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A Sony não vai mais fabricar e-reader. Em resposta à BBC na última terça-feira (5) a gigante de tecnologia japonesa confirmou que não pretende lançar mais nenhum aparelho na linha de leitores dedicados a livros digitais. 

"Nós não temos planos de desenvolver um Reader sucessor nesse momento", disse um representante da Sony à BBC. A empresa continuará vendendo seus aparelhos até que os estoques acabem, no Japão sua loja online de e-books continuará funcionando. Essa notícia vem alguns meses após o fim da distrubuição de e-books nos EUA e Canadá, quando a fabricante adotou a loja virutal do Kobo.

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E esse não foi o único corte na empresa esta semana. A Sony anunciou nesta quarta-feira (6) que a plataforma PlayStation Mobile, que trazia jogos indies disponíveis em plataformas PlayStation para seletos dispositivos vai ser descontinuada no Android. Aparelhos com Android 4.4.2 ou inferior ainda poderão rodar os jogos, mas do 4.4.3 pra frente não. Em fevereiro a Sony também abandonou a fabricação de computadores.

Um estudo realizado recentemente pela Pew Research afirma que nos Estados Unidos os leitores estão cada vez mais optando por livros digitais. A parcela de adultos norte-americanos que leem edições eletrônicas chegou a 23% em novembro, em comparação aos 16% do período anterior.

No mesmo mês, adolescentes de 16 anos ou mais que optaram por livros impressos caiu, passando de 72% para 67%. O estudo também revela que entrevistados com mais tempo de estudo ou renda superior tendem a adotar livros digitais mais do que os outros, igualmente a adultos com idade de 30 a 49 anos. 

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O número de norte-americanos que possuem tablets ou e-reader cresceu em 2012, saltando de 18% para 33%. 

Brasil 

O mercado de livros digitais brasileiro teve uma expansão considerável nesse fim de ano. 

Em dezembro, a Apple finalmente aumentou significativamente o número de títulos em português em sua iBookStore, a Amazon também iniciou as vendas de livros digitais no Brasil, igualmente ao Google

Num mesmo trimestre também começaram a ser vendidos dois  leitores de livros digitais. O Kobo Touch pela Livraria Cultura e o modelo mais simples do Kindle, pela Amazon. Já o Nexus 7, tablet do Google que concorre com o Kindle, só chegará ao país no próximo ano, segundo informações da própria companhia.

O Brasil possui o 10º maior catálogo de livros digitais do mundo.  A chegada de grandes empresas ao país pode contribuir com a popularização desse formato, graças a maior competitividade e apelo de público.

A Amazon e o Google podem estar se preparando para iniciar a venda de livros digitais no Brasil nas próximas semanas. Segundo a Folha de São Paulo, as duas empresas estão em fase de finalização de contratos com editoras brasileiras.

Conforme publicação do jornal, a intenção da Amazon e também do Google (com a loja virtual Google Play que, por enquanto, vende apenas aplicativos e jogos no Brasil) é iniciar as vendas antes do Natal e, se possível, antes do fim do mês de novembro. 

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A Distribuidora de Livros Digitais que reúne as editoras Sextante, Rocco, Objetiva, Record, Novo Conceito, LP&M e Planeta firmou recentemente contratos com Apple, Google e Livraria Cultura e após um ano e meio de negociações, deve assinar um contrato com a Amazon nos próximos dias. 

A chegada do Natal desse ano parece ser o período mais propício para a entrada desse tipo de serviço no Brasil. Além da possibilidade do início das vendas desse tipo de produto pelas duas companhias, a vinda do Kobo, leitor de e-books digitais canadenses em parceria com a Livraria Cultura, já está confirmado, com atrasos, para o próximo mês.

Segundo a reportagem, num único mês os brasileiros terão à disposição para compra, além do Kobo, o Kindle Fire da Amazon e o Nexus 7. Já em relação ao esperado serviço de comércio eletrônico da Amazon, com vendas de livros físicos e outros itens, essa operação só deve acontecer no primeiro trimestre de 2013.

A ocasional "pressa" da Amazon e do Google em se lançar no mercado de livros digitais do Brasil está diretamente relacionada a chegada da iBookStore com títulos em português.  

Valores 

Em relação aos preços, os títulos digitais são 30% mais baratos que a versão física. De início, a iBookStore vende a partir de sua operação americana, em dólar, o que implica a cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e acarreta num preço elevado para os títulos.

Mesmo com um preço acima da média, segundo a Folha, a loja de livros da Apple já vende mais livros digitais que os sites de Saraiva e Livraria Cultura somados.

A Livraria Cultura acaba de assinar um acordo com a empresa canadense de leitores de e-books (e-readers) Kobo para comercializar a partir do fim de outubro, aparelhos da marca e um acervo de três milhões de livros digitais. Para a livraria brasileira, a estratégia é a antecipação à chegada da Amazon no Brasil, implantação que provavelmente acontecerá até a metade de 2013.

Os preços e os modelos dos aparelhos Kobo/Cultura ainda não foram divulgados. Há especulações de que os executivos planejam trazer de uma a quatro versões dos leitores, custando até R$ 500. Para o lançamento no último trimestre do ano, a certeza é o início das vendas do modelo Kobo Touch. O e-reader tem entre os recursos conectividade Wi-Fi e teclado sensível ao toque.  Nos EUA, o preço de venda é US$ 129. 

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A Kobo escolheu da Livraria Cultura - segundo informações dessa última - devido a possibilidade de transferir conteúdos de um aparelho para outro sem dificuldade. Essa postura mais aberta faz com que livros não fiquem atrelados a dispositivos ou aplicativos, como ocorre no Kindle, da Amazon. Portanto, o usuário que comprar um e-book pela parceria Kobo/Cultura irá poder transferi-lo para qualquer local que quiser. 

Segundo a Livraria Cultura, toda a operação será feita através da união das duas marcas (prática denominada pelo mercado de co-branding). Isso significa que os aparelhos terão as marcas das duas empresas, e receberá um conteúdo selecionado em conjunto. 

Num primeiro momento, a maior parte dos títulos que serão disponibilizados virá de línguas e editores estrangeiras. De conteúdo brasileiro ou em português serão disponibilizado para comprar 15 mil títulos. A expectativa é que com o aumento do mercado de livros digitais brasileiros, a proporção se inverte num futuro próximo. 

Mesmo não havendo confirmação sobre preço dos ebooks, o plano do grupo é seguir valores de títulos nacionais que já são comercializados no país, que varia entre R$ 15 a 30 . Para garantir o valor, as negociações da co-branding Kobo/Cultura estão sendo feitas diretamente com as editoras. 

Amazon 

O presidente do Conselho da Livraria Cultura, Pedro Herz, afirma que ninguém faz dinheiro vendendo  apenas o aparelho. A estratégia da empresa já é utilizada pela Amazon, que utiliza o Kindle para alavancar a venda de livros, músicas e filmes digitais. 

"Espero que nosso lançamento venha a incentivar as editoras brasileiras" afirma Herz. O empresário afirma que as mesmas estão se preocupando em lançar uma versão digital para livros novos, e acredita que há uma oportunidade muito grande de trabalhar com esse catálogo. 

Pedro e Sergio Herz, esse último presidente executivo da empresa, afirmaram que teriam conversado com representantes da Amazon que queriam convencê-los a vender o Kindle em suas lojas. Porém para a empresa a parceria com a companhia americana não faria sentido. Já que o equipamento é atrelado à loja virtual da Amazon.

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