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A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), representante de 290 companhias em120 países, incluindo o Brasil, recomendou cautela aos governos que estudam a privatização dos aeroportos ou a transferência por tempo determinado à iniciativa privada. A orientação foi aprovada na 74ª assembleia geral anual da instituição, em Sydney, na Austrália.

No guia para gestores públicos, divulgado durante a assembleia, a entidade aponta que os projetos de privatização ou concessão da infraestrutura aeroportuária devem considerar as questões de longo prazo e não os lucros imediatistas.

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Aproximadamente 14% dos aeroportos de todo o mundo têm ao menos uma parte de seus serviços administrados pela iniciativa privada. Segundo a Iata, os terminais com maior fluxo de passageiros e cargas são os que mais atraem os grupos privados. Para os autores do guia da associação, os governos devem procurar aumentar os benefícios sociais e econômicos da malha aérea, protegendo os interesses dos consumidores.

No Brasil, desde 2011, dez estados tiveram os aeroportos concedidos à empresas privadas: Guarulhos e Viracopos, São Paulo; Galeão, Rio de Janeiro; Confins, Minas Gerais; Brasília, Distrito Federal; Florianópolis, Santa Catarina; Fortaleza, Ceará; Porto Alegre; Rio Grande do Sul; Salvador, Bahia; São Gonçalo do Amarante, Rio Grande do Norte. Além disso, o governo pretende leiloar, em breve, 13 aeroportos das regiões norte, nordeste, sudeste e centro-oeste do país. 

O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil afirmou, em nota, que o programa de concessões aeroportuárias está alinhado com os objetivos de ampliação da infraestrutura, eficiência na gestão e aumento do bem-estar dos passageiros. De acordo com a pasta, nos aeroportos já privatizados foram investidos mais de R$ 17 bilhões e estão previstos mais R$ 15 bilhões até o término do período de concessão que tem duração de 30 anos.

O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, afirmou nesta quarta-feira (22), que das 953 solicitações de voos feitas à Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) para atender à demanda do período da Copa, 378 são voos extras, enquanto as restantes 575 solicitações se referem à mudanças de horários em voos que já integram sua malha regular.

Desses pedidos, explicou, 80 foram validados exatamente nas datas e horários solicitados; 298 ainda passarão por ajustes; e 575 voos que já integram a malha regular da Gol serão ajustados ao longo dos próximos meses. Kakinoff destacou que os voos já começaram a ser ofertados e serão incluídos gradualmente.

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Kakinoff defendeu o modelo de liberdade tarifária e reiterou que seguirá sua política tarifária. "A Gol entende que não tem melhor maneira de contribuir do que a manutenção de sua política", comentou a jornalistas. Ele salientou que 39% das passagens para o período da Copa serão ofertadas abaixo dos R$ 159 e 90% custarão até R$ 499. "Somente 2% poderão estar acima dos R$ 889", comentou. Ele lembrou que os preços variam de acordo com a evolução da taxa de ocupação dos voos e da proximidade com a data da partida, por isso aconselhou que os torcedores programem suas viagens com antecedência.

Contrariando a máxima de que para comprar passagens com desconto é preciso planejar a viagem com antecedência, as companhias aéreas estão liquidando bilhetes às vésperas do ano-novo. Nas compras de última hora há preços baixos não apenas em voos para destinos pouco procurados no dia 31. Para os passageiros que temem passar a virada dentro de um avião, há lugares em voos que partem pela manhã.

Ontem, era possível achar passagens de Campinas para o Rio, palco da festa de réveillon mais procurada do País, por R$ 53, sem taxas, na TAM. Para chegar à capital fluminense partindo de Vitória, o valor mais baixo era de R$ 72, pela Azul. De São Paulo para Florianópolis, outro destino de fim do ano, havia passagens por menos de R$ 100. Um dos valores mais baixos foi encontrado na Webjet: R$ 30 do Rio para Belo Horizonte.

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Com preços mais elevados nas últimas semanas, algumas empresas tiveram dificuldades para vender passagens para o fim do ano. Como as vendas não decolaram, as aéreas se viram obrigadas a baixar as tarifas para encher os aviões.

Para o consultor Allemander Pereira, as promoções foram uma forma de atrair os consumidores receosos de comprar passagens e passar o réveillon em aeroportos. Ele afirma que a possibilidade de greve dos aeroviários e dos aeronautas este mês deixou os passageiros mais cautelosos. Além disso, com a previsão de chuvas para esta época do ano, há o risco de alguns aeroportos interromperem temporariamente pousos e decolagens. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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