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O trabalho preventivo feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para evitar superfaturamento e desvio de dinheiro público gerou uma economia de R$ 700 milhões nas obras da Copa do Mundo. A informação foi confirmada e atualizada nesta terça-feira (9) pelo presidente do órgão, Augusto Nardes. O valor anterior, anunciado em março, era de R$ 550 milhões. 

A fiscalização do TCU se concentrou nas obras que têm recursos federais. As demais ficam sob a competência constitucional dos respectivos tribunais de conta dos estados e municípios. "Nesses tipos de empreendimento, no caso mobilidade urbana e estádios, a nossa avaliação se voltou unicamente para a finalidade e probidade do empréstimo, ou seja, se a obra valia aquilo que estava sendo contratado", explicou o assessor do TCU, Rafael Jardim Cavalcante, assistente do ministro relator das obras da Copa, Valmir Campelo, que se aposentou compulsoriamente no mês passado.

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"Dentro desse escopo e situadas as competências de avaliações de cada tipo de obra, adotamos a estratégia de fiscalizar os empreendimentos todos ainda no embrião das contratações, ainda em fase de projeto, logo depois de finalizado, e em fase editalícia", detalhou. Segundo ele, o trabalho preventivo consistiu em verificar se havia problemas, convocar os gestores e fiscalizar os ajustes. "Antes mesmo de se consumarem as irregularidades, os gestores eram chamados em oitivas, manifestavam então, num processo de ampla defesa, suas justificativas e conseguimos corrigir eventuais desacertos nos orçamentos e direcionamentos de licitações ainda em fase editalícia".

Legado

Apesar das falhas de planejamento, a Copa do Mundo deixará um legado para o país. "Nunca se falou e investiu tanto em mobilidade urbana e isso começou com a avaliação das necessidades para a Copa do Mundo. Cabe ao país dar continuidade a essas implementações", disse o presidente do TCU. Para o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), José Roberto Bernasconi, as tecnologias aplicadas nas construções também são um ganho.

No entanto, ele avalia que o país não soube aproveitar o potencial do evento para promover os produtos nacionais e melhorar a imagem turística do país. "Em 2002, empresas como Samsung, LG e Hyundai utilizaram a Copa como vitrine e se fortaleceram como marcas mundiais. Esse é o maior evento midiático do planeta. É uma vitrine em que poderíamos desenvolver as marcas e produtos nacionais, como o nosso café, por exemplo. Mas não fizemos isso, para a Copa não dá mais tempo. Temos que pensar nas Olimpíadas", disse.

Apesar do fortalecimento das manifestações com a Copa, o presidente avalia que esse não é mais o momento para isso. "Hoje em dia, seria um desperdício não fazer a Copa depois de todo o investimento feito", pontuou. "Se nós aprendermos a planejar, elaborando os projetos de engenharia de maneira adequada - dando prazo e remuneração mínima adequada para que uma atividade intelectual como essa produza um projeto completo de engenharia -, será importante, será um legado", considerou. "Com bons projetos, o dinheiro público pode ser muito bem controlado na sua aplicação. A obra pública sairá com qualidade, os prazos e os custos serão aqueles previstos . Se a gente aprender isso, acho que será um legado extraordinário para a sociedade brasileira", finalizou.

O pesquisador da University of East London e do Núcleo de Pesquisa em Tecnologia de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, Lamartine Pereira da Costa, também engrossa o coro. "Não se trata de tirar da educação e da saúde, como se diz nas ruas. É o tal custo de oportunidade. O erro está na gestão dos recursos", salientou.

O Ministério dos Esportes publicou, no Diário Oficial desta quarta-feira (5), uma lista de instalações que deverão destinar, no mínimo, 1% da capacidade total para pessoas com deficiência. Na portaria estão as 12 arenas que vão receber os jogos da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2012 e os 54 centros de treinamentos de seleções incluídos no catálogo da FIFA.

Portanto, no Nordeste, os estádios são os seguintes: a Arena Pernambuco, a Arena Fonte Nova (em Salvador), o Castelão (em Fortaleza) e a Arena das Dunas (em Natal). Já os centros de treinamento são o Estádio Rei Pelé (em Maceió), o Estádio Municipal Antônio Carlos Magalhães (em Porto Seguro) e o CT Praia do Forte (em Mata de São João - BA).

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A medida está prevista na Lei Geral da Copa, sancionada em agosto. Em caso de mudança na lista de centro de treinamentos, uma nova portaria poderá ser publicada pelo Ministério dos Esportes.

Para garantir que os 12 estádios da Copa fiquem prontos para o mundial, o Ministério dos Esportes tem feito monitoramentos mensais para acompanhar o andamento das obras. Alguns campos irão receber também a Copa das Confederações, em junho de 2013, mas para isso precisam ficar prontos até o início do próximo ano.

A previsão é de que fiquem prontos ainda neste ano o Mineirão (Belo Horizonte), o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, o Castelão (Fortaleza) e a Arena Fonte Nova (Salvador), todos com prazo de entrega em dezembro. Já os últimos a ficarem prontos serão a Arena da Amazônia (Manaus), a Arena Dunas (Natal), o Beira-Rio (Porto Alegre) e a Arena do Corinthians (São Paulo), que devem ficar prontos só em dezembro de 2013. De acordo com o Ministério dos Esportes, todas as obras estão no prazo.

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No entanto, a FIFA demonstrou preocupação com o atraso nas obras da Arena Pernambuco, que atingiu 51,64% de conclusão em agosto. A meta é que o estádio fique pronto até fevereiro de 2013, para receber três partidas da Copa das Confederações. Ainda há duvidas sobre o cumprimento do prazo. A FIFA enviará, em novembro, representantes para uma avaliação nas obras. Em caso de exclusão da sede, os três jogos inicialmente indicados para Pernambuco serão redistribuídos para outros estádios.

Confira abaixo as fotos e mais informações sobre cada estádio:

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Com informações do Portal da Copa.

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