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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mantém sigilo até 2023 sobre as atas das reuniões do Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições criado para desenvolver estratégias de combate a fake news e o uso de robôs na disseminação de notícias falsas, destaca o jornal O Estado de S. Paulo.

Desde que foi criado, em dezembro de 2017, o grupo fez nove encontros, com a participação de integrantes do tribunal, do Exército, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Polícia Federal. Um dos temas mais controversos debatidos a portas fechadas pelos conselheiros foi a proposta da Abin de monitoramento de usuários da internet de forma preventiva.

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Em pedido formulado via Lei de Acesso à Informação, o jornal tentou obter as atas das reuniões, que podem lançar luz sobre as discussões surgidas no conselho e quais foram as ideias e sugestões levantadas para enfrentar a disseminação de fake news. A Ouvidoria do TSE informou, no entanto, que os documentos "possuem caráter reservado, conforme classificação realizada em 7/3/2018, pelo então secretário-geral da presidência do TSE".

Na época em que o sigilo de cinco anos foi imposto, quem comandava a Corte Eleitoral era o ministro Luiz Fux, que deixou o TSE em agosto do ano passado. Ele foi sucedido pela ministra Rosa Weber, que só retomou a rotina de reuniões do conselho depois do primeiro turno da mais recente eleição presidencial, quando a disseminação de fake news já havia se tornado uma das principais questões da campanha - e atingido inclusive a imagem da Justiça Eleitoral.

As fake news estão na mira de um inquérito sigiloso aberto pelo Supremo Tribunal Federal para apurar ameaças e ofensas contra integrantes da Corte e seus familiares. O inquérito já levou à censura de reportagem jornalística e ações de busca e apreensão em endereços de pessoas que usaram as redes sociais para atacar instituições.

Transparência

A imposição do sigilo sobre as atas do conselho é criticada por analistas. "Como essa é uma discussão de interesse público e uma das questões que norteiam a administração é o princípio da publicidade, o ideal seria ter acesso às iniciativas e propostas que foram colocadas na mesa e não foram adotadas", disse o professor Bruno Bioni, fundador do instituto de pesquisa Data Privacy Brasil, voltado para a área de privacidade e proteção de dados.

Para o especialista Fabiano Angélico, autor do livro Lei de Acesso à Informação: reforço ao controle democrático, o sigilo imposto pelo TSE é "tragicômico". "Quando você não tem transparência com relação a discussões ocorridas em arenas fundamentais, como o TSE, você está, de certa forma, atuando dentro da mesma lógica da fake news - obscura -, não ajuda a qualificar o debate, abre margem para especulações e rumores", afirmou Angélico.

Na opinião de Patricia Blanco, presidente do Instituto Palavra Aberta, a transparência sobre atos do Judiciário é fundamental. "Nesse caso específico, seria muito importante o TSE se pronunciar sobre a motivação do sigilo. A partir da motivação, podemos questionar se essa motivação é válida ou não. Senão, seria mais interessante a divulgação das atas para que a sociedade pudesse contribuir com esse debate", disse ela.

Paralisia

Após as eleições, o conselho de fake news do TSE ficou paralisado e não se reuniu mais. Também não foi divulgado relatório com recomendações visando as eleições de 2020, diferentemente do grupo similar criado pela Comissão Europeia, que criou uma força-tarefa e divulgou até um plano de ação para combater a desinformação.

Questionado se o conselho do TSE ainda existe, um integrante ouvido reservadamente pela reportagem disse que, "pelo andar da carruagem, creio que não". O tribunal, no entanto, informou que ainda está vigente a portaria que criou o grupo. O conselho - mesmo sem se reunir desde 22 de outubro do ano passado - ainda existe, pelo menos formalmente.

Procurado, o TSE informou que as suas ações contra fake news não se resumem ao conselho, "tendo o tribunal atuado dentro dos limites de sua competência". O TSE ainda destacou que realizará, nos dias 16 e 17 de maio, um seminário sobre o tema, que reunirá em Brasília especialistas do FBI e da Polícia Federal e dirigentes do Facebook, Google, Twitter e WhatsApp.

Na segunda-feira passada, dia 29, a ministra Rosa Weber comandou uma reunião interna de "alinhamento", na qual os responsáveis por diversas áreas do TSE apresentaram dados sobre ações relacionadas ao enfrentamento da questão. A ministra, no entanto, não respondeu à reportagem se pretende rever o sigilo das atas. Até a conclusão desta edição, o gabinete de Fux não havia se manifestado sobre a decisão de dar caráter "reservado" aos documentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A possível formação de um conselho consultivo no Náutico, que deve ser liderado pelo ex-presidente André Campos, já provocou a primeira saída do clube. E não foi de jogador. Envolve, também, um gestor. O diretor de futebol Armando Ribeiro oficializou sua saída do Alvirrubro neste domingo (19).

De acordo com o ex-diretor, ele vai resolver problemas particulares e a saída está ligada diretamente a criação desse colegiado. Entretanto, Ribeiro também enfatizou que não tem problema algum com as pessoas que integram o grupo. Apenas terá substitutos no seu lugar para não prejudicar o clube.

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Além de André Campos, o conselho consultivo deve contar com nomes como Toninho Monteiro, Gustavo Rêgo e Américo Pereira. Ainda, nessa semana, o presidente Paulo Wanderley deve confirmar a criação do colegiado.

A confirmação do novo Conselho Consultivo do Náutico sairá apenas na próxima segunda-feira (20). Um dos integrantes e que deve encabeçar essa lista, o ex-presidente André Campos, está no Rio de Janeiro e só retorna ao Recife no domingo. Por isso, só quando voltar é que ele vai tomar a decisão. Mas, isso já está sendo discutido.

“Foi discutida a formação de um colegiado para o Brasileiro. Tenho uma posição de não participar mais do futebol, estava afastado. Mas, o momento é de dificuldade e fiquei de avaliar. Não tem prego batido e ponta virada”, disse o ex-presidente, confirmando que a chance é grande de se concretizar.

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“A possiblidade é grande desse colegiado se formar, mas ainda não está definido. Estou no Rio de Janeiro e volto domingo ao Recife. Na segunda-feira isso deve ser definido, mas existe uma grande possibilidade”, afirmou. Mas a decisão passa por uma exigência dele. “O colegiado precisa ter autonomia nas contratações e dispensas”, resumiu.

A formação do colegiado se deu devido à insatisfação nas primeiras contratações do Timbu para a Série A. “São reforços que não atendem às expectativas da torcida. São apostas. E não podemos ficar nessa situação. Temos que ter situações concretas e trazer jogadores titulares. Se esse colegiado se concretizar, existe a possibilidade de novas dispensas e grandes chances de novas contratações”, explicou André Campos.

Com a confirmação, o colegiado vai em busca de reforços para serem titulares no Náutico. E um deles pode ser o goleiro Tiago Cardoso. “Vamos investir na contratação de grandes jogadores. E Tiago Cardoso, na minha opinião, é uma grande contratação. Que atenderia e faria a torcida do Náutico feliz. Mas não sei como é a situação contratual dele no Santa Cruz. Vamos aguardar”, concluiu. diretor de futebol Armando Ribeiro

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