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Aguarda a avaliação do Senado o projeto de lei que institui o dia 1º de agosto como Dia Nacional do Maracatu, manifestação cultural popular tradicional de Pernambuco que envolve ritmo musical, dança e fantasias específicas. A matéria, segundo a Casa Alta, no momento aguarda a indicação do relator na Comissão de Educação, Cultura e Esporte. 

A proposta é de autoria da ex-deputada federal e vice governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB), e, depois de passar pela comissão, ainda terá de ser votada no Plenário do Senado.

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De acordo com a autora, o maracatu surgiu entre os séculos 17 e 18, quando ainda havia escravidão, na região onde hoje é o estado de Pernambuco, principalmente nas cidades de Olinda, Recife e Igarassu. A manifestação é uma mistura de culturas ameríndias, africanas e europeias.

Luciana escolheu a data para coincidir com a comemoração do Dia do Maracatu, instituído pelo estado de Pernambuco em 1997, mesmo ano da morte do Mestre Luís de França, cuja data de nascimento, 1º de agosto, foi escolhida para a data comemorativa. Mestre Luís comandou por 40 anos o Maracatu Leão Coroado, grupo que tem 157 anos de existência. Há um Dia Estadual do Maracatu também no Ceará e datas comemorativas municipais em algumas cidades.

“Atualmente, existem grupos percussivos que trabalham com elementos da cultura do maracatu em quase todos os estados brasileiros e em diversos países, como Canadá, Inglaterra, França, Estados Unidos, Japão, Escócia, Alemanha, Espanha, entre outros”, afirma Luciana na justificativa do projeto.

Existem basicamente dois tipos de maracatu: o maracatu de baque solto (também chamado de maracatu rural, maracatu de orquestra, maracatu de trombone e maracatu de baque singelo) e o maracatu nação (ou maracatu de baque virado), ambos inscritos como bens culturais imateriais no Livro de Registro das Formas de Expressão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O maracatu rural é manifestação cultural que ocorre durante as comemorações do Carnaval e no período da Páscoa, tem como personagem central o Caboclo de Lança e tem dança, música e poesia. É associado ao ciclo canavieiro da Zona da Mata Norte de Pernambuco.

Já o Maracatu Nação tem a maioria dos grupos concentrada nas comunidades de bairros periféricos da região metropolitana de Recife, e traz um conjunto musical percussivo e um cortejo real, evocando as coroações de reis e rainhas do antigo Congo africano.

Os grupos apresentam um espetáculo recheado de simbologias marcado pela beleza e pela musicalidade, que têm seu principal momento do ano nas apresentações do período carnavalesco. Para ser reconhecido como maracatu nação, o grupo precisa ser ligado a uma religião de matriz africana e ocupar território fixo.

*Da Agência Senado

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