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A contraprova do exame antidoping do meio-campista Paul Pogba, astro da Juventus e da seleção francesa, apontou novamente o uso de testosterona, de acordo com informações do jornal La Gazzetta dello Sport. O jogador de 30 anos foi flagrado no exame em agosto deste ano, após a partida contra a Udinese, pela rodada de estreia da atual temporada do Campeonato Italiano.

Pogba estava suspenso de maneira provisória, impedido até mesmo de treinar com seus companheiros de elenco. Agora, o meio-campista terá de provar que não ingeriu a substância de maneira proposital para evitar um gancho de até quatro anos longe dos gramados. A direção da Juventus aguardava o resultado das análises para decidir se irá rescindir o contrato do atleta.

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Campeão mundial com a França em 2018, o jogador disse à Juventus que tomou um suplemento por indicação de um amigo médico sem que os profissionais de saúde do clube tivessem conhecimento. Um acordo assinado entre os clubes com a Federação Italiana de Futebol (FIGC) prevê a suspensão imediata do pagamento de salário em caso de doping.

A testosterona é o principal hormônio sexual masculino, responsável pelas características do homem. Produzida nos testículos, ela tem uma função anabolizante, ou seja, de estímulo à síntese de proteínas no organismo, principalmente de proteína muscular e óssea.

No ano passado, a Fifa puniu o jogador Sabri Ali Mohamed, da seleção de Dijibuti, com quatro anos de suspensão após ele testar positivo para testosterona no exame antidoping. Segundo a entidade, o atleta violou o artigo 6 do Regulamento Antidoping da Fifa, em conjunto com o artigo 17 do Código Disciplinar da Fifa.

Pogba viveu momentos conturbados em sua carreira nas últimas temporadas. Contratado pelo Manchester United junto a Juventus em 2016 por 110 milhões de euros (cerca de R$ 386,1 milhões na época), o meia não se firmou na equipe inglesa, alternando entre a reserva e o time titular, saindo de graça em 2022 e retornando ao futebol italiano. A diretoria da Juventus recebeu sondagens para uma possível transferência do jogador para o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, mas o negócio não avançou.

Dos 23 hóspedes do Albergue André Luiz, em Cascavel, no Paraná, 11 são da Guiné e todos eles conheciam Souleymane Bah, de 47 anos. Eles estão entre as 163 pessoas que são monitoradas na cidade, apesar do resultado negativo do primeiro exame de Bah - o grupo inicial era de 68 pessoas. A cidade nesse sábado (11) ficou mais tranquila com a notícia sobre o quadro de saúde do primeiro suspeito de ter Ebola no Brasil.

Uma equipe da Secretaria Estadual da Saúde esteve na noite de ontem no albergue em busca de informações sobre os três compatriotas de Bah que viajaram com para o Brasil no dia 19 de setembro e que estiveram em contato com o suspeito de ter Ebola. A visita, acompanhada pela reportagem, teve ainda como objetivo monitorar outros cidadãos do país africano hospedados no local.

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Os técnicos fizeram uma série de perguntas para o grupo de hóspedes. Questionaram os africanos se eles haviam apresentado febre e se tiveram contato com pessoas infectadas pelo Ebola em seu país de origem. Todos negaram qualquer sinal da doença e disseram que não conheciam ninguém que tenha ficado doente na Guiné. Os três homens que viajaram com Bah não estavam no local. A equipe da secretaria apurou que dois deles se mudaram no dia 7 para Toledo, a cerca de 40 quilômetros de Cascavel, onde encontraram emprego. O outro colega de Bah não apareceu no albergue também desde o mesmo dia, mas os seus compatriotas não souberam informar onde ele está vivendo.

Para conseguir se comunicar com o grupo, que só fala francês, as duas técnicas da secretaria tiveram a ajuda de um médico haitiano que participa do programa Mais Médicos. Ao final das perguntas da equipe, foi reiterada a informação para que todos os hóspedes verifiquem a temperatura diariamente pelos próximos 21 dias.

No albergue, a notícia de que o primeiro teste de Bah deu negativo tranquilizou os demais imigrantes vindos da Guiné. "A gente ficou muito assustado com essa possibilidade. Acho que, com esse resultado, é quase certo que deve ser outra doença", disse o comerciante Sow Abdoul, de 35 anos, um dos compatriotas de Bah hospedado no local. As autoridades locais também receberam com otimismo o exame. "O resultado negativo dá mais tranquilidade para os profissionais de saúde e também para a população que andava apreensiva com relação ao Ebola no município. Agora é esperar a divulgação do segundo exame", afirmou o chefe da 10.ª Regional de Saúde de Cascavel, Miroslau Bailak.

A orientação das autoridades de saúde é para que as pessoas monitoradas fiquem em casa. "No entanto, a possibilidade de contágio é considerada muito baixa, pois o Ebola não é transmissível pelo ar, mas pelo contato com o sangue, fluidos corporais do paciente ou então por objetos infectados", explicou a médica infectologista da 10ª Regional de Saúde, Lilimar Mori. Segundo o secretário de Saúde Cascavel, Reginaldo Andrade, entre todos que ficaram isolados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Brasília II onde Bah foi atendido, havia 30 funcionários, 24 pacientes e 14 acompanhantes. "Só que fomos rastreando todas as pessoas que podem ter tido contato com pessoas que passaram pela UPA antes de a unidade ser fechada. Entraram na lista familiares, amigos, pessoas que tiveram contato com quem esteve no local, por isso o número cresceu", explica o secretário. (Colaborou Miguel Portela)

O africano Souleymane Bah, de 47 anos, primeiro paciente internado no Brasil por suspeita de ebola, teve sangue coletado para o exame de contraprova no fim da manhã deste domingo (12), por médicos do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fundação Oswaldo Cruz. O material, lacrado numa caixa com quatro camadas de proteção, foi encaminhado para embarque às 14h.

A previsão é de que chegaria à noite ao Instituto Evandro Chagas, em Belém do Pará, laboratório de referência para o ebola. O primeiro teste, realizado na sexta-feira (10), deu negativo. O segundo exame levará 24 horas para ficar pronto - a previsão é de que o resultado seja conhecido somente na noite desta segunda-feira (13).

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Os médicos consideram que a possibilidade de o teste dar positivo é "baixíssima", já que desde sexta-feira, quando chegou ao INI, Souleymane não tem nenhum sintoma - nem febre, nem dor no corpo.

A infectologista Marília Santini, uma das médicas responsáveis pelo atendimento ao africano, explica que o protocolo de enfrentamento à doença exige a realização de dois exames porque, num primeiro momento, mesmo que o paciente tenha a febre hemorrágica, o resultado pode dar negativo porque há pouca quantidade do vírus no organismo. No segundo teste, essa quantidade é maior e então é possível confirmar a doença laboratorialmente.

Não parece ser o caso de Souleymane. Marília e o infectologista José Cerbino, que o atendem no INI, disseram que não há nenhuma documentação médica de que ele tenha tido febre - apenas o relato do paciente aos médicos da Unidade de Pronto Atendimento de Cascavel (PR).

Clinicamente, Souleymane pode receber alta assim que sair o resultado do exame. A saída dele do hospital depende de que o Ministério da Saúde providencie a volta do africano para Cascavel.

De acordo com a assessoria de Imprensa da Fiocruz, o estado de saúde de Souleymane permanece bom. Ele ainda está isolado numa das alas do INI. Quatro vezes por dia uma equipe restrita, formada por médico, enfermeiro e profissional de limpeza, entra na área de isolamento para medir temperatura, entre outros procedimentos. Ele se alimenta normalmente e assiste à tevê para passar o tempo.

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