Tópicos | aviação

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (1º) às distribuidoras uma redução média de 12,6% no preço do querosene de aviação (QAV). Os novos preços valem a partir desta quinta-feira.

A companhia informou tratar-se do quarto mês consecutivo de queda no preço do insumo.

##RECOMENDA##

A redução acumulada no preço do QAV comercializado pela Petrobras em 2023 é de 35,0%, detalhou a estatal.

Pelo terceiro mês consecutivo, a Petrobras reduziu o preço do Querosene de Aviação (QAV). Desde o dia 1º de maio, o preço do combustível caiu 11,5% nas refinarias da estatal, acumulando no ano queda de 25,6%. Os reajustes do QAV são mensais e definidos por meio de fórmulas contratuais negociadas com as distribuidoras.

"Os preços de venda de QAV da Petrobras buscam equilíbrio com o mercado e acompanham as variações do valor do produto e da taxa de câmbio, para cima e para baixo, com reajustes aplicados em base mensal, mitigando a volatilidade diária das cotações internacionais e do câmbio", disse a estatal em nota nesta terça-feira, 2.

##RECOMENDA##

O combustível corresponde a cerca de 35% dos custos das empresas aéreas.

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, anunciou, neste fim de semana, que o governo Federal vai lançar o programa Voa, Brasil, de redução de preços de passagens aéreas no país. O objetivo é democratizar o acesso a passagens de avião, com custo estimado em R$ 200 por trecho voado.

Pelo programa, serão beneficiados servidores públicos nos três níveis de governo (municipal, estadual e federal) com salários de até R$ 6,8 mil, aposentados e pensionistas da Previdência Social e estudantes do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), programa do Ministério da Educação. “Não era justo fazer essa passagem para os executivos que tem condição de pagar preços maiores”, pontua o ministro.

##RECOMENDA##

França garante que a passagem não vai ficar mais cara aos demais passageiros, porque o custo de cada trecho é calculado considerando o número de assentos por quilômetro voado. “Quanto mais assentos por quilômetro estiverem preenchidos, mais barato tem que ficar o preço.”

De acordo com o ministério, a intenção é vender esses bilhetes mais baratos fora da alta temporada, em dois períodos: de fevereiro a junho e de agosto a novembro, quando tradicionalmente ocorre uma ociosidade média de 21% nos voos domésticos. "Com isso, a gente vai acabar barateando todas as passagens, porque na medida em que não tem mais ociosidade, as outras passagens também podem ficar mais baratas”, projeta o ministro.

Os participantes poderão comprar até duas passagens por ano, com direito a um acompanhante em cada trecho. Os bilhetes deverão ser pagos em até 12 vezes com juros, no valor de até R$ 72 para cada prestação.

França esclarece que o governo federal não vai entrar com subsídio. "Vai entrar com a organização”. As vendas serão feitas nos sites das próprias companhias aéreas, que devem exibir a opção Voa, Brasil. Os interessados que se enquadrarem nos critérios para participar do programa poderão realizar a compra, que será intermediada pela Caixa Econômica e Banco do Brasil.

Em nota, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) diz que está acompanhado a proposta do governo e tem se colocado à disposição para contribuir no debate.

"Desde o início do ano, a Abear e suas associadas mantêm diálogo constante com o Ministério de Portos e Aeroportos sobre o cenário do setor aéreo e as possíveis soluções para o crescimento do número de passageiros e destinos atendidos.”

A previsão do ministro é que o Voa, Brasil comece a funcionar no segundo semestre deste ano: "a passagem está muito cara hoje. As passagens têm que baixar de preço”, finalizou o ministro.

A Petrobras reduziu em 11,6% o preço de venda do querosene de aviação (QAV) para as distribuidoras de combustíveis. A diminuição começou a valer ontem (1º) e foi comunicada hoje (2) pela estatal.

O preço do querosene de aviação está em queda desde julho do ano passado e já acumula redução de 22,5%. Diferentemente de outros combustíveis, o querosene de aviação é reajustado mensalmente e tem valor definido por meio de fórmulas contratuais negociadas com as distribuidoras.

##RECOMENDA##

Mesmo assim, a Petrobras afirma que busca equilibrar o preço com o mercado internacional e acompanhar as variações da taxa de câmbio e o valor do produto no exterior. Segundo a empresa, os reajustes em periodicidade mensal reduzem a volatilidade diária das cotações internacionais e do câmbio.

A Petrobras comercializa o QAV produzido em suas refinarias ou importado apenas para as distribuidoras. As distribuidoras, por sua vez, transportam e comercializam os produtos para as empresas de transporte aéreo e outros consumidores finais nos aeroportos, ou para os revendedores. Distribuidoras e revendedores são os responsáveis pelas instalações nos aeroportos e pelos serviços de abastecimento.

A Organização da Aviação Civil Internacional (Icao, na sigla em inglês), uma agência das Nações Unidas, anunciou nesta sexta-feira (7) um acordo para que o setor alcance a neutralidade de carbono até 2050.

Representantes dos 193 países-membros reunidos para a assembleia da Icao, com sede em Montreal, chegaram a "um acordo histórico sobre uma ambiciosa meta coletiva de longo prazo de neutralidade de carbono até 2050", publicou a organização no Twitter.

"É um resultado excelente", disse uma fonte diplomática europeia à AFP, especificando que "apenas quatro países, incluindo a China, expressaram reservas".

O papel do transporte aéreo é fundamental na crise climática.

Atualmente responsável por entre 2,5% e 3% das emissões globais de CO2, o setor encontra dificuldade em mudar para a energia renovável, mesmo que a indústria da aviação e as empresas de energia estejam trabalhando duro neste intuito.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) disse que as companhias aéreas estão sendo "fortemente encorajadas" a adotar a meta climática, um ano depois que a organização endossou a mesma posição em sua própria assembleia geral.

"Esperamos iniciativas políticas muito mais sólidas em áreas-chave de descarbonização, como o incentivo à capacidade de produção sustentável de combustível de aviação", disse o diretor geral da Iata, Willie Walsh.

Segundo as companhias aéreas, criar uma aviação livre de emissões de carbono implica um investimento de US$ 1,55 trilhão entre 2021 e 2050.

"A comunidade global da aviação saúda este acordo histórico", afirmou o brasileiro Luis Felipe de Oliveira, diretor do Conselho Internacional de Aeroportos, que representa 1.950 aeroportos em 185 países.

"Este é um momento decisivo no esforço para descarbonizar o setor de aviação, já que governos e indústria estão agora se movendo na mesma direção, com uma estrutura política comum", disse ele em comunicado.

- Acordo não vinculante -

O acordo, no entanto, ficou aquém de satisfazer algumas organizações não governamentais, que lamentaram o fato de o mesmo não ter ido suficientemente longe e que não seja juridicamente vinculante.

Os aviões atraem críticas particularmente duras porque apenas cerca de 11% da população mundial voa a cada ano, de acordo com um estudo de 2018 amplamente citado.

Além disso, metade das emissões das companhias aéreas vem do 1% dos principais viajantes, disse ele.

"Este não é o momento para o acordo de Paris da aviação. Não vamos fingir que uma meta não vinculativa reduzirá as emissões de carbono da aviação a zero", criticou Jo Dardenne, da ONG Transporte e Meio Ambiente.

O ativista também expressou decepção com os ajustes considerados pelos delegados ao programa de redução e compensação de carbono do setor, conhecido como Corsia.

Durante a reunião de 10 dias, a Rússia também buscou, mas não conseguiu, votos suficientes para ser reeleita para o conselho de governo da organização da ONU, responsável por garantir o cumprimento dos regulamentos da aviação.

Moscou foi acusada de violar as regras internacionais ao não devolver centenas de aviões que alugou, conforme exigido pelas sanções impostas após a invasão da Ucrânia em fevereiro.

Esta foi a primeira Assembleia Geral da Icao desde o início da pandemia de covid-19, que levou a indústria da aviação ao limite financeiro.

Em 2021, o número de passageiros aéreos foi apenas metade dos 4,5 bilhões de 2019, um aumento de 60% em relação a 2020.

O setor espera em 2022 atingir 83% de seu número de passageiros de três anos atrás e voltar a ser lucrativo em 2023.

O segmento de carga tem ganhado importância na estratégia das companhias aéreas brasileiras, que ainda não recuperaram os números no transporte de passageiros na volta da pandemia e enfrentaram prejuízos bilionários no segundo trimestre de 2022. Com novos modelos de negócio, Gol e Azul apostam que o segmento deve continuar crescendo, impulsionado principalmente pela demanda do e-commerce. Nesta semana, a Gol apresentou a primeira das seis aeronaves cargueiras para a parceria com o Mercado Livre.

Os aviões do modelo Boeing 737-800 BCF fazem parte do contrato de longo prazo firmado em abril. Há ainda a opção de adicionar outras seis aeronaves até 2025. "Com este avião, vamos revolucionar as entregas no País. Seremos a primeira companhia aérea a levar entregas em um dia para o Nordeste", disse o CEO da Gol, Celso Ferrer.

##RECOMENDA##

Os primeiros voos da parceria terão como destino as capitais Fortaleza (CE), São Luís (MA) e Teresina (PI), onde o prazo atual de entregas de quatro dias cairá para apenas um, considerando cargas armazenadas em centros de distribuição (CD) de armazenamento de mercadorias do Mercado Livre.

Nesses locais, os itens ficam estocados e, quando o consumidor faz a compra, os produtos saem do CD e se dirigem a galpões menores (chamados de cross dockings), mais próximos às regiões de entrega, nos quais serão redirecionados e sairão para chegar às mãos do consumidor.

Com a parceria, a estimativa do Mercado Livre é de que cerca de 11% das entregas totais da companhia sejam feitas via modal aéreo - quando os seis aviões estiverem operando. "As aeronaves (dessa parceria) vão fazer dois voos por dia", disse o vice-presidente sênior de e-commerce e líder do Mercado Livre no Brasil, Fernando Yunes. "Quanto mais voarem, mais vai haver uma diluição do custo fixo por pacote."

Atualmente, a GolLog - braço de carga da aérea - não opera com cargueiros dedicados, transportando encomendas apenas na parte inferior das aeronaves (a chamada "barriga" do avião) de passageiros. Com a chegada dos seis aviões do Mercado Livre, o braço de cargas terá 80% mais oferta de espaço para carga, segundo o diretor executivo da GolLog, Júlio Perotti.

Em abril, a Gol projetou que a receita incremental da parceria chegaria a R$ 100 milhões em 2022 e R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos. O acordo com o Mercado Livre é de dez anos.

ENTREGA EM 48H

A Azul opera sete cargueiros, sendo dois Boeing 737 e cinco Embraer E-195. O modelo da aérea no segmento de carga envolve 310 lojas (nomeadas pela companhia) e entregas em até 48 horas para mais de 2 mil cidades no País. A receita da Azul Cargo no segundo trimestre quase triplicou em relação ao mesmo período de 2019, nível pré-pandemia.

"Nos 4 mil municípios onde entregamos, conseguimos atender 96% da população brasileira. Em 2 mil cidades, entregamos em até dois dias", afirma a diretora da Azul Cargo, Izabel Reis.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) avalia ser improvável que o conflito entre Rússia e Ucrânia afete o crescimento no longo prazo do transporte aéreo no mundo. Em relatório divulgado ontem, a entidade afirmou ser "muito cedo para estimar quais serão as consequências de curto prazo para a aviação", mas disse ser "claro que existem riscos", principalmente nos mercados expostos ao conflito.

Segundo a Iata, os pontos sensíveis incluem a extensão geográfica do conflito, a gravidade e período de tempo das sanções e/ou fechamento de espaço aéreo. Esses impactos seriam sentidos mais severamente na Rússia, Ucrânia e áreas vizinhas. Antes da Covid-19, a Rússia era o 11.º maior mercado para os serviços de transporte aéreo em número de passageiros, incluindo seu mercado doméstico. A Ucrânia estava em 48.º lugar nesse ranking.

##RECOMENDA##

A entidade alerta que o impacto nos custos das companhias aéreas em decorrência da flutuações nos preços da energia ou da mudança de rota de voos para evitar o espaço aéreo russo pode ter implicações mais amplas. Além disso, o relatório observa que a confiança do consumidor e a atividade econômica provavelmente serão afetadas mesmo fora do Leste Europeu.

No relatório, a Iata diz esperar que o número total de viajantes chegue a 4 bilhões em 2024, superando os níveis pré-covid.

Mais de 60 voos de companhias aéreas mexicanas foram cancelados nas últimas 48 horas, depois que 87 pilotos testaram positivo para Covid-19, informaram fontes do setor nesta sexta-feira (7).

A Associação Sindical de Pilotos Aviadores do México (Aspa) indicou que 83 pilotos da Aeroméxico e de sua subsidiária Connect e quatro da Aeromar testaram positivo para Covid-19. Eles foram colocados em isolamento, enquanto dezenas de tripulantes foram retirados dos voos para serem testados.

Isso levou ao cancelamento de 22 voos ontem e 43 nesta sexta-feira, todos da Aeroméxico e Connect, segundo o aeroporto internacional da capital.

Após o cancelamento dos voos, a ação da Aeroméxico teve queda de 16,52%, o que se soma ao forte retrocesso de dezembro, em meio ao processo de reestruturação sob a lei de falências americana.

Os principais destinos afetados pelos cancelamentos foram Guadalajara (oeste), Cancún (leste) e Monterrey (norte), além de um voo que deveria partir de Seul, mas que foi cancelado devido a dois casos de Covid-19 entre tripulantes, segundo a Aspa.

Outras atividades no México tiveram que ser adiadas ou canceladas devido a infecções pelo novo coronavírus, como jogos de futebol e sessões de uma comissão do Congresso mexicano.

O governo mexicano reconheceu o aumento no número de casos da doença, mas descartou novas medidas de confinamento, uma vez que o número de internações permanece estável.

O México soma 4 milhões de infectados e 299.933 mortos, de acordo com números oficiais.

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) fez, nessa quinta (14), um alerta para a escalada do preço do querosene de aviação (QAV), que registrou alta de 91,7% no segundo trimestre deste ano, em relação a igual período do ano passado, segundo os dados mais recentes da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Segundo a ABEAR, também preocupam os sucessivos recordes de cotação do dólar em relação ao real. Para a associação, os dois fatores ameaçam a retomada mais consistente da aviação comercial brasileira e vêm “pressionando os preços das passagens aéreas”.

##RECOMENDA##

Preços das passagens

O levantamento mais recente da ANAC mostra que a tarifa média aérea doméstica real do segundo trimestre de 2021 registrou queda de 19,98% em comparação com o mesmo trimestre de 2019, período prévio aos impactos da pandemia da Covid-19. O preço médio do bilhete foi de R$ 388,95, ante R$ 486,10.

A ABEAR destaca que qualquer comparação de preços de bilhetes tendo como referência o ano de 2020 leva em consideração os menores valores históricos por causa do impacto da pandemia.

De acordo com a associação, a tarifa aérea doméstica do ano passado se situou em R$ 376,29, o “menor preço em 20 anos”.

Querosene

Segundo pesquisa da ABEAR, no primeiro semestre de 2021, o preço médio do querosene de aviação na bomba, no Brasil, foi 24,6% superior do que nos Estados Unidos.

A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos ordenou neste domingo (21) a realização de inspeções extras em algumas aeronaves de passageiros Boeing 777, depois que um voo da United sofreu uma falha de motor no dia anterior no Colorado.

"Depois de consultar minha equipe de especialistas em segurança da aviação sobre a falha de ontem no motor de um avião Boeing 777 em Denver, eu os instruí a emitir uma Diretriz de Aeronavegabilidade de Emergência que exige inspeções imediatas ou intensificadas de aviões Boeing 777 equipados com certos motores Pratt & Whitney PW4000", disse o administrador da agência, Steve Dickson, no Twitter.

"Isso provavelmente significará que alguns aviões serão retirados de serviço".

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MP-DFT) e a Polícia Civil deflagraram, nesta quarta-feira (3), a Operação Antonov contra um esquema de propina para baixar impostos em combustíveis da aviação na capital federal. Entre os alvos dos mandados de busca e apreensão estão o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e o ex-vice-governador do Distrito Federal Tadeu Filippelli.

De acordo com a investigação, os crimes ocorreram entre 2012 e 2014. Há indícios de que as companhias aéreas Gol e TAM teriam pago R$ 4 milhões a Filippelli e R$ 10 milhões a Eduardo Cunha - que seria o intermediário entre as empresas e o governo do DF. O ex-presidente da Câmara dos Deputados cumpre prisão domiciliar por outros crimes.

##RECOMENDA##

As apurações foram abertas a partir de um acordo de colaboração premiada firmado entre o Ministério Público Federal e o operador Lúcio Funaro.

Filippelli e Cunha, que na época era deputado federal pelo Rio de Janeiro, teriam recebido a propina para alterar uma lei distrital e reduzir a alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do querosene da aviação.

Os pagamentos a Cunha teriam sido recebidos por meio de uma empresa administrada pela mulher dele, Cláudia Cordeiro Cruz, ou por meio de transferências a companhias ligadas a Funaro. O operador teria contratado o serviço dos doleiros Vinicius Claret, o "Juca Bala" e Cláudio Barbosa, o "Tony", presos na Operação Lava Jato, para fazer com que o dinheiro chegasse ao político.

Já Filippelli teria recebido as propinas com a ajuda do operador Afrânio Roberto de Souza Filho e usado parte do dinheiro para comprar imóveis comerciais na cidade de Taguatinga, no Distrito Federal. Para os investigadores, há indícios de que, posteriormente, eles foram usados para "integralizar o capital social da empresa Lanciano Investimentos e Participações S/A, administrada por sua então esposa Célia Maria Pereira Ervilha Filippelli", afirma o MP-DFT.

As suspeitas recaem ainda sobre Henrique Constantino, empresário da Gol, que teria feito pagamentos a Cunha em troca da liberação de empréstimo na Caixa Econômica e da desoneração da folha de pagamento dos empregados do setor aéreo e rodoviário.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-DFT, com apoio dos policiais civis, cumpre ao todo 20 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Espírito Santo e Goiás. A operação foi batizada de Antonov em referência ao maior cargueiro de asa fixa do mundo.

Defesas

Os advogados Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso e Délio Lins e Silva, que defendem Eduardo Cunha, se manifestaram por meio de nota: "a operação de hoje é um retorno ao famigerado período das pirotecnias acusatórias. Não há dúvida de que se trata de algo fabricado politicamente, com o intuito de retaliar, de forma injusta, alguém que vem cumprindo rigorosamente todas as condições que lhe foram impostas pela Justiça ao conceder a prisão domiciliar. Não se buscou nem mesmo disfarçar tamanha ilegalidade. Os próprios investigadores confessam que os fatos, os quais não guardam qualquer relação com Eduardo Cunha, são antigos, não passam de 2014. A defesa do ex-deputado confia nas instâncias superiores do Poder Judiciário para corrigir tamanha ilegalidade."

A Latam de manifestou dizendo que "não tem informações sobre esta investigação. A empresa irá colaborar com as autoridades competentes." A Gol também informou que não tem conhecimento da operação.

A companhia aérea inglesa Virgin Atlantic recebeu ontem autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar voos internacionais no Brasil. De acordo com o órgão regulador, a empresa manifestou interesse em voar, a partir de março deste ano, entre as cidades de Londres e São Paulo.

Com essa autorização, a Virgin deverá ser a segunda companhia aérea de baixo custo (low cost) a voar entre o Brasil e a Inglaterra. Desde o fim de março do ano passado, a norueguesa Norwegian já oferece no País voos entre o Rio de Janeiro e Londres.

##RECOMENDA##

No início deste mês, a aérea espanhola Air Nostrum também anunciou que vai operar rotas domésticas regionais no País. Pelo planejamento divulgado pela empresa, isso deve acontecer a partir do segundo semestre deste ano.

Além dela, as aéreas Norwegian, Sky Airlines, Flybondi e Jetsmart já iniciaram voos internacionais no modelo de baixo custo para países da América Latina e também da Europa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pouco mais de um ano após a chegada das primeiras companhias aéreas internacionais de baixo custo no Brasil, algumas delas já dão sinais de que podem não permanecer por muito tempo no País. Também não há nenhum indicativo de que elas começarão a operar voos domésticos, apesar dos incentivos ­­-- e da vontade -- do governo federal, que abriu totalmente o setor aéreo ao capital estrangeiro no ano passado.

A chilena Sky, fundada em 2002 e que atua como low cost desde 2015, foi a primeira a voar para o Brasil, em outubro de 2018. O movimento das aéreas de baixo custo no País se consolidou, então, com a vinda da norueguesa Norwegian, da argentina Flybondi e da também chilena JetSmart. Enquanto Norwegian e Flybondi atravessam um período delicado que pode colocar fim aos voos delas que chegam ou partem do Brasil, Sky e, principalmente, JetSmart têm se saído um pouco melhor.

##RECOMENDA##

A competitividade do setor, porém, com Gol, Latam e Azul operando com grande eficiência, é um desafio para que Sky e JetSmart consigam se tornar mais relevantes nos voos entre o Brasil e países da região, segundo fontes do mercado. Na primeira semana de fevereiro, por exemplo, apenas 3,5% dos voos internacionais foram realizados por uma empresa aérea de baixo custo. "Enquanto as outras (Gol, Latam e Azul) forem eficiente, é difícil que elas tenham um papel relevante (nas rotas na América do Sul)", diz o consultor André Castellini, sócio da Bain & Company e especialista no setor aéreo.

Segundo o consultor, no Brasil, também não é fácil para as empresas terem um custo muito baixo e, consequentemente, oferecerem tarifas significativamente menores do que as das aéreas tradicionais, como ocorre na Europa. "O diferencial de custo não permite tarifas muito baixas", diz.

O jornal O Estado de São Paulo fez um levantamento de preços e, nessa simulação, apenas Flybondi e Norwegian ofereceram tarifas mais atrativas. No caso da argentina, a passagem de ida e volta entre São Paulo e Buenos Aires era 27% mais barata que a da Gol e a da Latam. No da norueguesa, o preço do voo entre Rio de Janeiro e Londres era 34% inferior ao da Latam, mas não oferecia nem refeições durante a viagem nem a possibilidade de o passageiro levar uma bagagem de mão .

Justamente Flybondi e Norwegian, no entanto, são as empresas cujas operações estão ameaçadas, segundo fontes do setor. A Norwegian enfrenta uma grave crise financeira e reestruturou parte de sua dívida no ano passado. Em 2018, a empresa teve prejuízo de 1,4 bilhão de coroas norueguesas (R$ 640 milhões na cotação atual). Apesar de o resultado ter sido positivo em 263,7 milhões de coroas norueguesas (R$ 120 milhões) nos primeiros nove meses de 2019, o mercado projeta prejuízo para 2019 e 2020, segundo reportagem do Financial Times com base em levantamento da Bloomberg.

A própria Norwegian afirmou, em seu último relatório, que a "companhia está exposta a risco de liquidez", mas acrescentou que esse risco tem diminuído conforme avança sua estratégia de trocar crescimento por lucratividade. Nada disso, porém, foi o suficiente até agora para convencer os investidores. As ações da empresa caíram 80% em pouco mais de um ano, passando de US$ 20,70 em janeiro de 2019 para US$ 4.

A estratégia da companhia de realizar voos transatlânticos, iniciada em 2013, é apontada como uma das responsáveis pela crise. No ano passado, a empresa teve de vender sua subsidiária na Argentina para a chilena JetSmart. No Brasil, a Norwegian não opera com subsidiária e tem apenas o voo entre Rio e Londres, mas, cortes em rotas podem afetar a operação local.

A empresa já informou que pretende reduzir sua oferta em 10% neste ano. Em entrevista no fim do ano passado para o Financial Times, o presidente da companhia, Geir Karlsen, afirmou estar comprometido com voos de longa distância, mas, segundo o jornal, rotas transatlânticas entre a Irlanda e os Estados Unidos, por exemplo, estão sendo revistas. Ainda que a empresa opte por manter o voo para o Rio de Janeiro em um primeiro momento, sua condição financeira é uma ameaça à operação na cidade brasileira. Procurada pelo Estado, a Norwegian não retornou.

A Flybondi, por sua vez, sofre com a crise argentina. A companhia fez seu primeiro voo doméstico em janeiro de 2018, pouco antes de o país afundar em uma recessão. Com a crise e a desvalorização do peso ­­- a moeda americana avançou 210% na Argentina desde a estreia da companhia --, a expansão da operação ficou comprometida e as finanças da empresa começaram a se deteriorar.

A promessa era que a companhia terminaria 2019 voando com dez aviões. A frota, no entanto, tem hoje cinco aeronaves. Segundo afirmou o presidente da Flybondi, Sebastián Pereira, por e-mail, a redução na demanda decorrente da crise argentina tornou a ampliação da frota menos urgente. Além disso, os acidentes com o 737 MAX, da Boeing, que mataram 346 pessoas e retiraram o modelo do mercado, têm pressionado o aluguel de aviões globalmente e dificultado as negociações para a Flybondi adquirir novos aviões. "Mas estou muito otimista com o momento. Estamos muito perto de poder definir em que época do ano incorporaremos mais aviões e rotas", disse Pereira.

Mesmo com apenas cinco jatos, a companhia já anunciou uma ampliação na malha aérea internacional. Na última semana de janeiro, começou a voar para São Paulo e, em março, incluirá Porto Alegre em suas rotas. A Flybondi atua no Brasil desde outubro do ano passado com um voo entre Buenos Aires e Rio de Janeiro e, durante o verão, está operando também em Florianópolis.

Apesar dessa expansão, a informação no mercado brasileiro é que a situação financeira da companhia é delicada e que a empresa já procura algum interessado para comprá-la. A intenção de ampliar a atuação seria, justamente, se tornar mais atraente para potenciais compradores. Questionado sobre o assunto, Pereira, afirmou que a empresa analisa o "mercado brasileiro de forma muito dinâmica e diversificada, mas apenas com o objetivo de alcançar maior crescimento no País".

A companhia costuma destacar que está crescendo, apesar da situação argentina, e diz conseguir ser mais competitiva que as concorrentes brasileiras por ter mais assentos em seus aviões e voar as aeronaves por mais tempo -- o que garantiria margens positivas apesar das tarifas em média 30% mais baratas. A diferença na capacidade dos jatos, porém, é pequena. Enquanto a Flybondi opera aviões Boeing 737-800 NG para 189 passageiros, a Gol oferece 186 assentos na mesma aeronave. A aérea argentina também afirma que seus aviões voam quase 11 horas e 20 minutos por dia. No mercado brasileiro, a média fica entre 10 horas e meia e 11 horas.

Sem perspectivas para o mercado doméstico

Se nos voos internacionais, há possibilidade de redução na oferta de voos de baixo custo, no mercado doméstico não há, ao menos por enquanto, intenção das companhias low cost avançarem. Nem as duas chilenas em posição mais sólida -- JetSmart e Sky -- têm planos de curto prazo para uma operação brasileira nem a Flybondi. "Sempre existe a possibilidade (de operar voos domésticos no País), mas hoje nós não temos plano. Hoje, temos habilitação apenas para voos internacionais", disse o diretor comercial da Flybondi, Mauricio Sana Saldaña.

Segundo o diretor regional de vendas da Sky, Jaime Fernandez, a empresa está focando seus negócios agora no Peru, onde começou o tráfego doméstico em 2019. "O Brasil é um mercado atrativo, mas por enquanto não temos planos para voos domésticos", disse. Por aqui, o objetivo é alcançar a frequência diária entre Santiago e São Paulo. Hoje, a empresa tem cinco voos por semana para o destino, além de atender também Rio de Janeiro, Florianópolis e Salvador.

Já o presidente da JetSmart, Estuardo Ortiz, afirma que, "no momento", o interesse da empresa é por voos internacionais a partir do Brasil. "Precisamos conhecer o mercado. Por enquanto, estamos analisando mais Peru e Colômbia (para voos domésticos)." Segundo o executivo, porém, novas rotas para o Brasil podem ser lançadas no segundo semestre. "O mercado brasileiro (internacional) está em uma situação muito boa. Mas alguns custos de operação, como combustível e taxa de embarque dificultam." A JetSmart opera voos de Santiago para Salvador, São Paulo e Foz do Iguaçu.

Criada pelo fundo de investimentos americano Indigo Partners -- que também tem participação nas áreas Volaris (México), Wizz (leste europeu) e Frontier (Estados Unidos) --, a JetSmart é vista hoje como a low cost de maior potencial da região. Apesar de ter uma frota de apenas 20 aviões, a companhia tem encomendado outras 76 aeronaves para serem entregues até 2026.

A falta de interesse imediato das low cost no mercado doméstico é explicada pelas dificuldades de custo do Brasil, segundo o diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), Dany Oliveira. "É muito difícil operar no Brasil. O custo é grande. Temos uma judicialização forte para todo o setor. Além disso, um dos combustíveis de aviação mais caros do mundo", destaca.

De acordo com Oliveira, uma aeronave que vem de fora do Brasil tem um custo 15% superior para reabastecer e sair do País. As aéreas locais, entretanto, pagam ainda mais caro por causa de tributos como o PIS e Cofins. Enquanto o combustível de aviação gira em torno de 35% a 40% do custo do negócio no Brasil, diz, a média mundial varia entre 20% e 22%.

Segundo o Diretor da ANAC, Ricardo Catanant, o país deu passos importantes no setor aéreo e começou a atrair a atenção dos investidores. Entre as medidas destacadas estão a permissão de 100% de capital estrangeiro para as aéreas e a cobrança separada da bagagem despachada. "Acredito que (a modernização) deva trazer alguns resultados nos próximos meses", disse, mas colocando o avanço também na conta do crescimento econômico esperado para o País.

Catanant acrescentou que algumas mudanças no setor precisam se consolidar para, então, trazer segurança para os investidores, como é o caso da própria cobrança da bagagem despachada, que constantemente é questionada. "O foco de preocupação hoje, e isso já foi externado pelo governo, é a gente tentar trazer um ambiente de maior racionalidade para a questão de conflitos e consumo. A nossa preocupação é tentar reduzir a judicialização, gerar um entendimento e respeito aos contratos de transporte", disse.

Confira o depoimento de brasileiros que viajaram com empresas low cost

As experiências dos brasileiros que foram para o exterior em um voo de baixo custo variam. Há os que aprovaram a viagem, principalmente se conseguiram comprar a passagem em uma promoção, mas reclamações como cheiro de comida durante toda a viagem e tripulantes mal treinados costumam ser bastante frequentes em sites de avaliação como o TripAdvisor. Confira abaixo o depoimento de alguns brasileiros que experimentaram as companhias low cost que estão operando no Brasil.

João Moris, tradutor e jornalista, 62 anos

Empresa: Norwegian

Trecho: Rio de Janeiro - Londres

Eu fui do Rio para Londres com a Norwegian. Eu já tinha voado com low cost antes (na Europa), mas nunca um voo internacional. Quando vi que a Norwegian ia viajar para cá, achei bem legal e aderi. Como era alta temporada, paguei uns US$ 750. Nas outras, estava por volta de US$ 900. Para mim, foi inusitado, porque cada item tinha de pagar. Escolhi pagar para reservar o assento, pela refeição e para despachar bagagem. A reserva não tem fim. Vai aparecendo tudo para você comprar. Os US$ 750 que paguei incluía já esses extras (assento, refeição e bagagem). O avião era novo, mas o espaço era pequeno para as pernas e a poltrona quase não reclinava. Mas, hoje, estão quase todas as companhia aéreas assim. Tem tudo no cardápio no voo: cobertor, fone de ouvido, água, tudo é pago. Uma hora depois de decolar, mais ou menos, abriram um sanduíche do meu lado e na minha frente, que tinham levado de casa. As bebidas, (os passageiros próximos) tinham comprado em lanchonete e restaurante da área de embarque. O meu jantar, trouxeram em uma caixinha de papelão retangular. Era bem básico. Não fiquei com fome, mas era pouca comida: duas almôndegas, arroz, legumes e uma sobremesa. Não tinha salada. Teve café da manhã também (incluso quando se compra a refeição a bordo), mas, quando cheguei, estava com fome. Não tem aqueles lanches que costuma ter no fundo para caso você tenha fome durante o voo. Na volta, me irritei. Estava do lado de gente com garrafa, comida. Senti que só eu tinha pedido refeição. O avião fica cheirando a comida o tempo inteiro (porque as pessoas levam seus lanches). Prefiro pagar R$ 1.000 a mais do que viajar de novo (com a Norwegian).

Raul Faust, advogado, 27 anos

Empresa: Flybondi

Trecho: Florianópolis - Buenos Aires

Uma amiga minha me convidou pra viajar pra Buenos Aires e procuramos os voos mais baratos na internet. Eu nunca tinha ouvido falar em Flybondi, mas minha amiga disse que era uma empresa low cost. Eu vi no TripAdvisor vários comentários negativos sobre a companhia, que eles cancelam em cima da hora e que aviões são velhos. Vi tudo de pior que podia acontecer no mundo. Mas aí conversei com um amigo que é engenheiro, e ele me disse que o avião não cairia, porque a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) fica em cima. Eu procurei passagem com outras empresas também, mas eram bem mais caras. Comprei só passagem de ida, com um mês de antecedência, e paguei R$ 500, com bagagem despachada. Outras custavam entre R$ 1.200 e R$ 1.800. No dia do voo, o check-in era online, igual ao de outras empresas, e só despachei a bagagem. Tudo foi relativamente rápido, nem mais rápido nem devagar que outras empresas. Os atendentes do aeroporto falavam português e espanhol. Embarquei no horário normal, não atrasou nem dez minutos. Dentro do avião, o avião estava bem limpo. Não vi nada diferente de outras companhias brasileiras, mas achei um pouco estranho que, no começo, falavam em espanhol e em inglês. Aí entendi os primeiros comunicados em inglês. Depois de um momento, começaram a falar só espanhol. Eu não entendi mais nada. Nesse aspecto, fiquei meio perdido. Se você quisesse tomar uma água, tinha de pagar. Não comprei nada. Não sei nem quanto era, porque estava todo mundo falando espanhol e eu fiquei até com vergonha de me manifestar, porque não falo espanhol. Quando cheguei lá, a bagagem chegou também. Deu tudo certo, mas o aeroporto não tem estrutura nenhuma. Não dá nem pra fazer câmbio. Eu só tinha real. Minha amiga tinha peso e acabou me salvando. Pegamos um ônibus para o centro de Buenos. Um ônibus de linha, bem rápido e bom. Eu viajaria de novo (com a Flybondi), com certeza. Pelo preço, vale a pena. Acho que a única questão é se você tiver algum problema e precisar entrar em contato com eles, porque o atendimento é todo digital.

Juçara Nascimento, aposentada, 60 anos

Empresa: Flybondi

Trecho: Rio de Janeiro - Florianópolis

Fui em novembro para Buenos Aires. Apareceu uma promoção e minha filha comprou a passagem. Pagou R$ 250 a ida e a volta. Foi muito barato, mas a gente só tinha direito a bagagem de mão. Quando fiz o check-in, marcaram eu e meu marido na mesma poltrona. Aí fomos ver isso e não tinha lugar marcado pra ninguém, mas consegui sentar com meu marido. O voo foi horrível. A única coisa boa foi a pontualidade. O avião é muito velho. Desconfortável sujo. As poltronas eram tipo assento de ônibus municipal. Quando fui sentar, minha poltrona estava suja, como se alguém tivesse derramado iogurte nela. Pedi para a comissária limpar. Ela passou um papel toalha para tirar o que estava melado e ponto. Já viajei com low cost na Europa e o serviço foi muito melhor. Depois de entrar no avião, só voltei a ver a tripulação no desembarque. Não passaram em nenhum momento nem para oferecer água nem para vender nada. Amassaram minha mala toda na hora de fechar o bagageiro superior. Danificaram a alça dela. Reclamei quando cheguei ao aeroporto, e eles disseram que não se responsabilizavam pelo dano. O aeroporto é muito pequeno. Sem estrutura nenhuma. Não tem muita orientação. É tudo muito tumultuado. Já tínhamos contratado, ainda quando estávamos no Rio, um serviço de transfer. Aí fizemos câmbio quando chegamos no hotel, porque não tem no aeroporto. Eu não voltaria a viajar por eles. Não vale a pena o preço. Por ser uma empresa nova, poderia fazer a promoção pra mostrar o serviço, mas não convenceu. Na Europa, já viajei com a Ryanair. O atendimento dos tripulantes, a aeronave e os aeroportos eram melhores. Durante a viagem, não oferecem nada gratuito para comer ou beber, mas passam o serviço, você pode comprar. Tudo muito organizado.

Evanio Marinho da Silva, bancário, 49 anos

Empresa: SKY

Trecho: Santiago - Calama (Chile)

Quando fui comprar a passagem, tive um pouco de receio de escolher a SKY, porque nunca tinha viajado com low cost. Mas comprei pelo preço. A diferença para a Latam era bem grande nessa rota. Eu adicionei bagagem de mão, uma bagagem despachada e comprei assentos. Isso encareceu bastante e ainda assim ficou uns 30% mais barato do que na Latam. No voo, eu até me surpreendi. As aeronaves são mais antigas, mas em bom estado de conservação. Os voos foram muito pontuais. Tudo que você quer consumir tem de pagar, até a água. Não comprei nada nem consultei preço. Os comissários foram solícitos durante a viagem, mas, no embarque, foram muito rigorosos com o tamanho da bagagem. Notei certa falta de habilidade dos funcionários do aeroporto para lidar com situações que são corriqueiras. Eles não são muito amigáveis para lidar quando o passageiro está com uma bagagem maior do que a permitida. Mas tem passageiro também que costuma exagerar. Viajaria com eles de novo depois dessa experiência. Passou um pouco o receio. Para quem vai fazer viagem curta, sem bagagem ou mesmo adquirindo bagagem de mão, o custo é muito inferior.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Azul anunciou na terça-feira (14) a compra da empresa de aviação regional TwoFlex por R$ 123 milhões. Apesar de pequena, a companhia tem 14 slots (autorizações de pousos e decolagens) na pista auxiliar do aeroporto de Congonhas, considerado central para as operações da Azul. A aérea diz ter usado recursos do próprio caixa para a aquisição.

"Eles (a TwoFlex) conhecem esse mercado sub-regional, o que pode ajudar a gente. Sempre somos procurados por governadores, por ministros, para voar para vários pontos do Brasil. Isso ajuda a atender às demandas", afirmou na terça-feira o presidente da Azul, John Rodgerson, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo/Broadcast.

##RECOMENDA##

A TwoFlex oferece serviço regular de passageiros e cargas para 39 destinos, dos quais apenas três já são atendidos pela Azul. Sua frota é composta por 17 aeronaves Cessna Caravan próprias e por um turboélice regional monomotor com capacidade para nove passageiros.

De acordo com Rodgerson, a frota da TwoFlex trará frutos importantes para a empresa, pois pode levar a Azul imediatamente para aeroportos que antes ela não entraria com os modelos ATRs. Um exemplo, segundo o executivo, são os voos para o Amazonas.

O valor da aquisição é baixo para o porte da Azul. No ano passado, a empresa tentou comprar a Avianca, que entrou em recuperação judicial no Brasil, sem sucesso.

A companhia pretende manter um ritmo anual de investimentos de R$ 6 bilhões nos próximos anos. O foco, entretanto, estaria mais na renovação da frota, com a aquisição de aeronaves, segundo o executivo. "Estamos sempre atentos e olhando para o mercado. Mas não vejo nada no curto prazo (de novas aquisições)", disse.

Congonhas.

A aquisição amplia a presença da Azul em Congonhas, principal aeroporto do País. "Qualquer oportunidade que possa haver de receber mais slots em Congonhas, vamos fazer", disse o presidente da aérea.

O Bradesco BBI apontou que a aquisição da companhia regional TwoFlex é positiva para a Azul. Os analistas Victor Mizusaki, Paula Athanassakis e Gabriel Rezende destacaram que os novos slots em Congonhas saíram barato. "A Azul está pagando R$ 8,8 milhões por slot no Aeroporto de Congonhas, o que é favorável se comparado ao valor estimado de R$ 15,8 milhões por slot operado pela companhia aérea pelo transporte aéreo entre São Paulo e Rio de Janeiro", apontaram.

Rodgerson destacou, porém, que Congonhas foi um dos pontos positivos do negócios, mas não o único. O executivo contou que a negociação começou em agosto de 2019, após a TwoFlex procurar a Azul. A empresa é considerada uma importante parceira da Gol no País para voos regionais.

Time.

O objetivo da Azul é integrar toda a equipe da TwoFlex, de cerca de 200 pessoas. "A Azul está crescendo e temos espaço para todo mundo. Parte da nossa equipe operacional vai começar a trabalhar junto. Vamos ver como podemos operar melhor esse ativo", destacou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mais de 350 voos foram cancelados nesta sexta-feira (13) na Itália devido a uma greve dos funcionários das empresas Alitalia e Air Italy, em dificuldades econômicas.

A greve, à qual aderem pilotos, comissários de bordo e pessoal de terra, foi organizada pelos sindicatos para protestar contra a longa crise das companhias aéreas italianas, em particular a Alitalia, principal companhia aérea do país.

“Para a Alitalia, exigimos um plano industrial que inclua uma recuperação concreta da companhia e garanta investimentos e crescimento, sem sacrifícios em termos de emprego”, afirmaram porta-vozes do maior sindicato do país, o CGIL. “Não se pode perder tanto tempo, precisamos agir para salvar a Alitalia”, pediram.

A empresa apresenta perdas há anos e está sob a tutela do Estado desde 2017, depois que os trabalhadores rejeitaram um plano de reestruturação que incluiu o corte de 1.700 empregos de um total de 11.000.

Desde então, o governo procura um ou mais compradores, mas sem sucesso. Os sindicatos devem se reunir na terça-feira com o ministro do Desenvolvimento Econômico, Stefano Patuanelli, para analisar a situação.

Questionada na noite de quinta-feira sobre a possibilidade de um grupo estrangeiro assumir o controle da Alitalia, a ministra de Transportes, Paola de Micheli, afirmou que “não pode excluí-la”, embora tenha avisado que o grupo deve ser “europeu”.

A empresa americana Delta anunciou que está disponível para investir 100 milhões de euros na Alitalia e se tornar um acionista minoritário, com 10% do capital.

A empresa Atlantia, de propriedade da família de Luciano Benetton, e o grupo ferroviário público italiano Ferrovie dello Stato (FS), têm tentado construir uma aliança com a Delta, mas até agora sem sucesso.

O número de passageiros brasileiros no mercado doméstico de aviação alcançará 207 milhões em 2038 - no ano passado, foram 84,3 milhões -, segundo cálculos da Airbus. Esse aumento será impulsionado pelo crescimento da classe média, que, na América Latina, deverá passar de 63% da população para 74% nas próximas duas décadas.

Para o presidente de aviação comercial da Airbus para América Latina e Caribe, Arturo Barreira, crises econômicas e eventuais retrocessos temporários no ritmo de crescimento da classe média não devem inviabilizar a expansão do mercado.

##RECOMENDA##

"O tráfego aéreo é resiliente. Globalmente, nos últimos 30 anos, houve crises, como o ataque às Torres Gêmeas, que pareciam ser o fim (do setor). Mas a tendência continuou de alta", disse ao Estado.

Hoje, o Brasil tem uma média de 0,45 viagem aérea por habitante por ano - um pouco acima da média latino-americana, de 0,43. O estudo da fabricante de aeronaves indica que esse número chegará a um no Brasil em 2038. O Chile, que lidera a região com 0,89 viagem hoje, deverá alcançar 2,26 viagens daqui a 20 anos.

Com o aumento da demanda, o Rio de Janeiro, ao lado da mexicana Cancún, deverá se tornar uma "megacidade da aviação", como a Airbus chama as cidades com mais de 10 mil passageiros por dia em voos de longa distância.

Na América Latina, São Paulo, Buenos Aires, Santiago, Lima, Bogotá, Cidade do México e Cidade do Panamá já se encaixam nessa categoria. São Paulo é a única da região com mais de 20 mil passageiro nesses voos atualmente e deverá ter mais de 50 mil em 2038.

Para atender o crescimento do setor, a Airbus projeta que serão necessários 47,5 mil pilotos e 2,7 mil novos aviões - 1.160 para substituir aeronaves que já estão operando e 1.540 extras. Atualmente, 1.460 jatos estão em atividade na região.

A maior demanda na América Latina (89% do total) será por aviões de pequeno porte, que comportam até 210 passageiros - segmento em que a Embraer atua. As aeronaves de médio porte, com capacidade para até 300 passageiros, responderão por apenas 7% da demanda e as de grande por 4%.

Fabricante brasileira

 

Para Barreira, a compra da Embraer pela americana Boeing e do programa C-Series (de jatos de 150 lugares), da Bombardier, pela Airbus não deverá alterar o mercado de aviação global nem dificultar a negociação de preços entre as fabricantes e as companhias aéreas. "O mercado aéreo já é muito competitivo e seguirá sendo. Brigamos por cada cliente", disse. "O fato de a Boeing ter comprado a Embraer reforça a ideia de que era importante investirmos no C-Series", acrescentou o executivo.

Sobre a dificuldade da Boeing para voltar a entregar aeronaves do modelo 737 Max - que teve voos suspensos após duas quedas em cinco meses -, Barreira afirmou que não há impacto relevante para a Airbus no curto prazo. A companhia não tem capacidade de absorver, nos próximos cinco anos, pedidos de empresas que desistirem de esperar pelos aviões da concorrente americana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A companhia aérea Latam transformou uma de suas aeronaves em um 'Stormtrooper Plane'. O avião foi pintado com temas de Star Wars e deve oferecer serviço e experiência totalmente inspirados nos filmes dessa franquia. 

O tradicional Boeing 777, com capacidade para 410 passageiros foi recondicionado  com projeto desenvolvido por uma equipe da Disney. A Latam anunciou, através de seu Twitter, que o Stormtrooper Plane vai operar, inicialmente, apenas em vôos saindo de São Paulo com destino para Orlando a partir de outubro. 

##RECOMENDA##

A Embraer entregou 26 jatos para o mercado de aviação comercial e 25 ao de aviação executiva (sendo 19 leves e seis grandes) no segundo trimestre. No fim de junho, a carteira de pedidos firmes a entregar somava US$ 16,9 bilhões. O dado representa crescimento em relação ao primeiro trimestre. Porém, em 30 de junho do ano passado, os pedidos firmes totalizavam US$ 17,4 bilhões. No acumulado do primeiro semestre, a empresa entregou 73 jatos, sendo 37 da aviação comercial e 36 da aviação executiva.

Segundo relatório do banco UBS, o crescimento do número de entregas e da carteira de pedidos firmes foi "sólido", após um primeiro trimestre mais fraco. Para o segundo trimestre, o banco prevê vendas de US$ 1,42 bilhão.

##RECOMENDA##

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça rejeitou nessa terça-feira a oferta da Azul para ficar com os ativos da Avianca Brasil por US$ 145 milhões. O juiz Tiago Henriques Papaterra Limongi, da 1.ª Vara de Falência do Estado de São Paulo, afirmou em decisão que a Azul não tem legitimidade para invalidar o plano de recuperação aprovado anteriormente, que prevê o leilão de sete Unidades Produtivas Isoladas (UPIs) contendo os ativos da Avianca - basicamente autorizações de pouso e decolagem em aeroportos.

"Na qualidade de titular de crédito extraconcursal (a Azul tem a receber R$ 16 mil da Avianca), a embargante carece (...) de legitimidade para impugnar o plano de recuperação judicial homologado pelo juízo", escreveu Limongi.

##RECOMENDA##

O plano de recuperação está travado, pois o leilão das UPIs foi suspenso, após outros credores o questionarem. A Latam e a Gol tinham se comprometido a ficar, cada uma, com uma das UPIs por US$ 70 milhões. O acordo foi fechado com a gestora americana Elliot, detentora de 74% da dívida de R$ 2,7 bilhões da Avianca Brasil.

Na decisão de ontem, o juiz afirmou ainda que a proposta da Azul dependeria de um leilão, em modelo semelhante ao da Latam e da Gol, que já vem tendo dificuldade em avançar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A companhia aérea Gol abriu processo seletivo exclusivo para contratação de profissionais da Avianca, companhia aérea concorrente, que desde dezembro está passando por uma recuperação judicial. As vagas são para copilotos e comissários.

Os requisitos para concorrer às vagas de copiloto são: ensino médio completo; conhecimento em inglês, além de documentação obrigatória que inclui: passaporte e visto americano B1 e B2 com validade acima de 6 meses, Certificado Médico Aeronáutico (CMA), habilitação de voo por instrumentos, habilitação para voo em aeronaves multimotores ou para voo em aeronave “tipo” válidos e licença para piloto comercial.

##RECOMENDA##

Para se candidatar a vaga de comissário, é necessário ter: ensino médio completo, conhecimentos em inglês e código ANAC. As documentações exigidas são: Certificado Médico Aeronáutico (CMA) e Certificado de Capacidade Técnica (CCT, ou CHT – Certificado de Habilitação Técnica) válidos. O candidato também ter passaporte com validade de no mínimo 6 meses. A empresa destacou que curso superior é um diferencial na seleção.

As inscrições para a seleção devem ser feitas no site.

 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando