Tópicos | concursos de beleza

Embaixadora da ONG Serendipidade, Xuxa Meneghel marcou presença em um evento promovido pela instituição que aconteceu na última segunda-feira, dia 14, em São Paulo. A apresentadora, que leva consigo uma carreira extensa envolvendo projetos infantis, estava acompanhada do amado, Junno Andrade, e durante a ocasião deu sua opinião sobre os concursos de beleza promovidos com crianças.

"Depende da maneira que é feito. O fato de uma ter que perder ou uma apenas ganhar é um pouco traumatizante. Eu como telespectadora curtia ver a beleza das crianças, mas sei que isso não deveria fazer parte do mundo infantil. É meio traumatizante", declarou ela durante entrevista ao Tricotando, programa da RedeTV!.

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Para Xuxa, hoje a sociedade enxerga o tema de outra maneira. "Nos anos 1970 e 1980, a gente via e batia palma. Hoje, quando a gente para pra pensar, a gente vê que não era muito certo. Acho que o jeito que fazem hoje em dia não seja tão saudável".

Por fim, a apresentadora ainda compartilhou o que aprendeu após trabalhar durante anos com público infantil. "Aceitar o próximo do jeitinho que é. As crianças são as únicas que me viram do jeito que gostaria que [todos] me vissem. Me aceitaram (...). Sem muitas cobranças", afirmou.

Com desfiles e exibições dos atributos físicos femininos, os concursos de beleza discriminam a mulher e são sexistas, considerou a Assembleia municipal de uma cidade dos Pampas argentinos, que decidiu proibir eventos deste tipo. A medida foi adotada pelos vereadores de Chivilcoy, 160 Km a oeste de Buenos Aires, uma cidade situada em meio a verdes campos cultivados de soja e que tem uma população de 60 mil habitantes.

"Estes concursos de beleza entre meninas, adolescentes e jovens reforçam a ideia de que as mulheres devem ser valorizadas e premiadas exclusivamente por sua aparência física", diz o texto da lei, aprovada por ampla maioria. A casa legislativa é controlada pela peronista Frente para a Vitória, no poder em nível federal, e a iniciativa é a primeira do tipo adotada em uma cidade argentina.

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Os concursos para eleger a mais bela se baseiam em "estereótipos, promovendo assim, em muitos casos, uma verdadeira obsessão pela beleza física, por um ideal de perfeição que nunca se alcança", prossegue a resolução. Os parlamentares consideraram, inclusive, que os concursos "desatam doenças como bulimia, anorexia e outros transtornos alimentares".

"A beleza não é um fato objetivável. Portanto, qualificá-la e organizar um cenário de competição é uma situação discriminatória e violenta", acrescenta a norma. No lugar do concurso, os legisladores aprovaram que a festa municipal de Chivilcoy seja substituída por "uma convocação que reconheça pessoas de 15 a 30 anos que, de forma individual ou coletiva, tenham se destacado em atividades solidárias, com vistas a melhorar a qualidade de vida de bairros desta cidade ou localidades de campanha".

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