Tópicos | Co-branding

A Livraria Cultura acaba de assinar um acordo com a empresa canadense de leitores de e-books (e-readers) Kobo para comercializar a partir do fim de outubro, aparelhos da marca e um acervo de três milhões de livros digitais. Para a livraria brasileira, a estratégia é a antecipação à chegada da Amazon no Brasil, implantação que provavelmente acontecerá até a metade de 2013.

Os preços e os modelos dos aparelhos Kobo/Cultura ainda não foram divulgados. Há especulações de que os executivos planejam trazer de uma a quatro versões dos leitores, custando até R$ 500. Para o lançamento no último trimestre do ano, a certeza é o início das vendas do modelo Kobo Touch. O e-reader tem entre os recursos conectividade Wi-Fi e teclado sensível ao toque.  Nos EUA, o preço de venda é US$ 129. 

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A Kobo escolheu da Livraria Cultura - segundo informações dessa última - devido a possibilidade de transferir conteúdos de um aparelho para outro sem dificuldade. Essa postura mais aberta faz com que livros não fiquem atrelados a dispositivos ou aplicativos, como ocorre no Kindle, da Amazon. Portanto, o usuário que comprar um e-book pela parceria Kobo/Cultura irá poder transferi-lo para qualquer local que quiser. 

Segundo a Livraria Cultura, toda a operação será feita através da união das duas marcas (prática denominada pelo mercado de co-branding). Isso significa que os aparelhos terão as marcas das duas empresas, e receberá um conteúdo selecionado em conjunto. 

Num primeiro momento, a maior parte dos títulos que serão disponibilizados virá de línguas e editores estrangeiras. De conteúdo brasileiro ou em português serão disponibilizado para comprar 15 mil títulos. A expectativa é que com o aumento do mercado de livros digitais brasileiros, a proporção se inverte num futuro próximo. 

Mesmo não havendo confirmação sobre preço dos ebooks, o plano do grupo é seguir valores de títulos nacionais que já são comercializados no país, que varia entre R$ 15 a 30 . Para garantir o valor, as negociações da co-branding Kobo/Cultura estão sendo feitas diretamente com as editoras. 

Amazon 

O presidente do Conselho da Livraria Cultura, Pedro Herz, afirma que ninguém faz dinheiro vendendo  apenas o aparelho. A estratégia da empresa já é utilizada pela Amazon, que utiliza o Kindle para alavancar a venda de livros, músicas e filmes digitais. 

"Espero que nosso lançamento venha a incentivar as editoras brasileiras" afirma Herz. O empresário afirma que as mesmas estão se preocupando em lançar uma versão digital para livros novos, e acredita que há uma oportunidade muito grande de trabalhar com esse catálogo. 

Pedro e Sergio Herz, esse último presidente executivo da empresa, afirmaram que teriam conversado com representantes da Amazon que queriam convencê-los a vender o Kindle em suas lojas. Porém para a empresa a parceria com a companhia americana não faria sentido. Já que o equipamento é atrelado à loja virtual da Amazon.

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