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Ao menos 26 alunos e dois professores morreram nesta quarta-feira em um incêndio em uma escola corânica em Monróvia, capital da Libéria, em uma das piores tragédias já registradas neste pobre país da África ocidental.

Os menores foram surpreendidos pelo fogo durante a noite, quando estavam dormindo, disse à AFP Amadou Sherrif, um funcionário da comunidade de Fulani, onde o drama ocorreu.

Os alunos tinham "entre 10 e 20 anos e há apenas dois adultos entre as vítimas, dois professores", precisou Solo Kelgbeh, porta-voz do presidente George Weah.

As chamas atingiram a única porta de acesso ao dormitório dos alunos, que "ficaram presos" no local, disse à AFP um oficial da polícia.

George Weah visitou o local em Paynesville, subúrbio de Monróvia.

"Dirijo minhas orações às famílias das crianças que morreram ontem à noite em Paynesville, no incêndio que devastou sua escola", tuitou o presidente da Libéria.

"Este é um momento difícil para as famílias das vítimas e para toda a Libéria", acrescentou.

Ao longo da manhã, uma multidão de familiares que buscavam notícias, curiosos e pessoas que queriam manifestar condolências se aglomeraram em torno da escola, de apenas um andar.

A polícia liberiana está acostumada com estes incêndios, provocados em muitos casos por geradores de eletricidade com defeito, "mas não com esta dimensão", assinalou outro oficial.

Os estudantes foram enterrados rapidamente, seguindo a tradição muçulmana, em uma cerimônia coletiva.

Um incêndio em uma escola muçulmana matou 26 crianças e 2 professores em Monróvia, capital da Libéria, na madrugada desta quarta-feira, 18. Segundo a polícia local, o incêndio foi causado por um problema elétrico. O caso ainda está sob investigação.

As crianças e professores estavam dormindo quando o fogo começou, por volta da meia-noite. Os corpos dos alunos, de 10 a 20 anos, ainda não foram identificados. Dois sobreviventes estão internados.

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O pastor de uma igreja próxima, Emmanuel Herbert, disse que ele e sua congregação acordaram com o barulho do fogo e pediram ajuda. "Quando olhei pela janela, vi o lugar inteiro ardendo em chamas", afirmou.

Nesta manhã, uma multidão se aglomerou em frente à escola. A polícia teve que abrir espaço para que ambulâncias pudessem passar com os corpos.

Presidente lamentou

O presidente do país africano, George Weah, visitou o local pela manhã. Pelo Twitter, ele lamentou o episódio: "minhas orações vão às famílias das crianças que morrem na noite passada em Paynesville (subúrbio de Monróvia)", disse. "Este é um momento difícil para os parentes e para toda a Libéria". / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O maior jogador de futebol da Libéria e um dos melhores atacantes da história terá um novo desafio em 2018, agora na política. George Weah, hoje com 51 anos, foi eleito, nesta quarta-feira (27), presidente do seu país. O melhor jogador do mundo em 1995 venceu o candidato da situação e atual vice-presidente, Joseph Boakai

Como jogador, Weah brilhou na Europa, ganhando uma Copa da França (1991) pelo Monaco, um Campeonato Francês (1994) com o PSG, dois Italianos (1996 e 1999) pelo Milan e uma Copa da Inglaterra (2000) com o Chelsea. O título de melhor do mundo em 1995, tanto pela Fifa quanto pela revista France Football com a tradicional Bola de Ouro, foi ganho quando ele jogava no Milan.

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Em seu perfil no Twitter, George Weah agradeceu ao povo da Libéria pela vitória nas urnas.

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Ao menos 12 pessoas morreram em menos de dez dias na Libéria devido a uma doença não identificada que provoca febre e vômitos, e que deu negativo para ebola, informou na terça-feira (2) o Ministério da Saúde liberiano.

Em Genebra, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta terça-feira de novos casos desta doença, cujos primeiros pacientes foram identificados no condado de Sinoe, no sudeste da Libéria.

Segundo a OMS e as autoridades do país, estão sendo realizadas análises para identificar a doença, que deu resultados negativos nos exames de ebola e da febre de Lassa.

"Foram declarados mais dois casos. O balanço global agora é de 21 pessoas doentes, das quais 12 morreram desde domingo 23 de abril", afirmou o porta-voz da OMS Tarik Jasarevic.

A Libéria foi um dos três países gravemente afetados pela epidemia de ebola na África Ocidental entre 2013 e 2016.

Em junho de 2016, foi declarado o fim da epidemia na região, depois de ter deixado mais de 11.300 mortos, cerca de 99% deles na Guiné, Libéria e Serra Leoa.

Um novo caso de ebola foi confirmado na Libéria, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS), em um revés para o país, que havia declarado estar livre de transmissões do vírus em 14 de janeiro. A Libéria já havia anunciado o fim da epidemia em maio do ano passado, mas novos casos emergiram duas vezes, o que forçou as autoridades a reiniciar o combate à doença.

A OMS reiterou que o ebola não é mais uma ameaça de saúde internacional, mas observou que novos casos, com frequência decrescente, são esperados. Também houve novas transmissões da doença em Serra Leoa e na Guiné, mas autoridades de saúde dizem que eles não estão ligados à cadeia original de disseminação.

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De acordo com a organização, houve oito casos de ebola e sete mortes na Guiné desde fevereiro. O caso mais recente é o de uma menina de 11 anos que está sendo tratada em uma instalação específica para essa doença em Nzerekore e está com condições estáveis. Seis dos mortos eram da mesma família, que vive na vila de Koropara.

Uma mortífera epidemia de ebola provocou mais de 11,3 mil mortes desde dezembro de 2013 em Serra Leoa, Libéria e Guiné. Atualmente não há casos da doença relatados em Serra Leoa. Fonte: Associated Press.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou oficialmente nesta quinta-feira (14) o fim da epidemia de Ebola na África Ocidental, ao declarar a Libéria, o último país afetado, livre da doença, que matou mais de 11.000 pessoas em dois anos. "Hoje, a Organização Mundial da Saúde declara o fim da epidemia de Ebola na Libéria e afirma que todas as cadeias conhecidas de transmissão na África Ocidental cessaram", anunciou a OMS.

A OMS advertiu que "o trabalho não terminou" e indicou que "novos focos são esperados". "Devemos seguir comprometidos", afirmou em Genebra Peter Graaff, coordenador da resposta ao Ebola na OMS.

O anúncio da organização foi feito 42 dias depois dos resultados negativos para os últimos casos de Ebola na Libéria. Esta foi a epidemia mais grave e letal desde a identificação do vírus há 40 anos.

A epidemia foi declarada em dezembro de 2013 no sul da Guiné e depois se propagou rapidamente para a Libéria e Serra Leoa, os três países mais afetados, depois para Nigéria e Mali. Em dois anos afetou 10 países, incluindo Espanha e Estados Unidos, e, oficialmente, provocou a morte de 11.315 dos 28.637 contagiados.

Um adolescente morreu de ebola na Libéria, informou nesta terça-feira (24) uma autoridade do setor de saúde do país. Trata-se da primeira morte desde julho pela doença em um dos três países do oeste da África que tem sido os mais assolados pela maior epidemia dessa enfermidade na história.

O jovem de 15 anos morreu na noite de segunda-feira, informou o médico Francis Kateh, diretor interino do Sistema de Controle de Ebola da Libéria. O garoto, que vivia no distrito Paynesville, foi o primeiro paciente da doença no país desde setembro, quando o país foi declarado pela segunda vez livre da enfermidade.

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O pai e um irmão do jovem também testaram positivo e foram levados a um centro de tratamento de ebola, junto com a mãe e outros dois irmãos. Funcionários do setor de saúde identificaram quase 160 pessoas que corriam o risco de contrair a doença, entre eles oito trabalhadores do setor médico que "estão em alto risco porque tiveram contato direto com o garoto", disse Sorbor George, porta-voz do ministro da Saúde do país.

A Libéria informou nesta segunda-feira que buscou ajuda de dois especialistas dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças dos EUA, para determinar a causa dos últimos casos.

Mais de 11.300 mortes foram registradas durante toda a epidemia, confirmada pela primeira vez em março de 2014 e concentrada na Libéria, em Serra Leoa e na Guiné, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A Libéria já teve mais de 4.800 mortes e mais de 10.600 casos. Fonte: Associated Press.

Um novo caso de Ebola foi confirmado na Libéria, país que tinha sido declarado livre do vírus - disse um porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Há um caso confirmado", declarou o porta-voz, Tarik Jasarevic, sem dar mais detalhes.

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No início de setembro, a OMS, anunciou o fim da transmissão do vírus do Ebola da Libéria, onde a epidemia deixou cerca de 4.000 mortos de um total de 10.600 casos.

As autoridades da Libéria confirmaram nesta quarta-feira dois novos casos de ebola relacionados ao caso anunciado ontem, o primeiro no país depois de três meses.

Mais duas pessoas acusaram positivo depois de terem tido contato com o adolescente de 17 anos, cuja morte foi anunciada na véspera, segundo Cestus Tarpeh, porta-voz das autoridades sanitárias na província de Margibi, leste de Monróvia, a capital.

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"Ainda estamos esperando os resultados de outros exames de sangue", acrescentou.

O vírus Ebola reapareceu na Libéria, mais de três meses após o último caso conhecido no país, que foi declarado oficialmente livre da epidemia.

As autoridades identificaram e colocaram em quarentena todos os que estavam em contato com o paciente que morreu.

O anúncio deste revés ocorreu no momento em que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, acabara de parabenizar a presidente liberiana, Ellen Johnson Sirleaf, por eliminar os casos no país e seus esforços para manter o estado de alerta, de acordo com uma declaração divulgada na segunda-feira pela presidência.

A Libéria foi oficialmente declarada livre do vírus em 9 de maio pela Organização Mundial de Saúde (OMS) - 42 dias após a morte do último caso conhecido da doença no país. Este período representou duas vezes a duração máxima de incubação.

Mas as autoridades sanitárias alertaram sistematicamente para um risco de ressurgimento enquanto os vizinhos Serra Leoa e Guiné ainda estivessem enfrentando a epidemia.

A área onde o novo caso foi registrado está localizada a leste da capital Monróvia, muito longe das fronteiras com a Guiné e Serra Leoa.

Depois de uma queda acentuada desde o início do ano em todos os três países, a epidemia teve uma alta na Guiné e Serra Leoa, em maio.

O surto de Ebola na África Ocidental, o mais grave desde a identificação do vírus na África Central, em 1976, iniciada em dezembro de 2013 do sul da Guiné, causou mais de 11.200 mortes em 27.500 casos - um balanço subestimado, como a própria OMS reconhece.

Mais de 99% das vítimas estão concentradas nestes três países vizinhos.

O governo da Libéria colocou em quarentena duas famílias devido a morte de um menino de 17 anos por Ebola, aumentando a tensão sobre a suspeita de que o país possa enfrentar outro surto da doença dois meses após ser considerado livre de Ebola.

"A Libéria está com uma nova infeccção de Ebola", disse o vice-ministro da Saúde, Tolbert Nyenswah, líder da equipe de contenção de Ebola.

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O menino morreu em sua casa e foi enterrado de maneira segura para evitar o contágio da doença, informou Nyenswah. A área na qual o menino morreu, Nedowein, fica próximo ao aeroporto internacional da Libéria, 48 quilômetros ao sul da capital, Monróvia.

Equipes estão investigando como o menino foi infectado, disse Nyenswah. A região não fica perto das fronteiras com Serra Leoa e Guiné, países vizinhos que ainda têm casos de Ebola.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Libéria livre de Ebola dia 9 de maio, após passar 42 dias sem registrar nenhum novo caso. Fonte: Associated Press.

O Ebola reapareceu na Libéria, seis semanas depois de o país ter sido declarado isento do vírus, anunciaram autoridades nesta terça-feira.

"Um novo caso de Ebola foi registrado no condado de Margibi. O paciente faleceu e foi confirmado positivo antes da morte", disse o vice-ministro da Saúde, Tolbert Nyensuah.

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As autoridades identificaram e colocaram em quarentena todas as pessoas que estiveram em contato com o paciente, segundo o vice-ministro, que não revelou informações sobre a vítima. "Estamos investigando para determinar a origem do novo caso. Pedimos aos liberianos e a todas as pessoas que vivem na Libéria que adotem medidas preventivas", afirmou.

Serra Leoa e Guiné, vizinhos da Libéria, ainda enfrentam a epidemia que provocou mais de 11.000 mortes nos três países. O condado de Margibi, onde foi registrado o novo caso de Ebola, fica ao leste de Monróvia, longe das fronteiras com os dois países. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já foi informada sobre a descoberta do vírus.

Zurique, 10/05/2015 - A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Libéria livre do Ebola, marcando o fim de uma epidemia nacional que infectou quase 400 novas pessoas por semana no auge da crise. Mesmo assim, o risco não sumiu, já que nos vizinhos Guiné e Serra Leoa a doença ainda continua fazendo novas vítimas. A OMS estima que a epidemia no oeste da África, a pior desde que o vírus foi descoberto, em 1976, matou mais de 11 mil pessoas.

Em comunicado divulgado neste sábado, a OMS afirma que a Libéria ficou 42 dias - duas vezes o período máximo de incubação do Ebola - sem novas contaminações. O prazo é contado a partir do enterro do último paciente confirmado com a doença. No auge da crise, o número de pacientes com Ebola dobrava a cada mês, lotando unidades de saúde e deixando muitas vítimas sem tratamento adequado. Mais de 26,5 mil foram infectados na região.

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Apesar do fim da epidemia na Libéria, entidades humanitárias internacionais e especialistas alertam contra a complacência. "A vigilância nas fronteiras precisa ser aumentada. Não podemos descansar até que os três países estejam livres do Ebola", comentou Maria Teresa Cacciapuoti, diretora da missão do Médicos Sem Fronteiras na Libéria.

Além das mortes, a epidemia gerou prejuízos econômicos devastadores para os três países africanos mais afetados, que já estão entre os mais pobres do mundo. O Banco Mundial estima que as perdas este ano podem chegar a US$ 2,2 bilhões, sendo US$ 240 milhões para a Libéria, US$ 535 milhões para a Guiné e US$ 1,4 bilhão para Serra Leoa, que também tem sido afetada por graves problemas no setor de mineração. Fonte: Associated Press.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a Libéria está livre do ebola, o que marca o fim do surto nacional que, em seu pico, teve até 400 novos casos de infecção em uma semana.

Em um comunicado divulgado neste sábado, a agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que a Libéria passou 42 dias sem novos casos - o dobro do período máximo de incubação do vírus - desde o enterro do último paciente confirmado da doença.

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A Libéria é um dos três países da África Ocidental que estão no centro de uma epidemia que a OMS definiu como "o maior, mais longo e mais complexo surto de ebola desde que emergiu pela primeira vez em 1976". Guiné e Serra Leoa também têm sido duramente atingidos pela doença.

Mais de 11 mil pessoas morreram, incluindo casos confirmados do vírus e suspeitas da doença, nos três países, de acordo com estatísticas da OMS. A doença continua a se espalhar na Guiné e Serra Leoa, embora a um ritmo mais lento do que no pico do surto. Fonte: Dow Jones Newswires.

Estudos do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) avaliam que o vírus ebola talvez tenha a possibilidade de ser transmitido sexualmente. Os cientistas observam o caso de uma mulher na Libéria que teria contraído a doença após sexo, sem camisinha, com um homem infectado. 

A pesquisa mostra que a mulher deve ter sido infectada devido ao sêmen deste sobrevivente da epidemia. Ainda inconclusivo, o estudo considera a permanência por algum tempo do vírus no organismo das pessoas infectadas. Segundo os especialistas, a mulher foi diagnosticada com ebola na metade do mês de março, uma semana depois de ter relações sexuais com o homem que teve o vírus em setembro de 2014. 

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Cientistas, já na década de 90, teriam relatado que o ebola, encontrado em espermas, poderia ser considerado uma Doença Sexualmente Transmissível (DST). Contaminação pela saliva e suor já foram detectadas na epidemia que, só na Libéria, matou mais de 4600 pessoas em 2014. O caso da mulher liberiana, entretanto, pode ser o primeiro caso de transmissão sexual do vírus. 

Uma mulher diagnosticada com Ebola no último dia 20 de março, na Libéria, após um mês sem infecções no país, morreu nesta sexta-feira (27) - informaram neste sábado (28) autoridades, que notificaram dois outros casos suspeitos.

"A última pessoa diagnosticada com Ebola morreu ontem", disse o chefe da unidade de crise nacional contra a doença, Francis Karteh, segundo o qual "não há casos confirmados no país, apenas dois suspeitos".

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A fonte acrescentou que está monitorando 80 pessoas que possam ter estado em contato com a doente.

A epidemia de Ebola na África Ocidental, a pior desde a identificação do vírus em 1976, surgiu em dezembro de 2013 no sul da Guiné e se espalhou para a Libéria e Serra Leoa.

De acordo com o último relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado em 22 de março, o Ebola já matou mais de 10.300 pessoas identificadas em 25.000 casos registrados, dos quais 99% estão nestes países. A própria OMS reconhece que há provavelmente mais casos.

A Libéria está investigando como ocorreu a infecção no paciente mais recente de Ebola, depois de semanas sem casos da doença no país.

O país do Oeste Africano teve a maior parte das mortes no surto de Ebola do mundo, que já tirou a vida de mais de 10 mil pessoas. Mas desde que liberou o último paciente em 5 de março, o governo já contava os 42 dias para poder declarar que estava livre da doença.

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Mas, na sexta-feira, autoridades disseram que havia um novo paciente. Em um sinal preocupante, o caso não parece estar relacionado com qualquer uma das pessoas na lista de contatos com Ebola. Além disso, a paciente não viajou recentemente para os países infectados, de Serra Leoa e Guiné.

Os oficiais estão reunidos neste sábado para discutir o novo caso e como a paciente foi infectada. Fonte: Associated Press.

A última paciente de Ebola confirmada na Libéria recebeu alta nesta quinta-feira (5), quando o país africano anunciou que pela primeira vez em nove meses nenhum novo caso da infecção foi registrado durante uma semana. Os centros de tratamento liberianos não contabilizam mais nenhum doente com Ebola, segundo fontes oficiais.

Beatrice Yordoldo deixou nesta quinta-feira o centro de tratamento de Ebola onde estava internada, liderado por uma equipe de médicos chineses, segundo a AFP. "Hoje dou graças a Deus, ao centro de tratamento chinês e a todos os enfermeiros liberianos que trabalham" lá, declarou a mulher.

Por outro lado, a Libéria não "registrou nenhum caso" novo de Ebola durante a semana que terminou em 1 de março, informou a Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta quarta-feira. Yordoldo "é o último caso confirmado de Ebola no país", declarou o vice-ministro da Saúde Tolbert Nyenswah à imprensa.

"Ficamos 13 dias sem nenhum novo caso. É um grande dia para a Libéria", disse. Cerca de 24.000 pessoas contraíram o vírus do Ebola desde dezembro de 2013, em sua maioria na Libéria, Guiné e Serra Leoa. Ao todo, 9.807 doentes morreram, segundo a OMS.

Na Libéria, 4.117 pessoas morreram entre as 9.249 infectadas pelo Ebola. Há apenas seis meses, mais de 300 novos casos eram registrados a cada semana. No auge da epidemia no país, as infraestruturas sanitárias locais, fragilizadas por anos de guerra civil, não conseguiam atender ao grande número de doentes, que morriam nas ruas.

Um enorme esforço nacional e internacional ajudou, contudo, a deter o avanço da epidemia.

Das 45 amostras analisadas no país na semana passada, nenhuma deu positivo, indicou a OMS, agregando que era a primeira vez que não havia nenhum novo caso desde 26 de maio do ano passado.

O informe da OMS é mais alarmante no que concerne à Guiné e a Serra Leoa. Em Serra Leoa, que conta com o maior número de infectados (11.466) e registrou 3.546 mortes, houve 81 novas infecções confirmadas na semana passada, e 65 na semana anterior.

A transmissão segue sendo importante no país, onde os novos casos foram registrados em oito distritos diferentes, com um aumento em Freetown, entre outros lugares.

Na Guiné, que conta com um total de 3.219 casos e onde a enfermidade causou a morte de 2.129 pessoas, 51 novos casos confirmados foram registrados na semana passada, o que também representou um aumento importante em relação aos 35 da semana anterior, indicou a OMS.

Os líderes destes três países africanos mais afetados pela epidemia de Ebola pediram na última terça-feira à comunidade internacional um "plano Marshall" para ajudar a colocar um fim à pandemia e relançar suas economias.

"Precisamos da anulação da dívida e um plano Marshall, já que é como se estivéssemos saindo de uma guerra", afirmou o presidente da Guiné, Alpha Condé.

A Libéria já não tem doentes com Ebola em seus centros de tratamento, depois que a última paciente atendida em Monróvia recebeu alta, nesta quinta-feira, anunciaram fontes oficiais.

Beatrice Yordoldo deixou o centro de tratamento do Ebola no qual estava internada, um estabelecimento dirigido por equipes chinesas na periferia de Monróvia.

"Hoje dou graças ao Todo-Poderoso, aos funcionários chineses do centro de tratamento e a todos os enfermeiros liberianos que trabalharam com eles", declarou.

Os primeiros testes clínicos das duas vacinas mais promissoras contra o Ebola iniciaram nesta segunda-feira (2), na Libéria, um dos países mais afetados pelo vírus, anunciou o projeto de cooperação Prevail. Trata-se do ChAd3, desenvolvido pela companhia britânica GSK (GlaxoSmithKline) com o Instituto americano de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID) e do rVSV-ZEBOV, da agência de saúde pública do Canadá (PHAC), que o laboratório americano Merck comprou os direitos e coopera com a empresa americana NewLink Genetics.

"Essas duas vacinas preveniram animais contra o vírus Ebola e foram consideradas seguras durante os testes humanos durante os estudos de inocuidade menores na África, na Europa e América", lembra o Prevail (Parceria para a Pesquisa sobre Vacinas anti-Ebola na Libéria) em um comunicado.

"O teste começa no hospital Redemption em Monróvia e outros hospitais participarão posteriormente após os 600 primeiros participantes", indica o texto. Os testes foram oficialmente lançados neste hospital no domingo durante uma cerimônia na presença do vice-presidente Joseph Boaikai.

"Esperamos que este projeto científico lançado hoje traga uma resposta ao mistério que representa esta doença", para a qual não existe nenhuma vacina homologada, declarou Boaikai. O diretor do Wellcome Trust, no Reino Unido, que financia as pesquisas contra o Ebola, Jeremy Farrar, considerou "fantástico que esses primeiros testes de vacinas em grande escala aconteçam na Libéria, um país que tem sofrido enormemente com a epidemia", com ao menos 3.700 mortos do total de cerca de 9.000 vítimas fatais da doença.

Os pesquisadores, sob a supervisão do NIAID, visam atingir 27.000 homens e mulheres com boa saúde, a partir de 18 anos. Segundo o Prevail, essas vacinas podem causar dor, inflamações e inchaço nos braços, assim como febre, dor de cabeça e fadiga. Mas esses efeitos colaterais "foram leves ou moderados e desapareceram em pouco tempo", ressaltou.

De acordo com os pesquisadores, o nível de imunização necessário para evitar que um ser humano seja contaminado com o Ebola permanece desconhecido.

A empresa farmacêutica Chimerix descartou a possibilidade de testar sua droga experimental contra o Ebola em pacientes na Libéria, afirmando que o número de infecções caiu nas últimas semanas e que apenas uma pequena parcela dos pacientes haviam sido inscrita no estudo.

A companhia afirmou em nota publicada na noite de sexta-feira (30) que, após discutir com a Administração norte-americana de Alimentos e Medicamentos (FDA), vai "cessar qualquer participação em todos os atuais e futuros estudos clínicos do remédio brincidofovir" para pacientes com o vírus do Ebola. Isso inclui uma pesquisa na Libéria patrocinada pela Universidade de Oxford que teria início neste mês.

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Peter Horby, um pesquisador de Oxford que ajudava na realização do estudo, afirmou que a decisão de suspendê-lo "surgiu de discussões bilaterais entre a Chimerix e a FDA". Ele disse desconhecer qualquer outra razão para a medida além do número decrescente de casos.

A recuada abrupta nos planos da farmacêutica levanta questões sobre o impacto dos casos cada vez menores de pacientes com Ebola no Oeste da África sobre os testes com drogas e vacinas atualmente realizados na região. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a incidência de doenças mortais continua a cair nos três países mais atingidos pela epidemia no ano passado: Guiné, Libéria e Serra Leoa.

A Chimerix planejava desenvolver o brincidofovir inicialmente para prevenir e combater um vírus diferente, o Citomegalovírus. No ano passado, testes de laboratório sugeriram que o medicamento também teria potencial para tratar o Ebola, o que levou ao seu uso emergencial em diversos pacientes infectados, além de dar início a uma série de testes clínicos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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