro pessoas. Os cinco estavam se banhando na cachoeira Raizama à tarde, quando foram pegos de surpresa com o aumento repentino do volume de água.

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Três turistas conseguiram se abrigar em local seguro; outro ficou ilhado e foi resgatado pela corporação apenas por volta das 23h por conta do difícil acesso. O quinto do grupo ainda está desaparecido e segue sendo procurado pelo Corpo de Bombeiros na região.

De acordo com relatos ouvidos pelos militares da 9.ª Companhia Independente Bombeiro Militar de Planaltina, que foram acionados no sábado por volta das 17h20, o turista que ainda não foi localizado teria entrado na água para pegar a mochila. A Secretária de Segurança Pública de Goiás foi questionada sobre o caso pela reportagem, mas não havia retornado até a publicação desta matéria.

As portas do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros devem ser reabertas na próxima quarta-feira, dia 1. Na manhã deste domingo, 29, após sobrevoar toda a área do parque, agentes do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) constatou que o fogo, finalmente, acabou.

À reportagem, a assessoria do órgão federal confirmou que, não ocorrendo novas surpresas na mata, o parque será reaberto já na próxima quarta, para alívio das cidades do entorno, que têm suas economias baseadas, basicamente, no turismo. As informações preliminares dão conta de que apenas parte das três trilhas foi atingida pelo fogo. Diferentemente de outras atrações naturais da região da Chapada, localizadas em propriedades privadas, o parque nacional, que concentra as cachoeiras e passeios mais belos, tem entrada gratuita.

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O combate ao incêndio da Chapada foi realizado por cerca de 200 brigadistas, além de outras centenas de voluntários, mas também contou com o apoio fundamental das chuvas que atingem a região neste fim de semana, condição que já era considerada decisiva para extinguir de vez as chamas. "As chuvas são realmente fundamentais para extinguir o fogo", disse Fernando Tatagiba, chefe do Parque da Chapada. "Temos que agradecer muito ao trabalho dos voluntários, que também deram um apoio crucial todos esses dias."

Apesar de ter a situação sob controle, o ICMBio ainda manterá uma equipe na região, para monitoramento, caso surjam novos focos de incêndio. Além disso, a região conta com a presença de agentes da Polícia Federal, que investiga as origens da maior catástrofe ocorrida no Parque da Chapada, em Goiás.

Depois de duas semanas de chamas, 68 mil hectares do parque viraram cinzas, o equivalente a 28% de sua área total, que desde 5 de junho passou a ser de 240 mil hectares. Em termos de perdas de fauna e floram porém, trata-se de um estrago difícil de ser quantificado.

O fogo faz parte do processo de renovação do Cerrado e suas espécies são resistentes a incêndios, mas não nas proporções do que ocorreu em uma das áreas mais preservadas do País, na região de Alto Paraíso, São Jorge, Cavalcanti, Teresina de Goiás e Colinas. "Temos espécies que se recuperam mais rápido, mas com certeza perdemos espécies aqui que, em muitos, não teremos novamente", lamenta Tatagiba.

A reabertura do parque na próxima semana é a principal demanda das centenas de proprietários de pousadas, restaurantes e comércios que, nos últimos dias, viram o turismo desaparecer. Hotéis tiveram reservas canceladas. Nas ruas das cidades, o que se via até sexta-feira era a movimentação de agentes públicos e voluntários no combate ao incêndio.

Criado em 1961, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros nasceu com uma área de 650 mil hectares. Década após década, porém, essa área passou por sucessivos cortes, até chegar ao tamanho de 65 mil hectares. Em 2003, um decreto chegou a ampliar a área para 235 mil hectares, mas liminares dadas pela Justiça a produtores rurais conseguiram derrubar a ampliação do parque.

Há dois anos, o projeto de ampliação, que era uma demanda antiga de ambientalistas, voltou a ser discutido pelo governo. A decisão de ampliar a área veio finalmente em 5 de junho, no Dia Mundial do Meio Ambiente, às vésperas do presidente Michel Temer viajar para a Noruega, onde enfrentaria fortes críticas por conta da condução de pautas socioambientais no Brasil.

Um incêndio continuava a atingir na manhã deste sábado (5) o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães e local foi fechado para visitação. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMbio), brigadistas por terra e um avião usado por bombeiros tentavam combater as queimadas, que começaram numa estrada vicinal na quarta-feira (2).

O órgão não tinha noção da área consumida até a manhã deste sábado. Mas já se sabia que o fogo alcançou áreas próximas de dois rios e margens da rodovia MT-251, que liga Cuiabá ao município de Chapada dos Guimarães, a 65 quilômetros da capital.

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