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A Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) recebe, nesta terça-feira (14), o filósofo Charles Taylor para ministrar a conferência "Religiões e Sociedade nas trilhas da secularização". O evento acontece às 19h, no auditório G1 do Bloco G da instituição.

Charles Taylor, professor da Universidade McGill, no Quebec, é considerado um dos maiores pensadores da atualidade.  No início da carreira, Taylor se propôs a elaborar interpretações originais sobre antigos e novos problemas fundamentais do pensamento social e filosófico. Suas conferências têm reunido tanto os especialistas quanto os interessados em interpretar a sociedade contemporânea.

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Taylor é especialista em autores como Hegel, Wittgenstein, Heidegger e Merleau-Ponty. Entre suas obras traduzidas para o português estão “A Ética da Autenticidade” (São Paulo: Realizações, 2011); “Imaginários sociais modernos” (Lisboa: Edições Texto e Grafia, 2010); “Uma era secular” (São Leopoldo: UNISINOS, 2010); “As fontes do self” (São Paulo: Loyola, 2005); “Hegel e a sociedade moderna” (São Paulo: Loyola, 2005) e “Argumentos filosóficos” (São Paulo: Loyola, 2000).

Juízes do Tribunal Especial para Serra Leoa sentenciaram o ex-presidente de Libéria, Charles Taylor, a 50 anos de prisão nesta quarta-feira, afirmando que ele foi responsável por "alguns dos crimes mais hediondos e brutais já registrados na história da humanidade". Taylor, de 64 anos, um ex-senhor da guerra que se tornou presidente, é o primeiro chefe de Estado a ser condenado por crimes de guerra desde a Segunda Guerra Mundial.

O ex-presidente vai cumprir sua sentença numa prisão britânica. Seus advogados, porém, devem apelar das condenações, o que deve mantê-lo em Haia, na Holanda, pelos próximos meses.

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No mês passado, Taylor foi condenado por 11 crimes que incluem ajuda e cumplicidade com os rebeldes que realizaram ataques selvagens durante a guerra civil em Serra Leoa (1991-2002), na qual mais de 50 mil pessoas morreram. Os promotores disseram que ele trocou armas, munição e outros suprimentos em troca dos chamados "diamantes de sangue", extraídos por trabalhadores escravos.

O juiz que presidiu o julgamento, Richard Lussick, disse que os crimes de guerra de Taylor foram o "máximo em termos de gravidade e escala de brutalidade". "As vidas de outros muitos civis inocentes em Serra Leoa foram perdidas ou destruídas como resultado direto de suas ações", disse Lussick.

Taylor não mostrou qualquer tipo de emoção ao ouvir a sentença, que efetivamente representa uma sentença de prisão perpétua. Durante a audiência de condenação, no início deste mês, Taylor expressou "profunda simpatia" pelo sofrimento das vítimas das atrocidades em Serra Leoa, mas afirmou que agiu para estabilizar a região ocidental da África e que nunca auxiliou na prática de crimes de forma consciente.

Taylor deixou a presidência da Libéria e fugiu para o exílio na Nigéria após ter sido indiciado pelo tribunal internacional, em 2003. Em 2006 ele foi detido e enviado para a Holanda.

Embora o tribunal de Serra Leoa seja sediado na capital do país, Freetown, o julgamento de Taylor é realizado em Leidschendam, um subúrbio de Haia. Havia temores de desestabilização na região caso o julgamento ocorresse na África.

Habitantes de Serra Leoa comemoraram nesta quarta-feira a decisão em Haia. Mutilados durante a guerra se reuniram em Freetown para assistirem, ao vivo, os procedimentos judiciais em Haia. As informações são da Associated Press.

O Tribunal Especial para Serra Leoa, na África Ocidental, anunciou, nesta quinta-feira, o veredicto do julgamento do ex-presidente da Libéria, Charles Taylor, que foi considerado culpado pelos crimes contra a humanidade, cometidos durante a guerra civil no país africano entre 1991 a 2002.

Os crimes aos quais Taylor foi condenado foram estupro, punições coletivas, casamentos forçados e recrutamento de usos de crianças como soldado. “Muitas mutilações e violações a mulheres eram cometidas em público, e houve até pessoas queimadas vivas em suas casas", ressaltou o juiz responsável pelo caso, Richard Lussick, como exemplo das atrocidades cometidas em Serra Leoa.

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O ex-presidente foi também acusado de vender armas para os rebeldes de Serra Leoa em troca de diamantes extraídos, em sua maioria, por crianças-soldados. Taylor escutou, indiferente, à declaração de culpado pelos juízes. Ele só conhecerá a pena a qual será submetido em 30 de maio.

Essa guerra civil envolvendo, também, a exploração de diamantes, ficou conhecida como a “guerra dos diamantes”. Foram cinco anos de julgamento, envolvendo 100 testemunhas, entre elas a modelo Naomi Cambpell, que recebeu um diamante do ex-presidente.

A sua joia, em agosto de 2010, foi determinante na estratégia da Procuradoria para a condenação. Taylor foi o primeiro chefe de Estado africano julgado em uma Corte Internacional. O conflito civil que assolou Serra Leoa gerou mais de 100 mil vítimas, entre elas, vários mutilados e 50 mil mortos.

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